14 março 2012

João Barros estreou-se a vencer

Castelo Branco foi palco de mais uma animada prova do Open de Ralis, numa organização primorosa da Escuderia local. Um rali que primou pela qualidade em prol da quantidade, mas que não defraudou as expectativas de quem lá deslocou. No plano desportivo, João Barros estreou-se a vencer nos ralis, depois de um duelo interessante com Fernando Peres.

Barros esteve quase sempre no comando, ora com mais ora com menos vantagem, num rali que até exigia mais velocidade de ponta do que agilidade a curvar, um dos pontos fortes do Citroën Saxo Kit Car que tripulava, vencendo 5 das 9 especiais. Mesmo com uma solução de recurso a nível de motor, João Barros esteve imparável e instalou-se no comando logo de manhã, liderando até à penúltima especial, quando permitiu que Peres ganhasse uma ligeira vantagem, inferior a 1 segundo.

Com tudo para decidir na derradeira classificativa, o piloto do Citroën entrou completamente ao ataque e fez um tempo verdadeiramente espantoso, garantindo o triunfo. Para Peres, restava a consolação do 2º lugar, num rali em que regressou aos comandos do Ford Escort RS Cosworth. Com alguns problemas mecânicos e ainda uma penalização à saída do derradeiro parque de assistência, o ex-campeão nacional não conseguia repetir as duas vitórias conquistadas até então, mas cimenta desta forma a liderança no Open de Ralis.

A fechar o pódio, Carlos Martins somou um excelente resultado. Para o piloto do Mitsubishi Lancer VII até aqui utilizado por Fernando Peres, terminar provas é sinónimo de bons resultados e isso ficou mais uma vez comprovado. A tarefa de Martins não foi fácil, pois apesar de beneficiar com mais um abandono de Mário Barbosa, desta feita com a transmissão do Citroën Saxo Kit Car a ceder, teve ainda de suster a pressão de Diogo Salvi.

Também ao volante de um Mitsubishi Lancer VII, Salvi nunca baixou os braços e só na fase final do rali cedeu algum tempo na luta pelo lugar mais baixo do pódio, fruto de problemas de motor, e também já poucos quilómetros sobravam para minimizar a desvantagem. Na posição imediata terminou André Marques, a mostrar um andamento mais consistente com o Peugeot 206 S1600 e a intrometer-se nas posições habitualmente ocupadas pelos carros de tracção total mais rápidos.

Diogo Gago e Jorge Carvalho voltaram a estar em destaque, dominando uma vez mais o Desafio Modelstand. Bastante rápido, o jovem algarvio liderou de início a fim e com isso somou a segunda vitória da temporada, o que o deixa numa posição bastante favorável. Para além do triunfo entre os Peugeot 206 GTI, Gago foi ainda o mais rápido no Júnior.

Um pouco aquém do esperado, Luís Mota terminou na 7ª posição, assumindo que os troços rápidos de asfalto não são o seu forte, mas ainda venceu entre os concorrentes do Regional Centro. Atrás de Mota e a encerrar o Top-10, Gil Antunes, que foi 2º no Desafio Modelstand; André Martins, que esteve mais à vontade com o Mitsubishi Lancer VII e ainda Pedro Fins, navegado pelo famalicense Sérgio Rocha, que ao 10º lugar final, juntaram o primeiro pódio da temporada na competição reservada aos Peugeot 206 GTI.

Com um bom andamento, pese embora alguns problemas de embraiagem, Luís Bastos e o famalicense Paulo Marques concluíram o rali na 12ª posição. Mais um resultado positivo para esta dupla, que somou novo pódio no Júnior, depois de terem sido novamente os 2ºs classificados.

João Ruivo e João Peixoto estiveram no centro de uma das histórias deste Rali de Castelo Branco. Concluindo a prova no 9º lugar final e 3º no Desafio Modelstand, a dupla famalicense viria a ser desclassificada, em virtude de ter acertado a pressão de pneus numa zona de reabastecimento. Foi um desfecho doloroso para João Ruivo, que logo na primeira especial fez um pião e se queixou de um Peugeot 206 GTI com o motor algo cansado.

No rol dos abandonos, Nuno Pombo e o famalicense Guilherme Pereira não chegaram sequer à primeira classificativa, com o Fiat 500 Abarth a ter um problema mecânico na ligação. Também Eduardo Veiga e o famalicense Justino Reis não iriam além da super especial, pois após a sua conclusão já não sairiam do parque fechado, com problema numa bomba de água do Ford Escort RS, que já os atormentava nas especiais da manhã, relegando-os para posições um pouco atrasadas.. Entre os principais favoritos, Daniel Nunes deu um toque na última curva do primeiro troço e ficava logo ali, enquanto Sérgio Vaz deixou o Peugeot 206 GTI em muito mau estado, depois de um aparatoso despiste, sem consequências físicas para a equipa.

Classificação Final
1º João Barros/António Costa (Citroën Saxo Kit Car) - 39m52,5s
2º Fernando Peres/Ricardo Caldeira (Ford Escort RS Cosworth), a 17,0s
3º Carlos Martins/Aníbal Martins (Mitsubishi Lancer VII), a 1m14,5s
4º Diogo Salvi/Filipe Carvalho (Mitsubishi Lancer VII), a 1m29m1s
5º André Marques/Hugo Magalhães (Peugeot 206 S1600), a 1m50,6s
6º Diogo Gago/Jorge Carvalho (Peugeot 206 GTI), a 1m51,4s
7º Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi Lancer IV), a 2m00,9s
8º Gil Antunes/Carlos Ramiro (Peugeot 206 GTI), a 2m15,7s
9º André Martins/Artur Mendes (Mitsubishi Lancer VII), a 2m54,1s
10º Pedro Fins/Sérgio Rocha (Peugeot 206 GTI), a 3m01,2s
(...)
12º Luís Bastos/Paulo Marques (Citroën C2 R2), a 3m41,8s
(...)
NC - Nuno Pombo/Guilherme Pereira (Fiat 500 Abarth) - Avaria Mecânica na ligação para a PEC 1
NC - Eduardo Veiga/Justino Reis (Ford Escort RS) - Avaria Mecância após PEC 5
NC - João Ruivo/João Peixoto (Peugeot 206 GTI) - Desclassificado

Fotos: Sheila's e Oficiais

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