12 abril 2008

Jorge Santos vence e salta para a liderança. Ruivo com dia para esquecer!

A 3ª ronda do Campeonato Open de Ralis foi até às traiçoeiras e complicadas estradas do Pinhal de Leiria, com a reedição do Rali do Vidreiro. Ao longo de toda a semana, as condições metereológicas instáveis faziam antever que a chuva poderia acompanhar a caravana do Open, mas tal não aconteceu, havendo mesmo ocasiões de tempo agradável, com o sol à espreita, o que proporcionou bons momentos ao público presente.
Desportivamente, Jorge Santos/Vítor Hugo, em Citroën Saxo Kit Car foram os grandes vencedores, estreando-se a vencer no Open, depois de dois segundos lugares, saltando assim para a liderança. Ainda antes do rali, um pequeno problema na embraiagem parecia atormentar o piloto de Baltar, que chegava ao final da 1ª secção em 2º lugar, mas bem perto de Octávio Nogueira/Luís Pinto, em carro idêntico. Mas Santos imprimiu um ritmo mais forte do que o do seu adversário na parte da tarde, levando de vencida o rali por 6,4 segundos. "Fizemos uma primeira metade da prova com alguma cautela e só decidimos atacar nas duas últimas especiais já que com seguimos andar sempre depressa e junto do Octávio Nogueira. Em termos de campeonato é uma vitória muito importante e vamos continuar a lutar por elas".
Octávio Nogueira entrou ao ataque, vencendo a 1ª PEC do dia, que permitiu ao piloto a liderança do rali até à hora do almoço, porém alguns problemas eléctricos impediram um forcing final. Ainda assim, Nogueira sai bastante satisfeito, mostrando um andamento mais consistente e regular, quando comparado com o do ano transacto, estando na luta pelo campeonato.
Regular foi igualmente a palavra de ordem para Luís Mota/Ricardo Domingos, em Mitsubishi Lancer IV. Com um carro que não é o ideal para as estradas da Marinha Grande, Mota optou por uma táctica mais calculista e defensiva, que lhe permitiu tirar dividendos para o campeonato. O 3º lugar é a prova disso mesmo, embora apenas por uma vez rubricasse tempos no pódio.
No 4º lugar da geral surgem os vencedores - uma vez mais - dos Clássicos, José Sousa/José Salgado, em Renault 5 Turbo. O piloto de Vizela cedo se impôs na luta com Aníbal Rolo, o que lhe permitiu fazer um rali sossegado e sem grandes sobressaltos. Nesta categoria, destaque para o despiste madrugador de Joaquim Santos/Eduardo Gomes, que capotaram na PEC inaugural, deixando a tarefa de José Sousa ainda mais facilitada.
Mais uma exibição positiva para Manuel Coutinho/Manuel Babo, no Peugeot 206 GTI, que não dando muito nas vistas, é extremamente regular e rápido, conseguíndo mesmo o 3º lugar entre as 2 Rodas Motrizes.
Apontado como um dos favoritos à vitória, Pedro Peres, acompanhado por Tiago Ferreira, no habitual Ford Escort RS Cosworth, deram um toque na fase inicial do rali, que danificou a suspensão traseira. A parte da tarde foi feita ao ataque, na tentativa de recuperar posições e na busca do maior número de pontos possíveis, terminando na 8ª posição final.
João Ruivo/Alberto Silva, no Fiat Stilo Multijet, cedo se viram a braços com problemas, o primeiro dos quais a nível electrónico logo na 1ª PEC. O famalicense fez então dois troços à procura de encurtar distância para os principais adversários, chegando ao final da 1ª Secção no 4º lugar, a cerca de 20 segundos da liderança e praticamente encostado ao 3º lugar. Mas um azar nunca vem só e novamente em Campos do Lis, é a vez de ser a transmissão a dar dores de cabeça a Ruivo e com muito rali ainda pela frente, apenas levar o carro até ao final era o objectivo. Findo o rali, o 6º lugar, 4º entre as 2 Rodas Motrizes era o resultado possível, mas como "não há duas, sem três", uma penalização por terem entrado por avanço no pódio final - como é possível em muitos ralis - fez cair a dupla de Famalicão para o 32º lugar final e a perda da liderança do campeonato. Porém, tal facto pode ser uma vantagem de João Ruivo para o próximo rali, em terra, pois evita sair na frente do pelotão e entre os adversários directos, apenas Jorge Santos e Luís Mota têm pontuações nos lugares cimeiros, pois Peres e Octávio Nogueira já tiveram um abandono cada um, o que os deixa em igualdade com Ruivo, no capítulo das pontuações para rejeitar.
No Júnior, o regressado Pedro Raimundo foi o vencedor, enquanto João Barros Leite foi o mais rápido na estreia do Troféu Fastbravo. Neste mesmo troféu, Cristina Silva, acompanhada por Nuno Catarino logrou chegar ao fim, embora com alguns problemas na 2ª Secção do rali, no 7º lugar do troféu.
Classificação Final
1º - Jorge Santos/Vitor Hugo - Citroën Saxo Kit-Car -- 31m44,1s
2º - Octávio Nogueira/Luís Pinto - Citroën Saxo Kit-Car -- a 6,4s
3º - Luis Mota/Ricardo Domingos - Mitsubishi Lancer Evo IV -- a 41,2s
4º - José Sousa/José Salgado - Renault 5 Turbo -- a 1m14,0s
5º - Manuel Coutinho/Manuel Babo - Peugeot 206 GTi -- a 1m26,0s
6º - Anibal Rolo/José Arantes - Renault 5 Turbo -- a 1m56,1s
7º - Paulo Correia / Joaquim Alvarinhas - Peugeot 106 GTi -- a 2m24,2s
8º - Pedro Peres / Tiago Ferreira - Ford Escort Cosworth -- a 2m43,3s
9º - José Gomes/Marco Guarda - Opel Astra - a 2m43,8s
10º - João Soares/João Barata - Citroën Saxo -- a 2m58,6s
32º - João Ruivo/Alberto Silva - Fiat Stilo Multijet - a 7m56,1s
39º - Cristina Silva/Nuno Catarino - Seat Marbella - a 19m14,8s
Classificação do Campeonato
1º Jorge Santos - 65 pontos
2º José Sousa - 53 pontos
3º Luís Mota - 46 pontos
João Ruivo - 44 pontos
5º Manuel Coutinho - 39 pontos
6º Aníbal Rolo - 39 pontos
7º Octávio Nogueira - 36 pontos
8º Pedro Peres - 35 pontos
9º Joaquim Santos - 29 pontos
10º Filipe Madureira - 18 pontos
A próxima prova do Open de Ralis é o Rali de Arganil, nos dias 16 e 17 de Maio, naquela que será a 1ª prova em pisos de terra deste campeonato.
Foto de João Ruivo -- Ralis.Online.pt

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