As expectativas estavam colocadas lá no alto para esta edição do Sata Rallye Açores e pode-se dizer que o lote de pilotos presentes provou que o rali insular é uma prova espectacular. A vitória sorriu a Kris Meeke, o mais forte ao longo de todo o rali, enquanto Fernando Peres voltou aos triunfos nacionais.
Desde cedo se percebeu que apenas um ou dois pilotos teriam capacidade e andamento para discutirem a vitória. Foram dois até Juho Hanninen ter uma saída de estrada, ter arrancado uma roda e ter perdido mais de 10 minutos, deixando por isso Kris Meeke com uma vantagem confortável na frente, podendo gerir no 2º dia. Aliás, Hanninen não acabaria mesmo o 1º dia, após ter capotado.
Meeke foi mesmo o homem do rali, dominou a seu belo prazer e nunca esteve verdadeiramente ameaçado por Nicolas Vouilloz e por Jan Kopecky, terminando o dia de 6ª feira já com 40 segundos de vantagem para o piloto do Peugeot e 50 para o finlandês da Skoda.
Nas hostes nacionais, o primeiro dia foi complicado para Bruno Magalhães, primeiro com um furo e depois com uma transmissão partida, caíndo para 9º da geral, 2º entre os concorrentes do CPR, em mais uma prova internacional em que tudo saiu ao contrário do esperado pelo piloto do Peugeot. Sobressaía então Fernando Peres, alheio a qualquer problema mecânico e fazendo valer a sua experiência e conhecimento do terreno. Também a ausência de pressão de Adruzilo Lopes, navegado pelo famalicense José Janela, que capotaram logo no troço inaugural do dia, pode ter sido um peso saído das costas de Peres. Também o local Ricardo Moura era vítima de problemas de motor, um contratempo para acompanhar Peres na luta pela vitória no 1º dia.
Entre os famalicenses, Jorge Carvalho, a acompanhar Bernardo Sousa, terminava na 12ª posição e 4ºs no CPR, depois de alguns problemas ao nível do motor do Fiat Punto S2000 e de algum calculismo na abordagem aos troços, pois a intenção era testar e não correr grandes riscos. Um pouco mais atrás estava Justino Reis, com o local Ricardo Carmo, na 14ª posição geral e 2ºs entre os concorrentes do campeonato açoreano com a dupla famalicense Pedro Rodrigues/Daniel Araújo a seguir em 17º e 7ºs no CPR (4º Gr. N), fruto de mais uma etapa bastante regular e sem grandes contratempos, apenas uma penalização que os fazia perder 1 minuto. Na luta pelas 2 rodas motrizes estava Alberto Silva, também a acompanhar um açoreano, neste caso Sérgio Silva, que levavam o Peugeot 206 até ao 3º lugar desse grupo.
O dia de Sábado trouxe a chuva em vez do pó e colocava todos com redobradas atenções, pois o mínimo erro significava o abandono. Alheio a isso, Kris Meeke continuava uma caminhada serena para o triunfo, continuou a vencer especiais e sem problemas de maior foi um justo vencedor nesta primeira visita do IRC aos Açores. A quase um minuto e depois de suplantar Vouilloz, terminou Jan Kopecky que soma um bom resultado para a Skoda. Freddy Loix foi o 4º, depois de uma saída de estrada na 1ª etapa e depois de ver os homens da Abarth, Giandomenico Basso abandonar devido a despiste e Anton Alen fazer um pião e cair muito na tabela.
No 5º posto absoluto, o melhor português Fernando Peres, que contudo não foi o mais rápido no 2º dia, cabendo a Ricardo Moura esse triunfo, também ele carregado de justiça. Uma vez mais Bruno Magalhães viu uma transmissão impedir um bom resultado, não indo além do 4º posto do dia entre o CPR, atrás de Adruzilo Lopes/José Janela, já com o Subaru refeito do incidente, naquele que foi um minimizar do prejuízo, obtendo um 3º lugar absoluto e no Grupo N para o Nacional, para além de serem os 10ºs mais rápidos do dia.
Autores de uma etapa bem melhor, Bernardo Sousa eo famalicense Jorge Carvalho penalizaram 2 minutos à entrada de uma especial e perderam o 2º lugar do dia, caíndo para 5º, contudo o essencial era ganhar ritmo para o Mundial, pelo que o resultado final estava em segundo plano, ainda assim classificaram-se no 10º lugar da geral.
Pedro Rodrigues, apesar de um toque no lado esquerdo do Subaru, continua a primar pela consistência e isso tem sido uma táctica bastante acertada, no 2º dia foi 8º no CPR e 5º entre os Grupo N, o que lhe dava no final do rali um 13º lugar final e a manutenção da liderança na Produção, para além de se manter no grupo da frente na classificação absoluta.
