Realizou-se no passado sábado à noite, na Avenida de França, frente às Piscinas Municipais, um exercício de simulacro de acidente grave envolvendo automóveis de competição. Esta actividade foi o culminar de uma acção realizada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, que realizou uma formação dedicada a pilotos de automóveis que actualmente disputam ralis, concentrada nas técnicas de socorrismo, para a eventualidade de se verem envolvidos num desastre que possa surgir durante uma prova.
O cenário foi montado com um carro de comissário de prova a ser abalroado por um carro de competição, em que sucede ainda um atropelamento de um pequeno assistente pior posicionado, seguido da chegada do veículo seguinte em prova, que danda a situação inesperada, embate nos veículos sinistrados. A partir daí, tudo se desenrola como se de um verdadeiro rali se tratasse, com a chegada dos concorrentes seguintes, que iniciam os procedimentos de socorro.
Daí para a frente, chega o Director de Prova e os meios de socorro, com a actuação a iniciar-se seguindo os trâmites e as normas estabelecidas. Num curto espaço de tempo, todos os meios estavam montados e o corpo de bombeiros em acção. De referir que, todos os pilotos não acidentados, procuraram junto dos colegas entretanto encarcerados, prestar-lhes assistência dentro dos conceitos adquiridos e colaborar na ajuda que entretanto se iniciava pelas equipas de socorrismo.
Os pilotos envolvidos foram Mariana Neves de Carvalho, Daniela Rodrigues, Laura Natividade, Ricardo Costa, Jorge Lopes, Sérgio Aguiar, João Ruivo, André Oliveira, João Peixoto, Bruno Costa e José Pereira, utilizando um Citroen AX Sport, dois Peugeot 206 GTI e dois Mitsubishi Lancer VI. Estes mostraram e bem, aquilo que apreenderam ao longo da formação que frequentaram, sendo de salientar que a última vítima encarcerada e a ser retirada do veículo, teve a intervenção única dos pilotos, que aplicaram todos os conhecimentos adquiridos, sendo a actuação brilhante e tendo transmitido à imensa assistência que presenciou as operações, que de facto possuem já um nível de conhecimentos e experiência, capaz de enfrentar catástrofes de elevada dimensão e situações adversas reais. Naturalmente, que todos desejamos que a sua actuação não seja necessária, mas caso o seja, temos gente.
Este grupo foi superiormente dirigido pelo 2º Comandante Carlos Freitas, sendo de realçar que a estratégia e a invenção do acidente, em nada inferior, pertenceu à Secção Desportiva e Cultural da associação. Aliás, para a própria corporação, esta formação e o respectivo simulacro foi fundamental, pois permitiu perceber melhor todos os componentes de segurança de um veículo de competição, bem como do equipamento que o piloto usa, tudo isto muito diferente do dia-a-dia e assim ter uma melhor acção em caso de acidente.
Por fim, e já no Quartel dos Bombeiros, houve uma cerimónia simples de entrega de Certificados de Participação aos Pilotos, bem como a entrega de uma lembrança aos Bombeiros de Famalicão como reconhecimento daqueles para com a equipa que tão bem os acolheu e melhorou significativamente os seus conhecimentos gerais.
Texto adaptado e fotos: A. Neves de Carvalho
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