Nas lamacentas Terras do Basto, um regressado às lides Pedro Leal foi quem melhor se deu com as adversas condições que este rali proporcionou aos pilotos. Com tantos contratempos e com a chuva a dificultar a tarefa aos pilotos, a sobrevivência foi a palavra de ordem. Entre os famalicenses, Jorge Carvalho destacou-se ao terminar no 3º posto.
Aos comandos de um Mitsubishi Lancer VI que utilizou em tempos idos do Nacional de Ralis, Pedro Leal acompanhado por Isabel Ramalho, nunca esteve com o comando do Rali Terras do Basto sob ameaça. Um forte andamento na fase inicial permitiu gerir a vantagem ainda no primeiro dia e com a desistência de Daniel Nunes já no Domingo, então o ritmo de Leal baixou ainda mais, contudo a diferença para o 2º classificado cifrou-se acima dos 2 minutos. Daniel Nunes foi o único que ainda ameaçou a liderança da prova, vencendo tres especiais no primeiro dia e partia para a 2ª etapa na tentativa de recuperar 11 segundos, mas um problema mecânico no seu Mitsubishi Lancer VI terminou com essa aspiração. Ainda de referir que no lote de desistências figurou Manuel Coutinho, embora o abandono do já coroado campeão deu-se antes do início da prova, quando um acidente de viação deixou o piloto e o seu navegador algo abalados e sem condições para disputar o rali.
A pensar nas contas do campeonato, Luís Mota foi um descansado 2º colocado. O experiente piloto foi muito regular ao longo de toda a prova e teve no Mitsubishi Lancer IV um fiável aliado para se aproximar do objectivo que é o 2º posto em termos absolutos.
A encerrar o pódio terminou António Rodrigues, navegado pelo famalicense Jorge Carvalho. A dupla do Peugeot 206 GTI teve uma prova em crescendo, apesar do carro nem sempre colaborar com esta jovem equipa. Alheio aos problemas que alguns adversários foram tendo, Rodrigues foi subindo a pouco e pouco, mas teve em Gil Antunes um digno adversário. Deixando o Opel Astra e apostando também no Peugeot 206 GTI, um probelma de motor na fase inicial atirou Gil Antunes para lugares mais atrasados, mas uma recuperação notável ao volante de um carro que lhe era desconhecido levou-o até ao 4º lugar, empatado com Rodrigues, tendo ainda vencido um troço... à geral. De referir que para além do 3º posto, António Rodrigues e Jorge Carvalho foram os mais rápidos no Desafio Modelstand, que não contou com o vencedor antecipado Daniel Ribeiro, também ele ausente, mas que mesmo assim garantiu novo título, desta feita nas 2 Rodas Motrizes.
Com Francisco Brites fora de prova, devido a uma ligeira saída de estrada, logo no início do 2º dia, Sérgio Arteiro manteve-se em bom nível e, mesmo perdendo tempo, conseguiu a 5ª posição e o seu melhor resultado deste ano no Desafio Modelstand. João Castela e André Marques terminaram nas posições seguintes, fazendo também excelentes resultados, ficando na frente de Miguel Barroso no VW Golf G60.
Pensando unicamente no Júnior, Luís Bastos e o famalicense Paulo Marques estiveram mais uma vez em excelente nível. Sem problemas de maior no Citroën C2, a dupla foi rubricando cronos muito interessantes, apenas na derradeira passagem por Mondim de Basto perderam algum tempo, mas que não colocou em risco a vitória no Júnior, a 3ª do ano e que recoloca o jovem piloto na luta pelo campeonato.
Um pouco mais atrás e autores de uma excelente prova, os famalicense Pedro Carneiro e Hugo Pinheiro levaram o Renault 11 até ao 15º lugar final. Não acusando falta de ritmo por não disputar ralis frequentemente, Pedro Carneiro teve um início auspicioso e terminou o primeiro dia no 17º posto, após ter rodado constantemente no lote do 20 mais rápidos. Para o dia seguinte, e consciente que os pisos traiçoeiros poderia colocar em risco um bom resultado, a dupla famalicense continuou a ter uma boa prestação, subindo mais dois lugares.
Mariana Neves de Carvalho/Filipe Martins tiveram um rali tranquilo, uma imagem contrária às provas anteriores, o que os colocou na 18ª posição final e os levou a mais um pódio no Júnior, onde foram 3ºs, vencendo inclusivé o derradeiro troço. A piloto famalicense foi subindo gradualmente na tabela classificativa e sai de Mondim de Basto com missão cumprida de deixar para trás os azares que vinham perseguíndo a dupla do Peugeot 206 GTI.
Nos lugares mais atrasados terminou Rui Barbosa, acompanhado pelo famalicense Justino Reis, eles que cumpriram mais uma prova ao volante do Toyota Yaris, que face às complicadas condições climatéricas, viu expostas ainda mais as suas limitações. O 27º lugar final foi o resultado possível, numa prova em que terminar e continuar a adaptação aos ralis eram os objectivos, que assim foram cumpridos integralmente.
No rol das desistências, para além das já referidas, estavam ainda o famalicense António Magalhães, que abandonou no 2º dia, em virtude de problemas mecânicos no Peugeot 205.
Classificação Final
1º Pedro Leal/Isabel Ramalho (Mitsubishi Lancer VI) - 42m02,7s
2º Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi Lancer IV), a 2m04,9s
3º António Rodrigues/Jorge Carvalho (Peugeot 206 GTI), a 3m23,3s
4º Gil Antunes/Ricardo Serrão (Peugeot 206 GTI), a 3m23,3s
5º Sérgio Arteiro/Estefânio Pinto (Peugeot 206 GTI), a 5m00,0s
7º André Marques/Manuel Silva (Peugeot 206 GTI), a 7m21,6s
8º Miguel Barroso/Ricardo Faria (VW Golf G60) a 7m33,4s
9º Luís Bastos/Paulo Marques (Citroën C2), a 7m55,7s
10º Nuno Almeida/João Vieira (Fiat Punto HGT), a 8m03,2
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15º Pedro Carneiro/Hugo Pinheiro (Renault 11), a 9m27,0s
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18º Mariana Neves de Carvalho/Filipe Martins (Peugeot 206 GTI), a 9m59,2s
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27º Rui Barbosa/Justino Reis (Toyota Yaris), a 15m22,3s
NC - António Magalhães/Nuno Alves (Peugeot 205) - Avaria na PEC 6
Para terminar o ano, o Open de Ralis desloca-se até Vila Real, derradeira prova do campeonato, marcando o regresso aos pisos de asfalto.
FOTOS: Ralis Online, José Mendes e MSC Fotorali
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