Justino Reis e o seu piloto Ricardo Carmo não tiveram uma 2ª etapa muito fácil, com problemas ainda no início do dia, tendo por isso perdido alguns lugares, ainda assim repetindo o 3º posto entre os concorrentes do regional açoreano, mantendo igual posição no campeonato
Menos feliz esteve Alberto Silva, que logo na 2ª especial terminava a sua prova, após uma saída de estrada, sem consequências de maior para o famalicense e para Sérgio Silva, numa altura em que eram 3ºs nas 2 rodas motrizes e tentavam não perder de vista os dois primeiros classificados.
Nota ainda para Vítor Pascoal que mantem a liderança do Nacional de Ralis, apesar de uma prova algo apagada e longe da discussão com os seus directos adversários, somando dois 5ºs lugares, assim como o convidado da organização, o mundialista Conrad Rautenbach, que deu um grande espectáculo, mas não conseguiu acompanhar o ritmo da frente.
Em suma, uma grande festa dos ralis nos Açores, apenas manchada por algumas falhas de segurança com o público micaelense e pela insistência da chuva no 2º dia, levando mesmo à anulação do derradeiro troço.
Classificação Final
1º Kris Meeke/Paul Nagle (Peugeot 207 S2000) - 2h36m48,3s
2º Jan Kopecky/Petr Stary (Skoda Fabia S2000) - a 53,1s
3º Nicolas Vouilloz/Nicolas Klinger (Peugeot 207 S2000) - a 1m04,8s
4º Freddy Loix/Frederic Miclotte (Peugeot 207 S2000) - a 2m15,2s
5º Fernando Peres/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer IX) - a 4m45,2s (1º CPR)
6º Franz Wittmann/Bernhard Ettel (Mitsubishi Lancer IX) - a 5m33,2s
7º Conrad Rautenbach/Daniel Barritt (Peugeot 207 S2000) - a 5m35,8s
8º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX) - a 5m41,3 (2º CPR e 1º CAR)
9º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - a 7m03,5s (3º CPR)
10º Bernardo Sousa/Jorge Carvalho (Fiat Punto S2000) - a 8m13,8s (4º CPR)
(...)
13º Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX) - a 14m04,1s (6º CPR)
(...)
15º Ricardo Carmo/Justino Reis (Mitsubishi Lancer IX) - a 14m50,0s (3º CAR)
Classificação CPR
1º Vítor Pascoal (29 pts)
2º Bruno Magalhães (20 pts)
3º Fernando Peres (20 pts)
4º Pedro Rodrigues (19 pts)
5º Ricardo Teodósio (17 pts)
A próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis marca o regresso ao continente, com o Rali do Porto, a 5 e 6 de Junho e como habitualmente disputado em Fafe, com a nuance de ter alguns troços míticos disputados inversamente ao normal.
Fotos: Ralis.Online/MondegoSport
Desde cedo se percebeu que apenas um ou dois pilotos teriam capacidade e andamento para discutirem a vitória. Foram dois até Juho Hanninen ter uma saída de estrada, ter arrancado uma roda e ter perdido mais de 10 minutos, deixando por isso Kris Meeke com uma vantagem confortável na frente, podendo gerir no 2º dia. Aliás, Hanninen não acabaria mesmo o 1º dia, após ter capotado.
Meeke foi mesmo o homem do rali, dominou a seu belo prazer e nunca esteve verdadeiramente ameaçado por Nicolas Vouilloz e por Jan Kopecky, terminando o dia de 6ª feira já com 40 segundos de vantagem para o piloto do Peugeot e 50 para o finlandês da Skoda.
Nas hostes nacionais, o primeiro dia foi complicado para Bruno Magalhães, primeiro com um furo e depois com uma transmissão partida, caíndo para 9º da geral, 2º entre os concorrentes do CPR, em mais uma prova internacional em que tudo saiu ao contrário do esperado pelo piloto do Peugeot. Sobressaía então Fernando Peres, alheio a qualquer problema mecânico e fazendo valer a sua experiência e conhecimento do terreno. Também a ausência de pressão de Adruzilo Lopes, navegado pelo famalicense José Janela, que capotaram logo no troço inaugural do dia, pode ter sido um peso saído das costas de Peres. Também o local Ricardo Moura era vítima de problemas de motor, um contratempo para acompanhar Peres na luta pela vitória no 1º dia.
Entre os famalicenses, Jorge Carvalho, a acompanhar Bernardo Sousa, terminava na 12ª posição e 4ºs no CPR, depois de alguns problemas ao nível do motor do Fiat Punto S2000 e de algum calculismo na abordagem aos troços, pois a intenção era testar e não correr grandes riscos. Um pouco mais atrás estava Justino Reis, com o local Ricardo Carmo, na 14ª posição geral e 2ºs entre os concorrentes do campeonato açoreano com a dupla famalicense Pedro Rodrigues/Daniel Araújo a seguir em 17º e 7ºs no CPR (4º Gr. N), fruto de mais uma etapa bastante regular e sem grandes contratempos, apenas uma penalização que os fazia perder 1 minuto. Na luta pelas 2 rodas motrizes estava Alberto Silva, também a acompanhar um açoreano, neste caso Sérgio Silva, que levavam o Peugeot 206 até ao 3º lugar desse grupo.
