O Rali Casinos do Algarve marcou o encerramento da temporada do Campeonato de Portugal de Ralis, ficando para a história como a primeira vitória absoluta de José Pedro Fontes e do Fiat Punto S2000, bem como o interesse se centrou na atribuição dos títulos que ainda se encontravam em aberto. Com o já campeão Bruno Magalhães a impôr o ritmo desde a Super Especial disputada na noite de 6ª feira no Autódromo do Algarve, em que as bancadas estavam bem compostas, com mais de 10 mil espectadores presentes, cedo se percebeu que o piloto do Peugeot 207 S2000 iria estar, uma vez mais, descansado no 1º lugar, porém um furo na PEC 3 fê-lo perder mais de 2 minutos e atirou-o para a 16ª posição, entregando de "mão beijada" a liderança a José Pedro Fontes. O piloto da Fiat Vodafone estava no local certo, à hora exacta e não descurou a hipótese de vencer, num rali em que nem tudo foi fácil, pois um problema de motor na fase inicial da prova e um furo na penúltima especial poderiam ter estragado a festa. "Estamos todos naturalmente muito satisfeitos com este triunfo, o meu primeiro em termos absolutos no Campeonato Nacional de Ralis. Voltámos a estar em bom nível e tivemos de sofrer até final mas também isso dá ainda mais brilho e enche de mérito a nossa prestação. Tenho que dar desde já os parabéns a todos os elementos da equipa, pelo seu empenho, pela sua dedicação e pela força que sempre me deram na procura deste resultado que, diga-se, já merecíamos", referiu o contente José Pedro Fontes, já no final do rali. 
Verdadeiramente ao ataque e a voar baixinho é como melhor se explica a prestação de Bruno Magalhães, principalmente após o furo que o fez parar em pleno troço para substituir a roda do seu Peugeot 207 S2000. Magalhães venceu todas as especiais, com excepcção aquela em que fura e consegue, já no derradeiro troço, alcançar a 2ª posição, não conseguíndo assim efectuar a pontuação máxima no cameponato, mas garante o 3º título para a Peugeot nesta temporada, o de Navegadores Absoluto para Carlos Magalhães, já depois do de Pilotos e de Marcas. A encerrar o pódio terminou Fernando Peres, vencedor do Agrupamento de Produção, um justo prémio para o piloto do Mitsubishi, que teve uma fase de asfalto recheada de contratempos. Não fosse algum tempo perdido na última PEC quando passaram pelo local onde Vítor Pascoal abandonou e talvez Peres tivesse chegado ao final com o 2º lugar, ainda assim reconheceu que o resultado servia na perfeição os interesses da equipa. Vítor Pascoal teve um final inglório. O piloto do Peugeot 207 S2000, que terminara todas as prova até ao momento, esteve a um pequeno passo de poder garantir a vitória, que também seria a sua primeira. À entrada para a última PEC, a diferença entre Fontes e Pascoal era de apenas 1,5 segundos, mas um problema num amortecedor, após um ligeiro toque fez com que Vítor Pascoal terminasse ali a sua prova, após ter rodado sempre perto do 1º lugar. Bernardo Sousa regressou ao campeonato e obteve um excelente 4º lugar, ganhando ritmo competitivo para a última prova do PWRC, que disputa na totalidade, deixando atrás de si Pedro Leal, que garantiu a vitória na Taça Nacional de Ralis, após o abandono de Barros Leite, com problemas de turbo no Seat Leon Tdi. Leal só necessitava de levar o seu Fiat Stilo Multijet até ao final, porém em mais uma prova endiabrada, o 5º lugar iguala a melhor prestação da temporada. 
Adruzilo Lopes, com o famalicense José Janela ao seu lado, teve uma prova descansada e sem pressão, optando por dar algum espectáculo, depois de já ter assegurado o título no Grupo N. Para Janela, restou o prémio de ter alcançado o vice campeonato nesse agrupamento, o que não deixa de ter a sua justiça, pois o navegador de Famalicão acompanhou Adruzilo em toda a fase de asfalto. Aliás, o título de Adruzilo Lopes tem o dedo de muitos famalicenses, pois todos os navegadores que andaram com o piloto de Vizela esta temporada são da nossa terra, nomeadamente, André Cortinhas e Justino Reis, tendo eles igualmente muito mérito neste título. 
Quem também garantiu um título foi Carlos Matos, o segundo consecutivo na Classe 1600cc, ele que também era acompanhado por um famalicense, Vasco Ferreira. Parece sina dos co-pilotos de Famalicão serem vice campeões, pois Vasco Ferreira também o foi nesta classe, não chegando ao título, pois não iniciou a temporada ao lado de Carlos Matos. Depois de uma fase de terra em que nem tudo correu de feição, a fase de asfalto foi muito produtiva e com excelentes resultados para a dupla do Renault Clio S1600, que para o ano pode partir para o Open de Ralis. Resta referir que Paulo Antunes triunfou no Challenge Citroën C2, garantido também ele a conquista desse troféu, enquanto José Sousa venceu nos Clássicos, ele que nem precisava de participar, pois o principal adversário, Anibal Rolo optou pela ausência. Palavra final para todos aqueles que não chegaram ao fim, para além dos já referidos Pascoal e Barros Leite, também Mex, com indisposição; Ricardo Teodósio, que arrancou uma roda; Barroso Pereira, com problemas de transmissão e Pedro Meireles, com problemas de embraiagem, não alcançaram o final da prova do Clube Automóvel do Algarve. Ausente da prova esteve o famalicense Justino Reis, que iria acompanhar Luís Miguel Rego, mas o piloto açoreano nem sequer arrancou, em virtude de motivos pessoais. Classificação Final2º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães /Peugeot 207 S2000) - a 49,7s
3º Fernando Peres/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer IX) - a 54,9s
4º Bernardo Sousa/Jorge Carvalho (Mitsubishi Lancer IX) - a 1m45,5s
5º Pedro Leal/Redwan Cassamo (Fiat Stilo Multijet) - a 3m10,9s
6º Adruzilo Lopes/José Janela (Subaru Impreza WRX) - a 3m17,6s
7º Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600) - 4m23,9s
8º Paulo Antunes/Hugo Magalhães (Citroën C2) - a 5m36,8s
9º Carlos Costa/Alberto Oliveira (Citroën C2) - a 6m23,7s
10º João F. Ramos/Fernando Cardoso (Renault Clio RS 2.0) - a 13m23,0s Classificação Final CP Ralis
1º Bruno Magalhães (93 pts)
2º José Pedro Fontes (63 pts)
3º Vítor Pascoal (48 pts)
4º Fernando Peres (41 pts)
5º Adruzilo Lopes (40 pts)
Agora é tempo de esperar por novidades da temporada que aí vem, onde até ao momento apenas se conhecem as datas das prova e se sabe da existência de um novo campeonato de 2 Rodas Motrizes. Depois de uma ano em que o interesse competitivo foi por muitas vezes nulo, as listas de inscritos muito reduzidas, a ver vamos o que nos reserva o ano 2009, ainda com muitas indecisões, quer a nível de provas, quer a nível de projectos, sejam eles novos ou de continuidade.
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