Foi um início de campeonato bastante desolador, num Rali Torrié com pouco interesse desportivo e uma razia completa de concorrentes. Valeu pelo público presente, em especial no Sábado, pelas boas condições climatéricas e pelo recital de condução proporcionado uma vez mais por Bruno Magalhães, que uma vez mais foi o grande vencedor e com uma dupla famalicense a brilhar.
Com um figurino novo, tendo agora 2 etapas, mas mantendo a quilometragem, o Rali Torrié foi um espelho que o sector automóvel é fortemente afectado pela crise económica, com 25 carros a partirem e com mais de metade deste plantel a ficar pelo caminho, não sendo alheia a isto a dureza dos pisos da Serra da Cabreira.
Bruno Magalhães foi o grande vencedor, num rali que dominou de início a fim. O piloto do Peugeot 207 S2000 entrou para o 2º dia já com enorme vantagem, que lhe perimtia adoptar um ritmo diferente e testar algumas soluções, mas que ainda assim era quase impossível retirá-lo do 1º lugar nas especiais.
Apenas Vítor Pascoal "ousou" tal façanha, por 3 vezes, sendo que 2 delas foram na SE de Vieira do Minho. Voltando a utilizar o Peugeot 207 S2000, Pascoal também teve uma prova algo descansada, pois apenas na 1ª etapa teve que ter alguns cuidados com a caravana do Grupo N. Sabendo desde logo que chegar à vitória era tarefa complicadísisma, o piloto de Amarante chegou ao final no 2º posto, um bom resultado ao final de contas.
Na 3ª posição surgem Pedro Rodrigues/Daniel Araújo, no Subaru Impreza WRX. A dupla famalicense mostrou um excelente andamento, até porque o piloto esteve parado algum tempo na temporada passada. No final do 1º dia, eram 6ºs, enquanto na 2ª etapa aproveitaram a hecatombe dos seus adversários para ir subindo na classificação, ainda que todo o mérito tenha que lhe ser dado, pois também faz parte dos ralis estar no local certo, à hora certa, assim como o andamento imposto foi bastante eficaz, estando na frente dos adversários com carros iguais durante toda a prova. Contudo, Pedro Rodrigues não se livrou de um valente susto, a cerca de 400m do final do rali, pois o motor do Subaru calou-se durante algum tempo, mas incapaz de retirar a dupla da 3ª posição, vencendo ainda o Grupo N. Já na primeira passagem por esta super especial de Vieira do Minho, o famalicense protagonizou um belo momento, como a sua foto documenta. "Não esperava este 3º lugar da geral, o 3º a que ambicionávamos era o do Grupo N. Vencer o grupo e ficar no pódio é excelente. Foi uma prova que correu bem onde ainda tive um período de adaptação ao novo navegador. No final ficamos sem pressão na bomba de gasolina na super-especial, foi um valente susto e ainda estamos a apurar o que se passou", referiu Pedro Rodrigues, no final. Para a história fica o regresso de um piloto de Famalicão ao pódio no Nacional de Ralis, algo já não visto desde o Rali Casinos do Algarve 2006, com Miguel Campos. Quanto a duplas totalmente famalicenses no pódio, não nos ocorre nenhum registo, portanto fica o repto, se alguém tiver conhecimento...
Fernando Peres não foi além do 4º lugar, após um problema de turbo no 2º dia. No fundo, esta foi quase sempre a posição do piloto do Mitsubishi Lancer IX, pois se no Sábado andou em inúmeras trocas de posição com Adruzilo Lopes e com Ricardo Moura, no Domingo foi o tal impedimento mecânico que o fez cair para 6º. Partindo para as especiais restantes verdadeiramente ao ataque, foram apenas 10 os segundos que o separaram do pódio.
No 5º lugar aparece o vencedor das 2 rodas motrizes, Paulo Antunes, numa actuação verdadeiramente fantástica ao volante do Citroën C2 R2 Max, que viu esta posição e respectiva vitória cair-lhe nos braços na penúltima classificativa, após o abandono de Pedro Leal, a braços com problemas de travões e caixa no Fiat Stilo Multijet.
Relativamente às prestações dos pilotos famalicenses em prova, há que destacar o bom nível demonstrado por Vasco Ferreira, navegador de Carlos Matos, que alcançou o 7º posto, 3º entre as 2 rodas motrizes. Alguns pequenos erros no primeiro dia, fizeram com que a dupla do Renault Clio S1600 encarasse a 2ª etapa com outros objectivos, depois de terem chegado a liderar o CPR 2. No fundo, e com este campeonato como objectivo, o resultado final não pode ser visto com negativo, embora terá certamente ficado com um sentimento de que poderiam ter chegado um pouco mais à frente.
Os restantes famalicenses não conseguiram terminar a prova, por um ou outro precalço. José Janela, uma vez mais co-piloto de Adruzilo Lopes, encarava esta prova com bastante optimismo, até por ser a estreia do novo Subaru Impreza N15 e os resultados até ao abandono demonstraram isso mesmo. Se na 1ª etapa, ainda pressionaram o 2º lugar absoluto, as especiais do 2º dia não eram tão favoráveis ao seu carro e centraram-se na vitória no Grupo N. Aliás, a vitória estava praticamente garantida após os problemas de Fernando Peres, mas uma saída de estrada hipotecou-a, sendo que o carro apenas ficou preso, pois não teve qualquer dano. Um final inglório, mas deixaram antever que serão os principais candidatos às vitórias neste agrupamento.
