28 fevereiro 2011

Moura garante primeiro triunfo

Ricardo Moura/António Costa entraram no Campeonato de Portugal de Ralis com o pé direito, somando o primeiro triunfo da carreira, sendo aqueles que conseguiram escapar da melhor forma aos problemas que foram deixando os seus adversários fora da luta pela vitória no Rali Torrie. Para além da vitória de Moura, fica na retina que o campeonato está mal e pouco recomendável, pois a maioria dos concorrentes espanhóis nada acrescentou, assim como a criada Taça de Portugal.

Na primeira especial do rali, e tal como no ano passado, Pedro Peres foi o mais rápido e assumia claramente uma candidatura à vitória, mas logo na classificativa seguinte o motor do Mitsubishi Lancer IX cedeu e assim o abandono era inevitável. Com isto, Ricardo Moura instalava-se no comando, posição da qual não mais saíria até ao final do rali, ainda que terminasse o dia de Sábado com Victor Senra e Vítor Pascoal a exercerem alguma pressão ao açoreano. Se o espanhol surpreendia tudo e todos por estar aos comandos de um já ultrapassado Peugeot 206 S1600, o vice-campeão nacional ainda se estava a adaptar ao Mitsubishi Lancer X, queixando-se de más afinações ao nível da suspensão.

Contudo, seria a mesma curva a ditar o desfecho destes dois pilotos, colocando ponto final na luta pela vitória ao deixarem Ricardo Moura isolado no comando. Na PEC 5, Vítor Pascoal dá um toque numa árvore e deixa a traseira do Mitsubishi muito mal tratada, conseguíndo permanecer em prova, mas com um atraso considerável e com muitos problemas visíveis. Pior sorte teve Senra, que não acertou na árvore por escassos centímetros, saíndo de estrada depois de já ter sofrido um furo.

Com esta situação, o 2º lugar veio cair às mãos de Paulo Antunes, que muito se esforçou para estar presente na prova minhota. Usando um Citroën C2 R2 Max, nunca se viu importunado pelos concorrentes do CPR2 e do Challenge Citroën, podendo este ser um resultado surpreendente à primeira vista, mas Antunes imprimiu sempre um ritmo elevado e merece por completo o lugar intermédio do pódio.

Em crescendo ao longo da prova, Ivo Nogueira estreou da melhor maneira o Citroën DS3 R3, terminando na 3ª posição. A prestação do jovem piloto foi subindo, principalmente durante a 2ª etapa, culminando num lugar no pódio, depois de Frederico Gomes e Ricardo Marques terem tido problemas, deixando Nogueira isolado rumo a este objectivo.

Com todos os problemas já descritos, Vítor Pascoal não foi além do 4º lugar, na frente de Vítor Lopes, também ele a braços com vários contratempos no Subaru Impreza WRX.

Com o intuito de testarem soluções para a Subaru España, Carlos Oliveira e o famalicense Jorge Carvalho Jr foram se adaptando ao carro nipónico ao longo da prova, não se livrando ainda de um pião e de uma penalização. Foi uma boa prova de teste para uma dupla que quer estar presente em mais provas do Nacional, somando já alguns pontos do 6º lugar alcançado.

A restante comitiva famalicense não teve a sorte do seu lado. Logo na PEC 2, João Silva e o navegador de Famalicão, José Janela tiveram uma saída de estrada, demorando muito tempo até recolocarem o Renault Clio R3 em condições de prosseguir em prova. Com o rali completamente perdido, a dupla optou por rodar num ritmo muito consistente no 2º dia, vencendo especiais no CPR2, mas não indo além do 17º lugar, já depois de uma penalização de 1m20s, ainda derivada do despiste.

Atrás desta dupla e no derradeiro lugar, Ricardo Marques e o famalicense Paulo Marques tiveram uma prova de azar com o Citroën C2 R2 Max. Numa altura em que discutiam o 3º lugar da geral com Ivo Nogueira e quando faltavam 2 especiais para o final da prova, perderam mais de meia hora na ante-penúltima classificativa, hipotecando um resultado brilhante.

No que toca à Taça de Portugal, José Castro (Subaru Impreza) ficará para a história por ter sido o primeiro vencedor, com o famalicense José Pedro Miranda a não ir além do 8º posto, enquanto Miguel Marques, navegador de Alexandre Pires, abandonou ainda no Sábado com problemas mecânicos no Mitsubishi Lancer VI.

Classificação Final
1º Ricardo Moura/António Costa (Mitsubishi Lancer IX) - 1h04m17,7s
2º Paulo Antunes/Alberto Oliveira (Citroën C2 R2 Max), a 1m42,9s
3º Ivo Nogueira/Vitor Hugo (Citroën DS2 R3T), a 2m41,8s
4º Vitor Pascoal/Mário Castro (Mitsubishi Lancer X), a 3m45,7s
5º Vitor Lopes/Hugo Magalhães (Subaru Impreza N15), a 4m36,6s
6º Carlos Oliveira/Jorge Carvalho (Subaru Impreza N15), a 6m37,0s
7º Paulo Neto/Daniel Amaral (Citroën DS3 R3T), a 9m16,1s
8º Hugo Mesquita/Nuno Rodrigues da Silva (Citroën DS3 R3T), a 9m17,8s
9º Pablo Figueroa/Gustavo Piris (Suzuki Swift), a 10m04,8s
10º Antonio Viloria/Angel Lopez (Suzuki Swift), a 11m49,6s
(...)
17º João Silva/José Janela (Renault Clio R3), a 28m23,3s
18º Ricardo Marques/Paulo Marques (Citroën C2 R2 Max), a 33m54,6s

O Campeonato de Portugal de Ralis prossegue agora com o Vodafone Rali de Portugal, prova pontuável para o Mundial de Ralis e que se disputa entre 24 e 27 de Março. 

Fotos: Ralis Online e Motores Magazine

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