Foram 4 dias de muita emoção, grandes lutas, com a mistura dos melhores pilotos lusos com os especialistas mundiais nas mais diversas categorias. O Rali de Portugal viu um novo vencedor em provas do Mundial de Ralis, o francês Sebastien Ogier, que suplantou ao compatriota e homónimo Loeb. Quanto às cores lusas, Armindo Araújo foi o mais veloz, perante uma presença famalicense bastante cinzenta.
Sintetizando o que se passou na frente, não se pode dizer que a vitória de Ogier tenha sido uma grande surpresa. O jovem francês cedo impôs um ritmo forte e mesmo abrindo a estrada na 2ª etapa, conseguiu segurar atrás de si Sebastien Loeb. Sem ordens da equipa Citroën, Loeb não forçou muito o andamento na derradeira etapa e mesmo somando vitórias nas classificativas, "permitiu" a vitória de Sebastien Ogier, a sua primeira no Campeonato do Mundo de Ralis.
Nova exibição pálida da Ford, com Jari Matti Latvala a coleccionar mais um despiste nas estradas algarvias, enquanto Mikko Hirvonen esteve incapaz de se chegar mais à frente e discutir o triunfo. O finlandês e vice-campeão do Mundo ainda se aproximou de Dani Sordo, só que não conseguiu suplantar o piloto espanhol e só mesmo um toque de Petter Solberg na Super Especial final fez Hirvonen chegar ao 4º lugar, atrás de Sordo.
Na categoria SWRC, o triunfo foi para Jari Ketomaa, em Ford Fiesta S2000, enquanto no JWRC, o holandês Kevin Abbring foi o mais rápido, ao volante de um Renault Clio R3.
Entre os concorrentes lusos, Armindo Araújo fez um rali a seu belo prazer, sem qualquer preocupação a nível de resultados. O campeão do Mundo do PWRC deu espectáculo e forçou apenas o andamento até ver o adversário pela vitória no Grupo N fora de estrada. Araújo repete assim o feito do ano transacto, em que também foi o melhor português em prova, terminando a prova raínha dos ralis nacionais na 14ª posição.
Pouco interessante foi entre os concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis, pois eram poucos e porque Bernardo Sousa preferiu centrar as suas atenções nesta competição, em vez de apostar no SWRC, onde foi 4º, mesmo sem atacar muito. O piloto do Ford Fiesta S2000 não teve o desejo de pressionar Armindo Araújo pela posição de melhor português e viu os concorrentes ao campeonato sempre bem lá atrás. Bernardo Sousa soma assim a pontuação máxima e dá um pulo rumo à conquista do ceptro final.
Autor de uma excelente prova e gerindo o andamento como melhor lhe convinha, Pedro Peres foi o 2º mais rápido, conseguíndo por fim demonstrar no principal campeonato as prestações que trazia do Open de Ralis. O piloto do Mitsubishi Lancer IX sobreviveu aos problemas que uma prova desta envergadura normalmente traz e garantiu ainda o 2º lugar entre os concorrentes do Agrupamento de Produção. A encerrar o pódio do Nacional, ficou Vítor Sá (Peugeot 207 S2000), numa das melhores prestações do piloto madeirense fora da ilha.
Abaixo uns furos esteve Vítor Pascoal, que não foi além do 4º lugar no CPR e ainda do 7º no SWRC, competição para a qual recebeu um wildcard. No início segurou a posição atrás de Bernardo Sousa, ainda que a uma distância considerável, mas depois o Peugeot 207 S2000 deu alguns problemas a nível de motor, levando Pascoal a cair na tabela. Pedro Meireles foi o 5º do CPR, e apesar do abandono na 1ª etapa, a incursão no Super Rally permitiu ao vimaranense somar mais alguns pontos numa época que começa a correr de feição.
Entre os concorrentes de Famalicão que chegaram ao final, a particularidade de todos eles serem navegadores, a melhor prestação foi de Jorge Carvalho Jr. Ao lado de Carlos Oliveira, terminou na 37ª posição, num rali em que estreavam o Renault Clio R3 nos pisos de terra, onde mostraram rápida adaptação e chegaram ao final de todas as etapas, apesar de não pontuarem para o Campeonato de Portgual de Ralis. Os maiores problemas foram o pó sentido por partirem com um número alto e os pisos demolidores, pois a nível mecânico nada há a salientar.