Também infelizes estiveram Jorge Carvalho, experiente navegador de João Fernando Ramos, que abandonou logo no início da prova, após problemas mecânicos no Renault Clio, assim como Paulo Marques, navegador de Martinho Ribeiro, também por avaria no Citroën C2, após várias dores de cabeça ao longo de toda a 1ª etapa. O regresso ao Nacional não foi feliz para José Pedro Miranda, abandonando na 5ª especial, quando seguia no 13º lugar, também por avaria no Mitsubishi Lancer VI.
Ricardo Moura, Barros Leite, Pedro Leal, Barroso Pereira e Pedro Meireles viram o seu nome figurar também na lista de abandonos. No final, apenas 12 concorrentes passaram na linha de meta, um número um pouco vergonhoso para o principal campeonato de ralis, deixando transparecer que o futuro poderá não ser risonho e portanto caberá a quem de direito tomar urgentes medidas para contornar e ultrapassar a tão badalada e anunciada crise nos ralis. O Rali Torrié também foi um espelho daquilo que poderá ser a conclusão deste campeonato, com um piloto inalcançável e diferenças enormes para o resto dos adversários.
Classificação Final
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 1h34m26,1s
2º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000) - a 1m33,9s
3º Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX) - a 6m01,9s
4º Fernando Peres/José P. Silva (Mitsubishi Lancer IX) - a 6m12,5s
5º Paulo Antunes/Hugo Magalhães (Citroën C2 R2 Max) - a 8m54,3s
6º Manuel Inácio/Aloísio Monteiro (Renault Clio R3) - a 9m05,0s
7º Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600) - a 10m13,3s
8º Ricardo Marques/Hugo Rodrigues (Subaru Impreza WRX) - a 13m16,8s
9º Frederico Gomes/Paulo Amorim (Citroën C2 R2 Max) - a 13m19,5s
10º Armando Oliveira/Joaquim Duarte (Citroën C2) - a 16m09,1s
Agora é tempo de olhar para o Rali de Portugal, que tem lugar no Algarve, entre 2 e 5 de Abril.
Foto B. Magalhães: João Lavadinho
Foto P. Rodrigues: Humberto Silva
Fotos restantes: Bruno Fernandes (Ralis.Online)
Com um figurino novo, tendo agora 2 etapas, mas mantendo a quilometragem, o Rali Torrié foi um espelho que o sector automóvel é fortemente afectado pela crise económica, com 25 carros a partirem e com mais de metade deste plantel a ficar pelo caminho, não sendo alheia a isto a dureza dos pisos da Serra da Cabreira.
Bruno Magalhães foi o grande vencedor, num rali que dominou de início a fim. O piloto do Peugeot 207 S2000 entrou para o 2º dia já com enorme vantagem, que lhe perimtia adoptar um ritmo diferente e testar algumas soluções, mas que ainda assim era quase impossível retirá-lo do 1º lugar nas especiais.
Apenas Vítor Pascoal "ousou" tal façanha, por 3 vezes, sendo que 2 delas foram na SE de Vieira do Minho. Voltando a utilizar o Peugeot 207 S2000, Pascoal também teve uma prova algo descansada, pois apenas na 1ª etapa teve que ter alguns cuidados com a caravana do Grupo N. Sabendo desde logo que chegar à vitória era tarefa complicadísisma, o piloto de Amarante chegou ao final no 2º posto, um bom resultado ao final de contas.
Na 3ª posição surgem Pedro Rodrigues/Daniel Araújo, no Subaru Impreza WRX. A dupla famalicense mostrou um excelente andamento, até porque o piloto esteve parado algum tempo na temporada passada. No final do 1º dia, eram 6ºs, enquanto na 2ª etapa aproveitaram a hecatombe dos seus adversários para ir subindo na classificação, ainda que todo o mérito tenha que lhe ser dado, pois também faz parte dos ralis estar no local certo, à hora certa, assim como o andamento imposto foi bastante eficaz, estando na frente dos adversários com carros iguais durante toda a prova. Contudo, Pedro Rodrigues não se livrou de um valente susto, a cerca de 400m do final do rali, pois o motor do Subaru calou-se durante algum tempo, mas incapaz de retirar a dupla da 3ª posição, vencendo ainda o Grupo N. Já na primeira passagem por esta super especial de Vieira do Minho, o famalicense protagonizou um belo momento, como a sua foto documenta. "Não esperava este 3º lugar da geral, o 3º a que ambicionávamos era o do Grupo N. Vencer o grupo e ficar no pódio é excelente. Foi uma prova que correu bem onde ainda tive um período de adaptação ao novo navegador. No final ficamos sem pressão na bomba de gasolina na super-especial, foi um valente susto e ainda estamos a apurar o que se passou", referiu Pedro Rodrigues, no final. Para a história fica o regresso de um piloto de Famalicão ao pódio no Nacional de Ralis, algo já não visto desde o Rali Casinos do Algarve 2006, com Miguel Campos. Quanto a duplas totalmente famalicenses no pódio, não nos ocorre nenhum registo, portanto fica o repto, se alguém tiver conhecimento...
