O título pode parecer estranho e até dar a entender uma prova disputadíssima, em que os concorrentes terminaram empatados. Longe disso, é mais uma das incongruências do Campeonato de Portugal de Ralis e da sua versão 2L/2 RM, que teve uma prova algo cinzenta em Vila Verde. José Pedro Fontes levou o Porsche à vitória absoluta, mas foi Adruzilo Lopes quem somou a pontuação máxima.
Já era de esperar que o rali levado a cabo pelo Clube Automóvel do Minho ficasse aquém dos restantes eventos do Campeonato de Portugal de Ralis, pois dificilmente um rali com 12 participantes teria interesse mediático e sabia-se que a Prova Extra não cria esse efeito. Ainda para mais a divisão do rali por dois dias não foi muito benéfica, pois o público não compareceu em massa nem no Sábado, nem no Domingo, o que é justificável pelo muito calor que se fez sentir.
Também de esperar era a vitória de José Pedro Fontes. De regresso aos comandos do Porsche 911 GT3, Fontes não teve qualquer tipo de dificuldade em impôr-se nas estradas minhotas e mesmo sabendo que apenas pontua para a classe GT, sendo mesmo o único participante, não desmoralizou e imprimiu um andamento muito rápido. Apenas um pequeno problema de embraiagem na Super Especial impediu José Pedro Fontes de fazer o pleno de vitórias em especiais, contudo não tirou brilho ao triunfo categórico do carro alemão.
Impotente para fazer frente a Fontes, Adruzilo Lopes e o seu navegador, o famalicense Vasco Ferreira, preocuparam-se com os concorrentes do CPR2, mas também foi uma preocupação curta. No primeiro dia, Barros Leite não permitiu que a dupla do Renault Clio R3 se distanciasse muito, conquistando uma vantagem de cerca de 20 segundos. Já no Domingo, uma penalização imposta a Adruzilo Lopes fez diminuir a diferença entre ambos, mas rapidamente tudo voltou ao normal e o 2º lugar da geral ia para Lopes e Ferreira, que venceram entre o CPR2, assumindo a liderança do campeonato.
Disposto a acabar com o azar que o perseguia há vários ralis, Barros Leite entrou muito forte e pressionando fortemente Adruzilo Lopes. Incapaz de manter essa pressão constante, o piloto do Seat Leon TDI optou por segurar os pontos preciosos do 2º lugar do CPR2, depois de dois abandonos em outros tantos ralis, neste início de temporada. Um pouco mais atrás de Barros Leite, Paulo Antunes efectuou uma grande prestação no seu regresso ao Citroën C2 R2 Max. Também Antunes começou com uma toada ofensiva, terminando o primeiro dia a somente 0,2 segundos do 3º lugar absoluto. Depois, um problema com uma roda fez com que perdesse o comboio da frente e remeteu-se ao lugar mais baixo do pódio entre o CPR2.
Chegando a Vila Verde como líderes do campeonato, João Ruivo e Alberto Silva não tiveram uma prova fácil. Se no primeiro dia foram os pneus a causar dores de cabeça à dupla famalicense, no segundo dia os travões do Fiat Stilo Multijet não quiseram colaborar eficazmente, deixando-os impotentes para travar a luta pela vitória do CPR2. Ainda assim, João Ruivo não deixou de atacar, conseguíndo suplantar Ivo Nogueira, que terminara o dia de Sábado à sua frente. Num campeonato em que todos os resultados contam, este 4º lugar acaba por ser um mal menor para Ruivo, que continua na luta pelo título, agora que chegamos a meio da temporada.
De regresso ao campeonato, Martinho Ribeiro e o co-piloto de Famalicão, Paulo Marques, terminaram no 8º lugar. Fazendo o que era possível face à concorrência e procurando encontrar o melhor ritmo na primeira prova da época ao volante do Renault Clio R3, a espaços foram surgindo cronos animadores. Sem cometer erros, a dupla soma assim os primeiros pontos da temporada, sendo ainda uma incógnita se continuarão a ser presença no campeonato ou se esta presença foi esporádica, até porque o piloto é oriundo daquela região.