Uns lugares abaixo terminou Duarte Costa, co-piloto de Filipe Traila, no 39º lugar. Depois do teste no Rali de Famalicão, a prova desta dupla minhota correu como o esperado, sem precalços no Mitsubishi Lancer VIII e concluindo todas as etapas, ainda que a alguma distância para os adversários lusos no Agrupamento de Produção. Mesmo não estando inscritos no CPR, Traila e Costa terminaram no Top-10 entre os concorrentes portugueses.
Fazendo mais uma prova ao volante do Mitsubishi Lancer IX, João Fernando Ramos contou com a experiência do famalicense Jorge Carvalho para levar avante as odisseias algarvias. Ainda sem grande rodagem na viatura, a dupla moderou muito o andamento e não correu riscos demasiados, o que se traduziu no 44º lugar da tabela geral.
Menos feliz tive José Pedro Miranda, famalicense que tripulou um Mitsubishi Lancer VIII, mas que abandonou definitivamente ainda no decorrer da etapa inaugural, fruto de problemas mecânicos, que o atormentaram nos poucos troços que fez, como os tempos podem comprovar. Ainda com mais azar, José Janela terminou mais um Rally de Portugal na sua carreira na cama do hospital. Ao lado do jovem madeirense e campeão Júnior local, João Silva, viu um aparatoso acidente numa ligação, já na última etapa, levar ao abandono. A dupla do Renault Clio R3, na estreia do piloto neste tipo de pisos, apresentou um bom e consistente andamento, onde não será alheia a ajuda e experiência do famalicense.
Uma nota final para o muito público presente, com destaque para o grande número de espanhóis e para as condições climatéricas excelente que deram outro brilho a mais uma edição do Rally de Portugal.
Classificação Final
1º Sebastien Ogier/Julien Ingrassia (Citroën C4 WRC) -- 3h51m16,1s
2º Sebastien Loeb/Daniel Elena (Citroën C4 WRC), a 7,9s
3º Dani Sordo/Marc Martí (Citroën C4 WRC), a 1m17,6s
4º Mikko Hirvonen/Jarmo Lehtinen (Ford Focus WRC), a 1m32,0s
5º Petter Solberg/Phil Mills (Citroën C4 WRC), a 1m35,7s
(...)
11º Jari Ketomaa/Mika Stenberg (Ford Fiesta S2000), a 16m20,0s (1º SWRC)
(...)
14º Armindo Araújo/Miguel Ramalho (Mitsubishi Lancer X), a 22m40,7s (1º Português)
15º Bernardo Sousa/Nuno R. Silva (Ford Fiesta S2000), a 25m41,3s (1º CPR)
(...)
18º Pedo Peres/Tiago Ferreira (Mitsubishi Lancer IX), a 34m02,3s (2º CPR)
(...)
21º Kevin Abbring/Erwin Mombaerts (Renault Clio R3), a 36m18,3s (1º JWRC)
22º Vítor Sá/José Pedro Silva (Peugeot 207 S2000), a 36m20,3s (3º CPR)
(...)
24º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000), a 37m39,3s (4º CPR)
(...)
34º Pedro Meireles/Jorge Henriques (Subaru Impreza), a 51m20,6 (5º CPR)
(...)
36º Ricardo Moura/António Costa (Mitsubishi Lancer IX), a 57m41,6s (6º CPR)
37º Carlos Oliveira/Jorge Carvalho (Renault Clio R3), a 57m46,4s
38º Armindo Neves/Filipe Serra (Mitsubishi Lancer VII), a 58m13,0s (7º CPR)
39º João Traila/Duarte Costa (Mitsubishi Lancer VIII), a 1h00m10,9s
(...)