Fernando Peres não foi além do 4º lugar, após um problema de turbo no 2º dia. No fundo, esta foi quase sempre a posição do piloto do Mitsubishi Lancer IX, pois se no Sábado andou em inúmeras trocas de posição com Adruzilo Lopes e com Ricardo Moura, no Domingo foi o tal impedimento mecânico que o fez cair para 6º. Partindo para as especiais restantes verdadeiramente ao ataque, foram apenas 10 os segundos que o separaram do pódio.
No 5º lugar aparece o vencedor das 2 rodas motrizes, Paulo Antunes, numa actuação verdadeiramente fantástica ao volante do Citroën C2 R2 Max, que viu esta posição e respectiva vitória cair-lhe nos braços na penúltima classificativa, após o abandono de Pedro Leal, a braços com problemas de travões e caixa no Fiat Stilo Multijet.
Relativamente às prestações dos pilotos famalicenses em prova, há que destacar o bom nível demonstrado por Vasco Ferreira, navegador de Carlos Matos, que alcançou o 7º posto, 3º entre as 2 rodas motrizes. Alguns pequenos erros no primeiro dia, fizeram com que a dupla do Renault Clio S1600 encarasse a 2ª etapa com outros objectivos, depois de terem chegado a liderar o CPR 2. No fundo, e com este campeonato como objectivo, o resultado final não pode ser visto com negativo, embora terá certamente ficado com um sentimento de que poderiam ter chegado um pouco mais à frente.
Os restantes famalicenses não conseguiram terminar a prova, por um ou outro precalço. José Janela, uma vez mais co-piloto de Adruzilo Lopes, encarava esta prova com bastante optimismo, até por ser a estreia do novo Subaru Impreza N15 e os resultados até ao abandono demonstraram isso mesmo. Se na 1ª etapa, ainda pressionaram o 2º lugar absoluto, as especiais do 2º dia não eram tão favoráveis ao seu carro e centraram-se na vitória no Grupo N. Aliás, a vitória estava praticamente garantida após os problemas de Fernando Peres, mas uma saída de estrada hipotecou-a, sendo que o carro apenas ficou preso, pois não teve qualquer dano. Um final inglório, mas deixaram antever que serão os principais candidatos às vitórias neste agrupamento.
Também infelizes estiveram Jorge Carvalho, experiente navegador de João Fernando Ramos, que abandonou logo no início da prova, após problemas mecânicos no Renault Clio, assim como Paulo Marques, navegador de Martinho Ribeiro, também por avaria no Citroën C2, após várias dores de cabeça ao longo de toda a 1ª etapa. O regresso ao Nacional não foi feliz para José Pedro Miranda, abandonando na 5ª especial, quando seguia no 13º lugar, também por avaria no Mitsubishi Lancer VI.
Ricardo Moura, Barros Leite, Pedro Leal, Barroso Pereira e Pedro Meireles viram o seu nome figurar também na lista de abandonos. No final, apenas 12 concorrentes passaram na linha de meta, um número um pouco vergonhoso para o principal campeonato de ralis, deixando transparecer que o futuro poderá não ser risonho e portanto caberá a quem de direito tomar urgentes medidas para contornar e ultrapassar a tão badalada e anunciada crise nos ralis. O Rali Torrié também foi um espelho daquilo que poderá ser a conclusão deste campeonato, com um piloto inalcançável e diferenças enormes para o resto dos adversários.
Classificação Final
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 1h34m26,1s
2º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000) - a 1m33,9s
3º Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX) - a 6m01,9s
4º Fernando Peres/José P. Silva (Mitsubishi Lancer IX) - a 6m12,5s
5º Paulo Antunes/Hugo Magalhães (Citroën C2 R2 Max) - a 8m54,3s
6º Manuel Inácio/Aloísio Monteiro (Renault Clio R3) - a 9m05,0s
7º Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600) - a 10m13,3s
8º Ricardo Marques/Hugo Rodrigues (Subaru Impreza WRX) - a 13m16,8s
9º Frederico Gomes/Paulo Amorim (Citroën C2 R2 Max) - a 13m19,5s
10º Armando Oliveira/Joaquim Duarte (Citroën C2) - a 16m09,1s
Agora é tempo de olhar para o Rali de Portugal, que tem lugar no Algarve, entre 2 e 5 de Abril.
Foto B. Magalhães: João Lavadinho
Foto P. Rodrigues: Humberto Silva
Fotos restantes: Bruno Fernandes (Ralis.Online)
1 comentário:
parabens Pedro .
talves séja a altura para as pessoas das lides automobilisticas de famalicão deixarem de andar a dizer mal umas das outras, e verem como com pouco dinheiro se pode fazer um rally do nacional .
Nos em famalicão temos todas as condições para isso.
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