17 novembro 2008

Padock Competições com o maior contingente português

Um desafio aliciante para as três equipas da Padock Competições que partem à procura de um lugar ao "sol" no país das pampas (Argentina) – o segundo maior país em tamanho da América do Sul logo a seguir ao Brasil, que pela primeira vez na história do Dakar recebe a "jornada" da responsabilidade da Amaury Sports Organisation (ASO).

Entre os dias 3 e 18 de Janeiro, Adélio Machado/Laurent Flament (382), Francisco Pita/Humberto Gonçalves (399) e Martine Pereira/José Marques (402), irão desfiar as planícies da Patagónia, o deserto de Atacama, a crdilheira dos Andes, e todas as dificuldades que uma prova como esta – conhecida com a mais longa e dura prova de todo-o-terreno do mundo proporciona. O objectivo já foi traçado em solo luso "terminar e lutar por uma vitória na categoria T2".
A primeira edição do Argentina-Chile, 30ª do Dakar (sem contabilizar a ultima do Euromilhões Lisboa Dakar) terá um percurso que se estenderá a mais de nove mil quilómetros por entre dunas, montanhas, trialeiras e muito mais, dos quais 5.650 km serão contados ao cronómetro. O Dakar Argentina-Chile terá partida (3 Janeiro) e chegada (17 Janeiro) na capital argentina – Buenos Aires (conhecida como a mais europeia" da América Latina).
A Padock Competições tem tudo apostos para a partida de Famalicão em direcção a França para as pré-verificações que irão decorrer a partir do dia 27 de Novembro. Três Toyota Land Cruiser incluídos na categoria T2, conserva à Padock Competições o estatuto da estrutura lusa com maior número de carros inscritos para equipas portuguesas, que serão acompanhas por igual número de mecânicos residentes na Padock.
Adélio Machado detém no seu currículo duas presenças na mais longa e dura prova de todo-o-terreno do mundo, sendo o mais experiente entre a comitiva da Padock: "Partimos os três em pé de igualdade, em que o objectivo passa por terminar as três equipas, mas como é óbvio espero poder vir a lutar pelo triunfo na categoria. Tudo vai ser novo, pela primeira vez vamos deixar o solo africano para uma nova realidade, a América do Sul. Serão novas mentalidades, novas estratégias de corrida, com a elevada altitude em várias especiais a fazerem a diferença, vamos passar dos quatro mil metros. O Toyota está muito bem preparado para enfrentar estas dificuldades e será dada a resposta em pista, dadas as suas excelentes performances em rovas de resistência – 11 títulos consecutivos na categoria T2" começou por adiantar o piloto famalicense que não coloca de parte um regresso a terras de origem: "tal como afirmou Etienne Lavigne na apresentação da prova, é possível poder-se regressar a Africana já em 2010, tudo vai depender do êxito que a passagem pela América Latina possa apresentar, designadamente no que respeita ao público", relembrou Adélio Machado.
Para Francisco Pita, a tão espera estreia - depois da anulação da edição de 2008, é esperada com alguma ansiedade: "quero vencer, tenho-me preparadora para tal, assim como o fiz no Rali da Tunísia. Este novo Dakar possibilita uma igualdade de conhecimentos das pistas, será tudo novo, se bem que, preferia ter feito a minha estreia em África. Para triunfar em qualquer modalidade desportiva temos que estar muito bem preparados, essencialmente ao nível psicológico para superar todas as dificuldades que uma prova deste tipo possa apresentar".
Pela primeira vez a sentir um volante de uma viatura todo-o-terreno, Martine Pereira terá pela frente a aventura da sua vida, depois da longa experiencia na velocidade nacional: "Tal como aconteceu com a velocidade, surge agora a oportunidade do todo-o-terreno, só não esperava que fosse logo por uma prova tão longa e dura, o que de alguma forma nos dá mais protagonismo. Espero apenas poder terminar a prova e, se possível juntamente com as restantes equipas da Padock. Os primeiros quilómetros vão ser mais complicados, já que desconheço o carro – apenas rodei cerca de uma hora em Arraiolos, mas, pareceu-me um carro muito competitivo e, vou contar com o excelente apoio e preparação dos mecânicos da Padock que são fantásticos" afirmou o piloto famalicense que não teme as dificuldades: "estamos preparados para enfrentar todas as adversidades. O Dakar ganha-se com a persistência e muita coragem".

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