Se as expectativas para o Sata Rallye Açores decresceram um pouco face às muitas ausências, a emoção ao longo dos tres dias de prova fez esquecer tudo isso. Uma vitória sofrida e praticamente "arrancada a ferros" de Bruno Magalhães tornou este rali um dos mais disputados do ano no que toca ao IRC. Os famalicenses presentes tiveram uma passagem tranquila pela prova insular, ainda que com resultados positivos e dentro dos objectivos.
Tal como se previa, a luta pela vitória foi entre a Skoda e a Peugeot, com tudo a ser decidido nas derradeiras especiais. Um final épico que deu a Bruno Magalhães o primeiro triunfo internacional, num rali com algumas emoções também no que toca ao Campeonato de Portugal de Ralis.
Com várias trocas de líder ao longo de toda a prova, fosse por imposição de ritmos mais fortes, fosse por furos que atrasavam alguns pilotos, a história do rali resume-se praticamente às últimas PEC's. Com Bruno Magalhães na frente, um arreliador problema na caixa de velocidades fê-lo perder essa posição à entrada para as tres especiais finais, motivando ainda uma rápida troca de caixa na Assistência. Este atraso de Magalhães, deixou os Skoda em boa posição de vencer, sendo Juho Hanninen o melhor colocado, contudo na penúltima classificativa o finlandês teve um furo no seu Skoda Fabia S2000 e atrasou-se consideravelmente, ao ponto de Bruno Magalhães o apanhar em pleno troço, depois de Hanninen ter parado para trocar a roda. Essa situação irritou bastante o campeão nacional, pois perdeu algum tempo para Jan Kopecky, também ele em Skoda.
À entrada para a derradeira especial, a mítica Tronqueira e os seus quase 22 kms, a diferença entre Kopecky e Magalhães cifava-se em 6,4 segundos, com o português a recuperar metade até ao ponto intermédio. Talvez por pressão, o piloto da Skoda saiu de estrada nos últimos quilómetros e estendia por completo a "passadeira" para Bruno Magalhães rumar até à vitória, somando assim o primeiro triunfo no IRC esta temporada, ele que foi obrigado a mudar um pneu furado "in extremis" antes do início da última PEC. Foi mesmo um rali em cheio para a Peugeot, pois Kris Meeke foi 2º classificado, mesmo após uma presença discreta, mas beneficiou dos contratempos da Skoda na fase final. Juho Hanninen remediou a prestação da Skoda com o 3º lugar, na frente de Andreas Mikkelsen, em Ford Fiesta S2000, também ele com uma prova atribulada, nomeadamente um acidente contra uma vaca e que originou vários problemas mecânicos no seu carro.
Ricardo Moura jogava em "casa" e foi 5º classificado, um excelente resultado para o piloto do Mitsubishi Lancer IX, que foi o 2º entre os concorrentes do CPR, pois Bruno Magalhães inscreveu-se no campeonato antes da prova, deixando antever mais possíveis participações para além das provas insulares. Ainda assim, excelente colheita de pontos para Moura, que deu passo importante rumo ao título na Produção e ainda no que toca ao Campeonato dos Açores, onde apenas conhece o sabor da vitória.
Com provas um pouco atribuladas estiveram Vítor Pascoal e Bernardo Sousa, dois animadores do Nacional de Ralis. Pascoal sofreu um problema eléctrico no Peugeot 207 S2000 que o atrasou bastante e inclusivé o fez penalizar mais de 3 minutos, hipotecando a luta que vinha travando com Ricardo Moura. Já Bernardo Sousa ainda foi dando ares de sua graça, mas o facto de abrir a estrada na 6ª feira arredou-o de lutar por algo mais do que um lugar nos cinco primeiros e cimentar o 2º lugar na caravana nacional. Mas um toque na fase final do rali, destruiu parte da secção traseira direita do Ford Fiesta S2000 e obrigou a um esforço enorme para levar o carro até final, o que aconteceu no 10º lugar.
Igualmente dentro do Top-10 terminou o melhor famalicense em prova, Justino Reis. Regressado ao lado do piloto açoreano Ricardo Carmo, a dupla buscava um lugar cimeiro no que toca ao campeonato local. E subindo gradualmente de ritmo à medida que a prova ia decorrendo, Carmo e Justino Reis não tiveram grandes contratempos no Mitsubishi Lancer IX e concluiram a prova no 9º posto, que se traduziu no 4º lugar entre os concorrentes que disputam o Campeonato dos Açores de Ralis, logo atrás de Moura, Pedro Vale e Sérgio Silva.
Quanto ao clã Carvalho, terminaram um atrás do outro, com o pai Jorge a ter melhor sorte que o filho Jorge. João Fernando Ramos, com Jorge Carvalho a seu lado, foi impondo o seu ritmo na prova com a única preocupação de chegar ao fim e, com isso, somar mais alguns pontos para o Nacional de Ralis. E se assim delineou, melhor o cumpriu, pois com a desistência da maioria dos concorrentes ao Grupo N (Pedro Peres e Pedro Meireles), a dupla Ramos/Carvalho obteve um excelente 2º lugar nesse agrupamento, ao que se junta o 5º lugar absoluto no CPR, que mesmo sendo o último, também dá pontos e só espelha uma vez mais a crise instalada ao nível da participação dos pilotos continentais nas provas insulares. A nível absoluto, levaram o Mitsubishi Lancer IX até ao 18º lugar.