O dia de Sábado trouxe a chuva em vez do pó e colocava todos com redobradas atenções, pois o mínimo erro significava o abandono. Alheio a isso, Kris Meeke continuava uma caminhada serena para o triunfo, continuou a vencer especiais e sem problemas de maior foi um justo vencedor nesta primeira visita do IRC aos Açores. A quase um minuto e depois de suplantar Vouilloz, terminou Jan Kopecky que soma um bom resultado para a Skoda. Freddy Loix foi o 4º, depois de uma saída de estrada na 1ª etapa e depois de ver os homens da Abarth, Giandomenico Basso abandonar devido a despiste e Anton Alen fazer um pião e cair muito na tabela.
No 5º posto absoluto, o melhor português Fernando Peres, que contudo não foi o mais rápido no 2º dia, cabendo a Ricardo Moura esse triunfo, também ele carregado de justiça. Uma vez mais Bruno Magalhães viu uma transmissão impedir um bom resultado, não indo além do 4º posto do dia entre o CPR, atrás de Adruzilo Lopes/José Janela, já com o Subaru refeito do incidente, naquele que foi um minimizar do prejuízo, obtendo um 3º lugar absoluto e no Grupo N para o Nacional, para além de serem os 10ºs mais rápidos do dia.
Autores de uma etapa bem melhor, Bernardo Sousa eo famalicense Jorge Carvalho penalizaram 2 minutos à entrada de uma especial e perderam o 2º lugar do dia, caíndo para 5º, contudo o essencial era ganhar ritmo para o Mundial, pelo que o resultado final estava em segundo plano, ainda assim classificaram-se no 10º lugar da geral.
Pedro Rodrigues, apesar de um toque no lado esquerdo do Subaru, continua a primar pela consistência e isso tem sido uma táctica bastante acertada, no 2º dia foi 8º no CPR e 5º entre os Grupo N, o que lhe dava no final do rali um 13º lugar final e a manutenção da liderança na Produção, para além de se manter no grupo da frente na classificação absoluta.
Justino Reis e o seu piloto Ricardo Carmo não tiveram uma 2ª etapa muito fácil, com problemas ainda no início do dia, tendo por isso perdido alguns lugares, ainda assim repetindo o 3º posto entre os concorrentes do regional açoreano, mantendo igual posição no campeonato
Menos feliz esteve Alberto Silva, que logo na 2ª especial terminava a sua prova, após uma saída de estrada, sem consequências de maior para o famalicense e para Sérgio Silva, numa altura em que eram 3ºs nas 2 rodas motrizes e tentavam não perder de vista os dois primeiros classificados.
Nota ainda para Vítor Pascoal que mantem a liderança do Nacional de Ralis, apesar de uma prova algo apagada e longe da discussão com os seus directos adversários, somando dois 5ºs lugares, assim como o convidado da organização, o mundialista Conrad Rautenbach, que deu um grande espectáculo, mas não conseguiu acompanhar o ritmo da frente.
Em suma, uma grande festa dos ralis nos Açores, apenas manchada por algumas falhas de segurança com o público micaelense e pela insistência da chuva no 2º dia, levando mesmo à anulação do derradeiro troço.
Classificação Final
1º Kris Meeke/Paul Nagle (Peugeot 207 S2000) - 2h36m48,3s
2º Jan Kopecky/Petr Stary (Skoda Fabia S2000) - a 53,1s
3º Nicolas Vouilloz/Nicolas Klinger (Peugeot 207 S2000) - a 1m04,8s
4º Freddy Loix/Frederic Miclotte (Peugeot 207 S2000) - a 2m15,2s
5º Fernando Peres/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer IX) - a 4m45,2s (1º CPR)
6º Franz Wittmann/Bernhard Ettel (Mitsubishi Lancer IX) - a 5m33,2s
7º Conrad Rautenbach/Daniel Barritt (Peugeot 207 S2000) - a 5m35,8s
8º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX) - a 5m41,3 (2º CPR e 1º CAR)
9º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - a 7m03,5s (3º CPR)
10º Bernardo Sousa/Jorge Carvalho (Fiat Punto S2000) - a 8m13,8s (4º CPR)
(...)
13º Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX) - a 14m04,1s (6º CPR)
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15º Ricardo Carmo/Justino Reis (Mitsubishi Lancer IX) - a 14m50,0s (3º CAR)
Classificação CPR
1º Vítor Pascoal (29 pts)
2º Bruno Magalhães (20 pts)
3º Fernando Peres (20 pts)
4º Pedro Rodrigues (19 pts)
5º Ricardo Teodósio (17 pts)
A próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis marca o regresso ao continente, com o Rali do Porto, a 5 e 6 de Junho e como habitualmente disputado em Fafe, com a nuance de ter alguns troços míticos disputados inversamente ao normal.
Fotos: Ralis.Online/MondegoSport
1 comentário:
Só uma nota.
A ausência do melhor Português na conferência de imprensa do final do rali. Ausência,pelo facto de que a organização (press officer), não solicitou a presença do Peres.
Estórias antigas...
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