23 janeiro 2008

Entrevista com João Ruivo

João Ruivo foi um dos pilotos famalicense que, no início da época transacta, apostou no Open de Ralis, sendo um dos principais animadores desta competição. Sempre acompanhado por Alberto Silva e conduzindo um Fiat Stilo Multijet, Ruivo sagrou-se Vencedor da Categoria 1, reservada aos carros de 2 Rodas Motrizes, juntando ainda o 3º lugar absoluto, para além de vários pódios ao longo do ano
Depois de um ano no Nacional de Ralis, a aposta no Open foi um sucesso? Foi um passo atrás para depois dares 2 em frente?
A aposta foi, claramente, bem sucedida. Encontramos um excelente ambiente e alcançamos bons resultados. Na altura, não consegui os apoios necessários para o Nacional de Ralis, mas tinha a noção que não podia parar. Surgiu a ideia do Open, um campeonato novo, com novos valores e com carros competitivos, que faziam com que eu continuasse a minha evolução como piloto. Não foi um passo atrás, mas sim uma aposta ganha para o futuro.

Quais foram os melhores momentos de 2007?
O Rali de Vila Verde, sem dúvida. Obtivemos um excelente resultado e foi o rali do Open mais disputado ao longo do ano, sendo que tivemos a um pequeno passo de vencer o rali. Logicamente que a conquista do título das 2 Rodas Motrizes é um excelente momento, pois era o nosso principal objectivo desde o início do ano e foi alcançado ainda antes do final do campeonato.
E os momentos que não te trazem boas recordações?
O Rali de Murça foi o mais "amargo", pois lideravamos a prova com 30 segundos de vantagem sobre o 2º classificado, quando desistimos por uma avaria mecânica. Podia ter sido a vitória à geral que nos faltou, e teria sido a "cereja no topo do bolo". O Rali de Góis e o Rali de Vila Nova de Cerveira também não me trazem boas recordações, pois fizemos poucos quilómetros em ambos, sendo que em Góis saímos de estrada.
Começaste a fazer ralis apenas há 4 anos, mas já conseguiste outros tantos títulos.
Esperavas um sucesso tão rápido?
Quando me iniciei nos ralis, há 4 anos, era com a intenção de me divertir, contudo, os resultados começaram a aparecer e nos fomos querendo mais. Estes 4 títulos são frutos de muita aprendizagem e de muitas pessoas que acreditaram no meu valor. Nenhum dos títulos foi fácil de alcançar, sempre tivemos bons adversários, com carros competitivos como o nosso, por isso só posso estar satisfeito e orgulhoso com o trabalho realizado.
Foste dos últimos pilotos a singrar nos ralis vindo de um concurso. Está aí a chave para novos talentos?

Tenho a certeza disso. Neste momento, não é fácil a qualquer jovem começar nos ralis ou noutra modalidade do desporto automóvel. É necessária uma grande ajuda, muito apoio de quem tem experiência e isso pode estar nos concursos, que infelizmente, tem sido poucos. Eu dou o meu exemplo, se não tivesse participado no concurso do Team Famalicão, em 2004, ainda hoje via as provas junto às estradas, em vez de participar nelas.
E já tens projectos para a nova época?
Já afirmei que gostaria de regressar ao Campeonato de Portugal de Ralis. Estamos a tentar pôr de pé o projecto com um S2000, estamos em conversações, mas caso não se concretize esta hipótese temos alternativas, quer para este campeonato, quer para o Open. Seja qual for o campeonato, partirei sempre com o objectivo de ganhar, é esse o meu espírito para disputar todos os ralis em que participo.
Foste eleito pelos leitores do Famalicão Motor, como o Piloto do Ano. Que significado tem isso para ti?
Antes de mais, agradeço aos leitores do Famalicão Motor os votos e a confiança. Para mim, isso significa que estou a fazer um bom trabalho e as pessoas, nomeadamente os famalicense, reconhecem e gostam do que eu estou a fazer em nome da nossa terra e do desporto automóvel.

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