Todavia, o desenrolar dos acontecimentos acabou por ditar um inédito cancelamento da prova, que deixou atónitos todos os pilotos inscritos. "É uma enorme frustração. Trabalhei imenso ao longo de todo o ano para assegurar as condições necessárias a uma participação no Dakar, que me permitisse completar o sonho iniciado em 2006. Creio que tinha reunido excelentes condições para não só conseguir chegar ao Lac Rose, que era o meu maior objectivo, como para lutar por uma boa classificação na Categoria T2, destinada às máquinas de Produção onde já conquistei um título de Campeão Nacional. Quando fomos convocados para o anúncio formal já sabia o que iria ouvir, mas não consegui evitar uma lágrima de enorme desolação. Penso que ninguém sabe ao certo qual vai ser o futuro da prova e isso ainda me coloca mais angustiado, pois fazia ponto de honra em a ter no meu currículo" salientou Helder Oliveira.
Para Paulo Marques que, ao longo das suas 14 participações, passou pelas mais diversas situações de dificuldade "estava longe de imaginar que uma prova desta envergadura pudesse ser assim cancelada, quando toda a caravana estava pronta para partir. Admito que a organização tenha os mais fundados argumentos para o ter feito mas, para mim, como piloto e como participante numa prova que envolve tanto e tão avultado investimento, fica sempre a sensação de que se poderia e deveria ter precavido situações como esta e encontrado alternativas, mesmo que não fosse aquelas que desportivamente eram as mais interessantes", explicou o piloto.
O cancelamento da prova impediu também a distribuição de meio milhar de óculos da campanha "Dar uma segunda vida aos seus óculos", uma iniciativa do Grupótico. "Estamos a estudar alternativas que brevemente serão tornadas públicas" declarou Helder Oliveira.
Sem comentários:
Enviar um comentário