Para Alberto Silva, a época de 2011 não correu conforme o planeado. O destaque vai para uma vitória na nova Taça de Portugal de Ralis, pois os restantes objectivos traçados foram diluídos em vários problemas mecânicos que ditaram muitos abandonos. Para o famalicense, o ano fica registado com várias peripécias e momentos de boa disposição, estando igualmente a preparar a próxima temporada.
Qual o balanço geral da temporada de 2011 em termos dos objectivos propostos no início?
Os objectivos ficaram um pouco aquém do esperado, pois a temporada foi pautada por muitas desistências e todas elas por avarias mecânicas.
Qual o melhor momento e o menos bom das provas efectuadas?
O melhor momento foi a vitoria no Rali Centro de Portugal, na Taça de Portugal de Ralis, juntamente com o Hugo Lopes. O menos bom foram, sem dúvida, as desistências com o Marco Lazarino, curiosamente todas elas por problemas de motor, resumindo -se em 4 motores partidos.
Qual o adversário mais duro de roer?
A falta de sorte foi o maior adversário em 2011, pois em 10 anos de carreira, nunca tive um ano com tantas desistências e todas elas por problemas mecânicos, sendo sempre pequenos detalhes a ditar os abandonos.
Houve alguma peripécia engraçada que queira partilhar?
O Rali Centro de Portugal foi uma peripécia por si só. Aconteceu um pouco de tudo, desde um furo e a pistola de tirar os pneus ficar sem bateria a trocar o pneu, obrigando a que outra equipa cedesse a sua para podermos trocar a roda e continuar em prova. Também queimou o motor de arranque e não pudemos desligar o carro durante 2 horas seguidas, para além de, sempre que necessário, ter de empurrar o carro com aproximadamente 1500kg. Por fim, na última PEC passar pelo adversário, que supostamente teria ganho o rali, parado por avaria já no final da classificativa, o que fez como que a vitória sorrisse à nossa equipa. Tudo somado e temos ingredientes para considerar esta prova uma autentica peripécia.
Dá mais motivação ser co-piloto de um piloto experiente ou de um jovem a quem possa transmitir a sua experiência?
Já tive a oportunidade de experimentar ambas as situações e gostei bastante das duas, pois se com um piloto mais experiente tudo é mais rápido e há preocupação em não falhar, pois não ha margem para o ritmo imposto, já na situação de um jovem é um pouco o oposto, pois a função é não o deixar falhar ou minimizar as suas falhas naturais. Portanto a motivação existe sempre, se bem que com pilotos mais experientes ainda me dá mais gozo, pois é andar no "fio da navalha" e isso ainda me corre no sangue. Talvez daqui a uns anos a motivação mude.
Como se sente um navegador com um habitual co-piloto - por sinal campeão nacional - a guiar, como aconteceu num rali?
Foi uma experiência muita engraçada que vivi no Rali de Gondomar com o meu amigo António Costa. Primeiro fomos espicaçados no dia anterior pelo Ricardo Moura (o qual já ambos o navegamos), com uma mensagem de incentivo, depois foi a loucura, pois para além do António guiar bem, é muito "destravado" e logo no primeiro troço estivemos para bater 5 ou 6 vezes, o que acabou por acontecer mais tarde, pois de Seat Marbella, era tudo a fundo. Foi um rali ao ataque, no qual ganhamos 2 troços e a classificação não foi melhor pois tivemos 2 furos e um problema eléctrico que acabou por nos retirar um pódio quase garantido.
Quais os planos para a próxima época?
Ainda não existe nada de concreto, mas brevemente deverão existir novidades num projecto muito ambicioso para o Open de Ralis.
Que mensagem deixa aos adeptos e leitores do Famalicão Motor?
Antes demais,agradecer todo o apoio demonstrado ao logo da época e que espero que continuem a apoiar este fantástico desporto e os pilotos de Famalicão.
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