Com preocupações exclusivamente direccionadas para a IRC 2WD Cup, Carlos Oliveira e o co-piloto de Famalicão, Jorge Carvalho Jr, obtiveram um excelente resultado, sendo 2ºs classificados nesta competição, ainda que tenham sido os 6ºs no que toca às 2 Rodas Motrizes, contudo como vários pilotos não estavam inscritos na competição internacional, a dupla geriu o seu ritmo para cimentar essa posição. A nível mecânico apenas os furos e, na parte final, os travões do Peugeot 206 GTI deram algumas dores de cabeça, contudo permitiram atingir o final da dura prova açoreana no 19º lugar final.
Cumprida que está metade da temporada do Campeonato de Portugal de Ralis, tempo agora e em definitivo para os ralis de asfalto, com o Rali Vinho Madeira marcado para os dias 5, 6 e 7 de Agosto, tendo novamente a companhia do International Rally Challenge e ainda dos concorrentes do campeonato madeirense.
Classificação Final
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 2h34m00,4s (1º CPR)
2º Kris Meeke/Paul Nagle (Peugeot 207 S2000), a 1m00,1s
3º Juho Hanninen/Mikko Markkula (Skoda Fabia S2000), a 1m20,7s
4º Andreas Mikkelsen/Ola Floene (Ford Fiesta S2000), a 4m45,6s
5º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX), a 5m22,0 (2º CPR e 1º CAR)
6º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000), a 8m58,7s (3º CPR)
7º Pedro Vale/Rui Medeiros (Mitsubishi Lancer VII), a 10m55,3s (2º CAR)
8º Sérgio Silva/Paulo Leal (Subaru Impreza WRX), a 12m54,5s (3º CAR)
9º Ricardo Carmo/Justino Reis (Mitsubishi Lancer IX), a 14m23,6s (4º CAR)
10º Bernardo Sousa/Nuno Rodrigues da Silva (Ford Fiesta S2000), a 15m09,8s (4º CPR)
(...)
18º João Fernando Ramos/Jorge Carvalho (Mitsubishi Lancer IX), a 28m31,8s (5º CPR)
19º Carlos Oliveira/Jorge Carvalho Jr (Peugeot 206 GTI), a 32m37,2s
Fotos: Ralis.Online, excepto a de Carlos Oliveira/Jorge Carvalho, que é da Assesoria de Imprensa.
Tal como se previa, a luta pela vitória foi entre a Skoda e a Peugeot, com tudo a ser decidido nas derradeiras especiais. Um final épico que deu a Bruno Magalhães o primeiro triunfo internacional, num rali com algumas emoções também no que toca ao Campeonato de Portugal de Ralis.
Com várias trocas de líder ao longo de toda a prova, fosse por imposição de ritmos mais fortes, fosse por furos que atrasavam alguns pilotos, a história do rali resume-se praticamente às últimas PEC's. Com Bruno Magalhães na frente, um arreliador problema na caixa de velocidades fê-lo perder essa posição à entrada para as tres especiais finais, motivando ainda uma rápida troca de caixa na Assistência. Este atraso de Magalhães, deixou os Skoda em boa posição de vencer, sendo Juho Hanninen o melhor colocado, contudo na penúltima classificativa o finlandês teve um furo no seu Skoda Fabia S2000 e atrasou-se consideravelmente, ao ponto de Bruno Magalhães o apanhar em pleno troço, depois de Hanninen ter parado para trocar a roda. Essa situação irritou bastante o campeão nacional, pois perdeu algum tempo para Jan Kopecky, também ele em Skoda.
À entrada para a derradeira especial, a mítica Tronqueira e os seus quase 22 kms, a diferença entre Kopecky e Magalhães cifava-se em 6,4 segundos, com o português a recuperar metade até ao ponto intermédio. Talvez por pressão, o piloto da Skoda saiu de estrada nos últimos quilómetros e estendia por completo a "passadeira" para Bruno Magalhães rumar até à vitória, somando assim o primeiro triunfo no IRC esta temporada, ele que foi obrigado a mudar um pneu furado "in extremis" antes do início da última PEC. Foi mesmo um rali em cheio para a Peugeot, pois Kris Meeke foi 2º classificado, mesmo após uma presença discreta, mas beneficiou dos contratempos da Skoda na fase final. Juho Hanninen remediou a prestação da Skoda com o 3º lugar, na frente de Andreas Mikkelsen, em Ford Fiesta S2000, também ele com uma prova atribulada, nomeadamente um acidente contra uma vaca e que originou vários problemas mecânicos no seu carro.
