05 maio 2011

Brilhante vitória de Vítor Lopes! Silva e Janela dominaram CPR 2

Foi sob condições climatéricas adversas que Vítor Lopes e Hugo Magalhães se tornaram nos mais recentes vencedores de ralis no Campeonato de Portugal de Ralis. O piloto do Subaru Impreza não deu hipótese à concorrência e venceu categoricamente o Rali Serras de Fafe, instalando-se no comando das operações desde início e brindando o público presente com um verdadeiro recital de condução.

Dividido por dois dias, o Rali Serras de Fafe voltou a provar que essa não será a fórmula ideal para os ralis nacionais. O público não se desloca por duas vezes para ver os pilotos e as máquinas que compõem o actual Campeonato de Portugal de Ralis, onde nem a Taça de Portugal parece ter vindo ajudar, pois se por um lado engrossa as listas de inscritos, também parece aumentar o rol dos abandonos.

Em termos desportivos, o dia de Sábado quase que foi definitivo para o desfecho do rali, pelo menos, no que à vitória diz respeito. Vítor Lopes entrou ao ataque e cavou uma liderança confortável para os perseguídores, encabeçados por Vítor Pascoal, que por sua vez tinha o 2º lugar preso por poucos segundos face a Pedro Peres. Já um pouco afastado da luta vinha Pedro Meireles, vítima de um furo no Mitsubishi Lancer X.

Logo atrás vinham os líderes das 2 Rodas Motrizes, João Silva e o famalicense José Janela, que mostraram excelente andamento para quem tem ainda poucas provas em pisos de terra. Com um andamento diabólico, os adversários do CPR 2 não tinham a mínima chance, se bem que Paulo Antunes tinha alguns problemas mecânicos no seu Citroën C2 R2 e com isso não conseguía colocar pressão no piloto do Renault Clio R3.

Com as posições bem definidas, no Domingo a luta mais prevísivel seria pelo 2º lugar, tal como se víria a confirmar com o desenrolar das classificativas. Vítor Lopes não se conteve com a vantagem que trazia, aumentando significativamente a diferença para o 2º classificado, com um andamento consistente e muito rápido, para além de um Subaru Impreza nas perfeitas condições. Para o experiente piloto, esta foi a primeira vitória absoluta, estando em posição de se assumir como um sério candidato à conquista do título.

Separados por cerca de meia dúzia de segundos no final do 1º dia, Pascoal e Peres mantiveram as posições trazidas do dia anterior, preferindo juntar preciosos pontos para o campeonato em vez de colocar em risco uma posição no pódio. Com um Mitsubishi Lancer X diferente do utilizado na primeira prova da temporada, Vítor Pascoal teve uma etapa mais sossegada, distanciando-se gradualmente de Pedro Peres e com isso segurar o 2º posto. Apesar de estar longe desta luta, Pedro Meireles foi obrigado a abandonar no início da 2ª etapa, depois de ter quebrado um braço de suspensão no Mitsubishi.

Com um ritmo mais calmo e de gestão no Domingo, João Silva provou que é candidato ao título no CPR 2, obtendo uma contundente vitória, juntando-lhe ainda o 4º posto na tabela classificativa. A forma como o jovem piloto se apresentou neste rali impressionou a maioria dos presentes, para além de efectuar excelentes tempos em troços onde a maioria dos adversários disputa ralis há vários anos.

No 5º lugar e aproveitando os azares alheios, ficou Carlos Oliveira, acompanhado pelo navegador famalicense Jorge Carvalho. Sem grandes contratempos e evitando as armadilhas que o terreno apresentava, viu a posição cair-lhe nos braços após o atraso de Eduardo Veiga, depois de um rali regular e no qual continuaram a ganhar ritmo no Subaru Impreza WRX, ainda assim rodando longe dos restantes carros de tracção integral.

A quase 10 minutos do vencedor, Ivo Nogueira foi 6º e garantiu a melhor posição no Citroën Racing Trophy, na frente de Paulo Antunes que teve mais uma série de problemas e com isso não foi além do 7º lugar, no rali da sua terra.

Na Taça de Portugal de Ralis, a vitória sorriu a Júlio Bastos, que foi aquele que melhor resistiu à autêntica debandada que assolou os principais candidatos ao triunfo, nomeadamente Luís Mota e Ricardo Teodósio. Atrás do espetacular piloto do BMW M3, classificaram-se Hélder Miranda e Rui Almeida, ambos em carros de tracção dianteira.

Numa segunda linha e aproveitando para testar soluções, Daniel Ribeiro e o famalicense André Cortinhas abandonaram depois de um capotanço ainda no Sábado , ao passo que a dupla João Ruivo/João Peixoto não teve melhor sorte, com um apoio do motor partido no Peugeot 206 GTI a obrigar à desistência nesse mesmo troço. Já no dia seguinte, uma saída de estrada deixa marcas no Mitsubishi Lancer VI de Alexandre Pires e do famalicense Miguel Marques, com isso vinha o consequente abandono. Por avaria mecânica no Seat Ibiza TDi, José Pedro Miranda também foi forçado a desistir, depois de ter rodado nos lugares cimeiros da Taça.

Classificação Final
1º Vitor Lopes/Hugo Magalhães (Subaru Impreza WRX) - 1h25m51,9s
2º Vitor Pascoal/Luís Ramalho (Mitsubishi Lancer X), a 54,5s
3º Pedro Peres/Tiago Ferreira (Mitsubishi Lancer IX), a 1m29,4s
4º João Silva/José Janela (Renault Clio R3), a 7m04,7s
5º Carlos Oliveira/Jorge Carvalho (Subaru Impreza WRX), a 8m42,4s
6º Ivo Nogueira/Vítor Hugo (Citroën DS3 R3T), a 9m36,0s
7º Paulo Antunes/Alberto Oliveira (Citroën C2 R2 Max), a 12m11,8s
8º Frederico Gomes/Luís Cavaleiro (Citroën C2 R2 Max), a 12m41,7s
9º Rodrigo Ferreira/José Ferreira (Citroën C2 R2 Max), a 13m04,6s
10º Hugo Mesquita/Nuno R. Silva (Citroën DS3 R3T), a 16m41,6s
(...)

Taça de Portugal de Ralis
1º Júlio Bastos/Anibal Pereira (BMW M3) - 1h39m39,4s
2º Helder Miranda/Vitor Pereira (Seat Ibiza), a 48,8s
3º Nuno Almeida/João Vieira (Fiat Punto HGT), a 2m39,2s
4º José Vieira/António Carvalho (Renault Clio R3), a 4m09,8s
5º António Alves/Sérgio Mota (BMW E36), a 6m31,1s
(...)
NC - Daniel Ribeiro/André Cortinhas (Peugeot 206 GTI) - Despiste na PEC 5
NC - João Ruivo/João Peixoto (Peugeot 206 GTI) - Avaria na PEC 5
NC - José Pedro Miranda/Filipe Carvalho (Seat Ibiza TDi) - Avaria na PEC 6
NC - Alexandre Pires/Miguel Marques (Mitsubishi Lancer VI) - Avaria na PEC 7

Fotos: Bruno Fernandes e Ralis Online

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