As estradas florestais de Fafe ficaram inundadas devido às fortes chuvadas que abalou o norte do país. Um "manto" incolor líquido e por vezes lamacento imperou no palco da "capital" dos ralis em Portugal. Foi precisamente o mau estado dos pisos que deitou por terra as aspirações da dupla Ricardo Costa/Nuno Almeida, a escassos dois quilómetros do final do Rali do Porto, segunda jornada do Campeonato de Portugal de Ralis. Numa altura em que o piloto da Macominho Rally Team tinha recuperado das adversidades por que passou na Super Especial "quando ia arrancar para a especial de sexta-feira partiu-se a transmissão", a segunda passagem pela derradeira especial, Luilhas, ditou o abandono da dupla de Famalicão "o Mitsubishi escorregou, saiu dos trilhos e ficou atolado" adiantou Ricardo Costa que se viu privado de subir ao pódio no Grupo N. Após o infortúnio na abertura das hostilidades de sexta-feira, precisamente na hora que marcava o arranque do Mitsubishi para os escassos 1,68 km da especial nocturna a transmissão do Mitsubishi cedeu: "Nada podia fazer, foi logo no arranque. Regressamos à assistência para recompôr o carro para o dia seguinte. Com isto sofremos um duro golpe nas nossas aspirações, levando uma penalização de 3 minutos para além do melhor tempo registado na especial" adiantou Ricardo Costa que não baixou os braço e logo na primeira classificativa do dia de Sábado, Vizo, mostrou-se à concorrência: "entramos ao ataque e fomos cimentando a nossa posição. No final da primeira secção, as três passagens dos troços da manha, tínhamos já subido ao quinto lugar do Grupo N e, oitavo da classificação geral, um óptimo resultado face às circunstanciais trazidas do dia anterior". Mas, as pretensões do piloto de Famalicão não se ficariam por aqui, logo no reatamento fixam-se no pódio: "ascendemos ao terceiro do Grupo N e sexto da geral, seria um excelente resultado para conservar até final. E, tudo levaria a crer que tal viesse a acontecer. Com a anulação da segunda passagem pela Lameirinha, ficaria a faltar Luilhas. A madrasta! Já bem perto do final, faltariam não mais do que dois quilómetros, na zona encadeada, o Mitsubishi escorregou e saiu fora dos trilhos, ficando atolado. Tudo fizemos para o retirar daquela posição ingrata mas em vão. Perdeu-se uma oportunidade de pontuar à geral e somar preciosos pontos para o agrupamento",concluiu o piloto desolado. "Resta-nos a consolação que tudo fizemos para dignificar o trabalho da nossa equipa e dos nossos preciosos patrocinadores. Estaremos de volta para o Rali de Portugal", na terceira jornada do Campeonato de Portugal de Ralis que se realiza no Algarve entre os dias 8 e 10 de Maio.
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