Ricardo Moura jogava em "casa" e foi 5º classificado, um excelente resultado para o piloto do Mitsubishi Lancer IX, que foi o 2º entre os concorrentes do CPR, pois Bruno Magalhães inscreveu-se no campeonato antes da prova, deixando antever mais possíveis participações para além das provas insulares. Ainda assim, excelente colheita de pontos para Moura, que deu passo importante rumo ao título na Produção e ainda no que toca ao Campeonato dos Açores, onde apenas conhece o sabor da vitória.
Com provas um pouco atribuladas estiveram Vítor Pascoal e Bernardo Sousa, dois animadores do Nacional de Ralis. Pascoal sofreu um problema eléctrico no Peugeot 207 S2000 que o atrasou bastante e inclusivé o fez penalizar mais de 3 minutos, hipotecando a luta que vinha travando com Ricardo Moura. Já Bernardo Sousa ainda foi dando ares de sua graça, mas o facto de abrir a estrada na 6ª feira arredou-o de lutar por algo mais do que um lugar nos cinco primeiros e cimentar o 2º lugar na caravana nacional. Mas um toque na fase final do rali, destruiu parte da secção traseira direita do Ford Fiesta S2000 e obrigou a um esforço enorme para levar o carro até final, o que aconteceu no 10º lugar.
Igualmente dentro do Top-10 terminou o melhor famalicense em prova, Justino Reis. Regressado ao lado do piloto açoreano Ricardo Carmo, a dupla buscava um lugar cimeiro no que toca ao campeonato local. E subindo gradualmente de ritmo à medida que a prova ia decorrendo, Carmo e Justino Reis não tiveram grandes contratempos no Mitsubishi Lancer IX e concluiram a prova no 9º posto, que se traduziu no 4º lugar entre os concorrentes que disputam o Campeonato dos Açores de Ralis, logo atrás de Moura, Pedro Vale e Sérgio Silva.
Quanto ao clã Carvalho, terminaram um atrás do outro, com o pai Jorge a ter melhor sorte que o filho Jorge. João Fernando Ramos, com Jorge Carvalho a seu lado, foi impondo o seu ritmo na prova com a única preocupação de chegar ao fim e, com isso, somar mais alguns pontos para o Nacional de Ralis. E se assim delineou, melhor o cumpriu, pois com a desistência da maioria dos concorrentes ao Grupo N (Pedro Peres e Pedro Meireles), a dupla Ramos/Carvalho obteve um excelente 2º lugar nesse agrupamento, ao que se junta o 5º lugar absoluto no CPR, que mesmo sendo o último, também dá pontos e só espelha uma vez mais a crise instalada ao nível da participação dos pilotos continentais nas provas insulares. A nível absoluto, levaram o Mitsubishi Lancer IX até ao 18º lugar.
Com preocupações exclusivamente direccionadas para a IRC 2WD Cup, Carlos Oliveira e o co-piloto de Famalicão, Jorge Carvalho Jr, obtiveram um excelente resultado, sendo 2ºs classificados nesta competição, ainda que tenham sido os 6ºs no que toca às 2 Rodas Motrizes, contudo como vários pilotos não estavam inscritos na competição internacional, a dupla geriu o seu ritmo para cimentar essa posição. A nível mecânico apenas os furos e, na parte final, os travões do Peugeot 206 GTI deram algumas dores de cabeça, contudo permitiram atingir o final da dura prova açoreana no 19º lugar final.
Cumprida que está metade da temporada do Campeonato de Portugal de Ralis, tempo agora e em definitivo para os ralis de asfalto, com o Rali Vinho Madeira marcado para os dias 5, 6 e 7 de Agosto, tendo novamente a companhia do International Rally Challenge e ainda dos concorrentes do campeonato madeirense.
Classificação Final
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 2h34m00,4s (1º CPR)
2º Kris Meeke/Paul Nagle (Peugeot 207 S2000), a 1m00,1s
3º Juho Hanninen/Mikko Markkula (Skoda Fabia S2000), a 1m20,7s
4º Andreas Mikkelsen/Ola Floene (Ford Fiesta S2000), a 4m45,6s
5º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX), a 5m22,0 (2º CPR e 1º CAR)
6º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000), a 8m58,7s (3º CPR)
7º Pedro Vale/Rui Medeiros (Mitsubishi Lancer VII), a 10m55,3s (2º CAR)
8º Sérgio Silva/Paulo Leal (Subaru Impreza WRX), a 12m54,5s (3º CAR)
9º Ricardo Carmo/Justino Reis (Mitsubishi Lancer IX), a 14m23,6s (4º CAR)
10º Bernardo Sousa/Nuno Rodrigues da Silva (Ford Fiesta S2000), a 15m09,8s (4º CPR)
(...)
18º João Fernando Ramos/Jorge Carvalho (Mitsubishi Lancer IX), a 28m31,8s (5º CPR)
19º Carlos Oliveira/Jorge Carvalho Jr (Peugeot 206 GTI), a 32m37,2s
Fotos: Ralis.Online, excepto a de Carlos Oliveira/Jorge Carvalho, que é da Assesoria de Imprensa.
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