Mais atrás, Ricardo Marques, navegado pelo famalicense Jorge Carvalho, não teve uma prova fácil. Logo na PEC 1, um furo deitou por terra as aspirações no que toca a um lugar cimeiro e, também, no Citroën Trophy. Depois, apenas restava como objectivo o de cumprir a prova à espera de um erro alheio para ir subindo na tabela, mas tal não se verificou, pelo contrário pois a dupla viu ainda o Citroën C2 R2 Max apresentar algumas debilidades ao nível do motor, pelo que o 10º lugar foi o resultado possível nesta prova complicada.
Relativamente à Prova Extra, Renato Pita (Mitsubishi Lancer VI) foi o vencedor, conseguíndo superar Manuel Ferreira, em carro idêntico, somente no início do 2º dia. A encerrar os lugares do pódio ficou Paulo Silva, em BMW 325i. Sérgio Aguiar, famalicense que navegou José Rodrigues, num Honda Civic, terminou a prova minhota após uma aparatoso despiste, ainda na fase inicial do rali.
Classificação Final
1º José Pedro Fontes/António Costa (Porsche 911 GT3) -- 1h05m07,4s *não pontua CPR2
2º Adruzilo Lopes/Vasco Ferreira (Renault Clio R3), a 2m12,3s
3º Francisco Barros Leite/Luís Ramalho (Seat Leon TDI), a 2m47,9s
4º Paulo Antunes/Alberto Oliveira (Citroën C2 R2 Max), a 3m28,6s
5º João Ruivo/Alberto Silva (Fiat Stilo Multijet), a 4m47,2s
6º Ivo Nogueira/Vítor Hugo (Citroën C2 R2 Max), a 5m10,1s
7º Frederico Gomes/Luís Cavaleiro (Citroën C2 R2 Max), a 5m35,7s
8º Martinho Ribeiro/Paulo Marques (Renault Clio R3), a 5m50,7s
9º Armando Oliveira/Alexandre Rodrigues (Citroën C2 R2 Max), a 6m15,7s
10º Ricardo Marques/Jorge Carvalho (Citroën C2 R2 Max), a 8m07,9s
Fotos: Miguel Castro, Ralis.Online e Oficiais
Já era de esperar que o rali levado a cabo pelo Clube Automóvel do Minho ficasse aquém dos restantes eventos do Campeonato de Portugal de Ralis, pois dificilmente um rali com 12 participantes teria interesse mediático e sabia-se que a Prova Extra não cria esse efeito. Ainda para mais a divisão do rali por dois dias não foi muito benéfica, pois o público não compareceu em massa nem no Sábado, nem no Domingo, o que é justificável pelo muito calor que se fez sentir.
Também de esperar era a vitória de José Pedro Fontes. De regresso aos comandos do Porsche 911 GT3, Fontes não teve qualquer tipo de dificuldade em impôr-se nas estradas minhotas e mesmo sabendo que apenas pontua para a classe GT, sendo mesmo o único participante, não desmoralizou e imprimiu um andamento muito rápido. Apenas um pequeno problema de embraiagem na Super Especial impediu José Pedro Fontes de fazer o pleno de vitórias em especiais, contudo não tirou brilho ao triunfo categórico do carro alemão.
Impotente para fazer frente a Fontes, Adruzilo Lopes e o seu navegador, o famalicense Vasco Ferreira, preocuparam-se com os concorrentes do CPR2, mas também foi uma preocupação curta. No primeiro dia, Barros Leite não permitiu que a dupla do Renault Clio R3 se distanciasse muito, conquistando uma vantagem de cerca de 20 segundos. Já no Domingo, uma penalização imposta a Adruzilo Lopes fez diminuir a diferença entre ambos, mas rapidamente tudo voltou ao normal e o 2º lugar da geral ia para Lopes e Ferreira, que venceram entre o CPR2, assumindo a liderança do campeonato.