44º João Fernando Ramos/Jorge Carvalho (Mitsubishi Lancer IX), a 1h15m14,9s (8º CPR)
NC - José Pedro Miranda/Filipe Paiva (Mitsubishi Lancer VIII) -- Problemas mecânicos na PEC 5
NC - João Silva/José Janela (Renault Clio R3) -- Acidente na ligação para PEC 17
Fotos: Ralis.Online
Sintetizando o que se passou na frente, não se pode dizer que a vitória de Ogier tenha sido uma grande surpresa. O jovem francês cedo impôs um ritmo forte e mesmo abrindo a estrada na 2ª etapa, conseguiu segurar atrás de si Sebastien Loeb. Sem ordens da equipa Citroën, Loeb não forçou muito o andamento na derradeira etapa e mesmo somando vitórias nas classificativas, "permitiu" a vitória de Sebastien Ogier, a sua primeira no Campeonato do Mundo de Ralis.
Nova exibição pálida da Ford, com Jari Matti Latvala a coleccionar mais um despiste nas estradas algarvias, enquanto Mikko Hirvonen esteve incapaz de se chegar mais à frente e discutir o triunfo. O finlandês e vice-campeão do Mundo ainda se aproximou de Dani Sordo, só que não conseguiu suplantar o piloto espanhol e só mesmo um toque de Petter Solberg na Super Especial final fez Hirvonen chegar ao 4º lugar, atrás de Sordo.
Na categoria SWRC, o triunfo foi para Jari Ketomaa, em Ford Fiesta S2000, enquanto no JWRC, o holandês Kevin Abbring foi o mais rápido, ao volante de um Renault Clio R3.
Entre os concorrentes lusos, Armindo Araújo fez um rali a seu belo prazer, sem qualquer preocupação a nível de resultados. O campeão do Mundo do PWRC deu espectáculo e forçou apenas o andamento até ver o adversário pela vitória no Grupo N fora de estrada. Araújo repete assim o feito do ano transacto, em que também foi o melhor português em prova, terminando a prova raínha dos ralis nacionais na 14ª posição.
Pouco interessante foi entre os concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis, pois eram poucos e porque Bernardo Sousa preferiu centrar as suas atenções nesta competição, em vez de apostar no SWRC, onde foi 4º, mesmo sem atacar muito. O piloto do Ford Fiesta S2000 não teve o desejo de pressionar Armindo Araújo pela posição de melhor português e viu os concorrentes ao campeonato sempre bem lá atrás. Bernardo Sousa soma assim a pontuação máxima e dá um pulo rumo à conquista do ceptro final.
Autor de uma excelente prova e gerindo o andamento como melhor lhe convinha, Pedro Peres foi o 2º mais rápido, conseguíndo por fim demonstrar no principal campeonato as prestações que trazia do Open de Ralis. O piloto do Mitsubishi Lancer IX sobreviveu aos problemas que uma prova desta envergadura normalmente traz e garantiu ainda o 2º lugar entre os concorrentes do Agrupamento de Produção. A encerrar o pódio do Nacional, ficou Vítor Sá (Peugeot 207 S2000), numa das melhores prestações do piloto madeirense fora da ilha.
Abaixo uns furos esteve Vítor Pascoal, que não foi além do 4º lugar no CPR e ainda do 7º no SWRC, competição para a qual recebeu um wildcard. No início segurou a posição atrás de Bernardo Sousa, ainda que a uma distância considerável, mas depois o Peugeot 207 S2000 deu alguns problemas a nível de motor, levando Pascoal a cair na tabela. Pedro Meireles foi o 5º do CPR, e apesar do abandono na 1ª etapa, a incursão no Super Rally permitiu ao vimaranense somar mais alguns pontos numa época que começa a correr de feição.
Entre os concorrentes de Famalicão que chegaram ao final, a particularidade de todos eles serem navegadores, a melhor prestação foi de Jorge Carvalho Jr. Ao lado de Carlos Oliveira, terminou na 37ª posição, num rali em que estreavam o Renault Clio R3 nos pisos de terra, onde mostraram rápida adaptação e chegaram ao final de todas as etapas, apesar de não pontuarem para o Campeonato de Portgual de Ralis. Os maiores problemas foram o pó sentido por partirem com um número alto e os pisos demolidores, pois a nível mecânico nada há a salientar.
