Reconhecido como um dos campeonatos que mais animou uma cinzenta temporada de velocidade em 2010, os Clássicos podem estar à beira de uma revolução, que está a deixar alguns pilotos à beira de um ataque de nervos. Tudo porque a nível regulamentar, o Campeonato de Portugal de Clássicos se passará a reger pelo Anexo K ao Código Desportivo Internacional da FIA, ao invés do Anexo J seguído nos últimos 10 anos.
Em concreto, esta medida vem inviabilizar a presença de, praticamente, todos os carros conforme participaram nas últimas edições deste campeonato, passando a ter de seguir mais rigidamente as conformidades da época em que o carro correu. Se os mais puristas seguem pela estratégia da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting até porque se vêm vários carros que de clássico já pouco ou nada têm, pelo lado dos pilotos assíduos no campeonato parece não haver muita adesão a esta idéia, pois o investimento na evolução dos carros ao longo dos anos, teria de ser novamente efectuado para agora fazer um "downgrade".
Há várias visões desta alteração e há que pesar todos os prós e contras desta medida, como refere o responsável de uma equipa que corre actualmente nos Clássicos: "é verdade que alguns pilotos terão que gastar algum dinheiro a reverter alterações, e isso é mau pois o dinheiro não abunda. Por outro lado, qualquer pessoa que hoje faça um carro terá que gastar bem menos, porque não vai ter que correr ao armamento anacrónico para lutar por um lugar. O erro não é a adopção do Anexo K, é sim o facto de ao longo dos anos ter sido permitido desviar-se tanto do que os carros eram. Algum dia se tinha que parar essa tendência, e quanto mais cedo melhor".
Neste momento, Luís Barros é um dos afectados com a medida, ele que foi vice-campeão absoluto com o Ford Escort RS, estando igualmente a preparar um Porsche 930 Turbo com que poderia participar no próximo ano. Também visado estará Luís Gomes, que este ano não teve uma presença assídua com o seu Ford Escort RS, assim como Frederico Ferreira, que está em fase avançada de preparação de outro Ford Escort MK2, tendo em vista a partipação futura neste campeonato. Resta saber o que estes pilotos famalicenses vão agora fazer, não sendo de excluir a presença de Barros e da AMOB Racing no Campeonato de GT.
Haverá, contudo, um escape para esta situação, nomeadamente a Categoria 5 do Troféu Nacional de Clássicos, que permite uma maior liberalização aos clássicos mais evoluídos, ainda assim tendo que se reger pelas Prescrições Técnicas em vigor. No entanto, esta medida será apenas de transição e implementada apenas em 2011.
O Anexo K passará a reger os campeonatos de Clássicos e de Clássicos 1300, não sendo aplicado à Montanha, onde já todas as viaturas seguem pelo regulamento de Grupo 5, nem aos ralis, onde continua a ser seguído o Anexo J, passando também a permitir a presença de carros até 1986 (H86), algo ainda não implementado na Velocidade.
O Anexo K passará a reger os campeonatos de Clássicos e de Clássicos 1300, não sendo aplicado à Montanha, onde já todas as viaturas seguem pelo regulamento de Grupo 5, nem aos ralis, onde continua a ser seguído o Anexo J, passando também a permitir a presença de carros até 1986 (H86), algo ainda não implementado na Velocidade.
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