Disposto a acabar com o azar que o perseguia há vários ralis, Barros Leite entrou muito forte e pressionando fortemente Adruzilo Lopes. Incapaz de manter essa pressão constante, o piloto do Seat Leon TDI optou por segurar os pontos preciosos do 2º lugar do CPR2, depois de dois abandonos em outros tantos ralis, neste início de temporada. Um pouco mais atrás de Barros Leite, Paulo Antunes efectuou uma grande prestação no seu regresso ao Citroën C2 R2 Max. Também Antunes começou com uma toada ofensiva, terminando o primeiro dia a somente 0,2 segundos do 3º lugar absoluto. Depois, um problema com uma roda fez com que perdesse o comboio da frente e remeteu-se ao lugar mais baixo do pódio entre o CPR2.
Chegando a Vila Verde como líderes do campeonato, João Ruivo e Alberto Silva não tiveram uma prova fácil. Se no primeiro dia foram os pneus a causar dores de cabeça à dupla famalicense, no segundo dia os travões do Fiat Stilo Multijet não quiseram colaborar eficazmente, deixando-os impotentes para travar a luta pela vitória do CPR2. Ainda assim, João Ruivo não deixou de atacar, conseguíndo suplantar Ivo Nogueira, que terminara o dia de Sábado à sua frente. Num campeonato em que todos os resultados contam, este 4º lugar acaba por ser um mal menor para Ruivo, que continua na luta pelo título, agora que chegamos a meio da temporada.
De regresso ao campeonato, Martinho Ribeiro e o co-piloto de Famalicão, Paulo Marques, terminaram no 8º lugar. Fazendo o que era possível face à concorrência e procurando encontrar o melhor ritmo na primeira prova da época ao volante do Renault Clio R3, a espaços foram surgindo cronos animadores. Sem cometer erros, a dupla soma assim os primeiros pontos da temporada, sendo ainda uma incógnita se continuarão a ser presença no campeonato ou se esta presença foi esporádica, até porque o piloto é oriundo daquela região.
Mais atrás, Ricardo Marques, navegado pelo famalicense Jorge Carvalho, não teve uma prova fácil. Logo na PEC 1, um furo deitou por terra as aspirações no que toca a um lugar cimeiro e, também, no Citroën Trophy. Depois, apenas restava como objectivo o de cumprir a prova à espera de um erro alheio para ir subindo na tabela, mas tal não se verificou, pelo contrário pois a dupla viu ainda o Citroën C2 R2 Max apresentar algumas debilidades ao nível do motor, pelo que o 10º lugar foi o resultado possível nesta prova complicada.
Relativamente à Prova Extra, Renato Pita (Mitsubishi Lancer VI) foi o vencedor, conseguíndo superar Manuel Ferreira, em carro idêntico, somente no início do 2º dia. A encerrar os lugares do pódio ficou Paulo Silva, em BMW 325i. Sérgio Aguiar, famalicense que navegou José Rodrigues, num Honda Civic, terminou a prova minhota após uma aparatoso despiste, ainda na fase inicial do rali.
Classificação Final
1º José Pedro Fontes/António Costa (Porsche 911 GT3) -- 1h05m07,4s *não pontua CPR2
2º Adruzilo Lopes/Vasco Ferreira (Renault Clio R3), a 2m12,3s
3º Francisco Barros Leite/Luís Ramalho (Seat Leon TDI), a 2m47,9s
4º Paulo Antunes/Alberto Oliveira (Citroën C2 R2 Max), a 3m28,6s
5º João Ruivo/Alberto Silva (Fiat Stilo Multijet), a 4m47,2s
6º Ivo Nogueira/Vítor Hugo (Citroën C2 R2 Max), a 5m10,1s
7º Frederico Gomes/Luís Cavaleiro (Citroën C2 R2 Max), a 5m35,7s
8º Martinho Ribeiro/Paulo Marques (Renault Clio R3), a 5m50,7s
9º Armando Oliveira/Alexandre Rodrigues (Citroën C2 R2 Max), a 6m15,7s
10º Ricardo Marques/Jorge Carvalho (Citroën C2 R2 Max), a 8m07,9s
Fotos: Miguel Castro, Ralis.Online e Oficiais
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