Uns lugares abaixo terminou Duarte Costa, co-piloto de Filipe Traila, no 39º lugar. Depois do teste no Rali de Famalicão, a prova desta dupla minhota correu como o esperado, sem precalços no Mitsubishi Lancer VIII e concluindo todas as etapas, ainda que a alguma distância para os adversários lusos no Agrupamento de Produção. Mesmo não estando inscritos no CPR, Traila e Costa terminaram no Top-10 entre os concorrentes portugueses.
Fazendo mais uma prova ao volante do Mitsubishi Lancer IX, João Fernando Ramos contou com a experiência do famalicense Jorge Carvalho para levar avante as odisseias algarvias. Ainda sem grande rodagem na viatura, a dupla moderou muito o andamento e não correu riscos demasiados, o que se traduziu no 44º lugar da tabela geral.
Menos feliz tive José Pedro Miranda, famalicense que tripulou um Mitsubishi Lancer VIII, mas que abandonou definitivamente ainda no decorrer da etapa inaugural, fruto de problemas mecânicos, que o atormentaram nos poucos troços que fez, como os tempos podem comprovar. Ainda com mais azar, José Janela terminou mais um Rally de Portugal na sua carreira na cama do hospital. Ao lado do jovem madeirense e campeão Júnior local, João Silva, viu um aparatoso acidente numa ligação, já na última etapa, levar ao abandono. A dupla do Renault Clio R3, na estreia do piloto neste tipo de pisos, apresentou um bom e consistente andamento, onde não será alheia a ajuda e experiência do famalicense.
Uma nota final para o muito público presente, com destaque para o grande número de espanhóis e para as condições climatéricas excelente que deram outro brilho a mais uma edição do Rally de Portugal.
Classificação Final
1º Sebastien Ogier/Julien Ingrassia (Citroën C4 WRC) -- 3h51m16,1s
2º Sebastien Loeb/Daniel Elena (Citroën C4 WRC), a 7,9s
3º Dani Sordo/Marc Martí (Citroën C4 WRC), a 1m17,6s
4º Mikko Hirvonen/Jarmo Lehtinen (Ford Focus WRC), a 1m32,0s
5º Petter Solberg/Phil Mills (Citroën C4 WRC), a 1m35,7s
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11º Jari Ketomaa/Mika Stenberg (Ford Fiesta S2000), a 16m20,0s (1º SWRC)
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14º Armindo Araújo/Miguel Ramalho (Mitsubishi Lancer X), a 22m40,7s (1º Português)
15º Bernardo Sousa/Nuno R. Silva (Ford Fiesta S2000), a 25m41,3s (1º CPR)
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18º Pedo Peres/Tiago Ferreira (Mitsubishi Lancer IX), a 34m02,3s (2º CPR)
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21º Kevin Abbring/Erwin Mombaerts (Renault Clio R3), a 36m18,3s (1º JWRC)
22º Vítor Sá/José Pedro Silva (Peugeot 207 S2000), a 36m20,3s (3º CPR)
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24º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000), a 37m39,3s (4º CPR)
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34º Pedro Meireles/Jorge Henriques (Subaru Impreza), a 51m20,6 (5º CPR)
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36º Ricardo Moura/António Costa (Mitsubishi Lancer IX), a 57m41,6s (6º CPR)
37º Carlos Oliveira/Jorge Carvalho (Renault Clio R3), a 57m46,4s
38º Armindo Neves/Filipe Serra (Mitsubishi Lancer VII), a 58m13,0s (7º CPR)
39º João Traila/Duarte Costa (Mitsubishi Lancer VIII), a 1h00m10,9s
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44º João Fernando Ramos/Jorge Carvalho (Mitsubishi Lancer IX), a 1h15m14,9s (8º CPR)
NC - José Pedro Miranda/Filipe Paiva (Mitsubishi Lancer VIII) -- Problemas mecânicos na PEC 5
NC - João Silva/José Janela (Renault Clio R3) -- Acidente na ligação para PEC 17
Fotos: Ralis.Online
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