23 novembro 2009

Famalicenses em destaque na consagração de Bruno Magalhães

O Rali Casinos do Algarve deu a Bruno Magalhães o terceiro título, de forma consecutiva, da sua carreira, naquela que foi a 15ª vitória do piloto do Peugeot 207 S2000. Particular destaque para as prestações dos famalicenses Miguel Campos, que foi 3º e venceu o CPR2, e ainda para Alberto Silva, que triunfou no Agrupamento de Produção.

Com a chuva a marcar presença na Super Especial que abriu as hostilidades no Autódromo de Portimão, Ricardo Teodósio foi o 1º lider do rali, contudo seria por pouco tempo, pois Bruno Magalhães começou o dia de Domingo ao ataque e com uma eficácia tremenda. O piloto do Peugeot 207 S2000 não deu hipóteses nenhumas e venceu todas as especiais, garantindo assim o tão desejado título nacional e mais uma vitória numa temporada de excelência. Para Bruno Magalhães, este 3º título abriu-lhe definitivamente as portas da internacionalização, estando desde já garantida a presença no Rali de Montecarlo, prova inaugural do IRC.

Vítor Pascoal partia para a prova algarvia com esperança de um desaire de Bruno Magalhães e com isso chegar à vitória e até ao primeiro posto do campeonato, mas não conseguiu levar a melhor ao seu adversário, nem tão pouco se aproximou dele. Uma má escolha de pneus na fase inicial do rali levou Pascoal para lugares mais atrasados e o 2º lugar surge apenas depois de Ricardo Teodósio ter perdido tempo com um furo. Este vice-campeonato e o "título" de melhor equipa privada são um justo prémio para Vítor Pascoal e para Mário Castro.

No 3º lugar ficou Miguel Campos, um excelente resultado para o piloto de Famalicão. Depois de uma animada luta com Ricardo Moura ao longo de todo o rali, Campos suplantou o açoreano apenas na última especial, onde "espremeu" todo o "sumo" que o Renault Clio R3 tinha, garantido o lugar mais baixo do pódio e ainda mais uma vitória no CPR2. Foi claramente notória a superioridade do andamento de Miguel Campos face aos seus adversários neste campeonato e caso o famalicense tivesse começado a época no seu início, muito provavelmente o título seria seu ao invés do 3º posto alcançado, contudo permitiu esse feito a Aloísio Monteiro, seu navegador.

Cada vez mais adaptado aos ralis continentais, Ricardo Moura, acompanhado pela primeira vez pelo famalicense Alberto Silva, impressionou bastante no Rali Casinos do Algarve, vencendo o Grupo N. Num rali desconhecido para o açoreano e ainda assim com alguns problemas mecânicos no Mitsubishi Lancer IX, Moura deu espectáculo ao longo de toda a prova e soube estar no lugar certo quando o seus adversários se afundaram na tabela classificativa e, depois de ter rodado sempre perto dos lugares do pódio, assegurou uma brilhante vitória no Agrupamento de Produção, juntando ainda o 4º posto final. Uma recta final de temporada em grande também para Alberto Silva!

A fechar o lote dos cinco mais rápidos ficou Ricardo Teodósio, o homem da casa. Esta classificação não espelha o andamento do algarvio, que depois de ter sido o mais rápido na classificativa inaugural, rendeu-se à rapidez de Bruno Magalhães, mas cimentou o 2º posto, que perdeu somente em virtude de um furo na PEC 5. Atrás de Teodósio, Pedro Meireles encerrava o pódio no que toca ao Grupo N, na frente de Mex Machado dos Santos, que garantia assim o triunfo e o título na Taça Nacional de GT0s.

Com pouco a perder neste rali, Pedro Rodrigues e Daniel Araújo queriam segurar o 3º lugar do campeonato no Grupo N, depois de uma temporada muito regular. A dupla de Famalicão começou a prova com um andamento cauteloso e algo atrasada na classificação, mas há medida que a prova ia evoluíndo, Rodrigues ia-se chegando mais à frente, em virtude quer de uma subida de ritmo, quer de azares alheios. Já na fase final da prova, a dupla do Subaru Impreza WRX subiu ao 9º lugar e daí nunca mais saiu, sendo ainda os 5ºs classificados no que toca ao Agrupamento de Produção, contudo o piloto famalicense caiu para 4º no campeonato. Após algumas temporadas disputadas intermitentemente, Pedro Rodrigues regressou em bom nível ao Nacional de Ralis.

Já com o título do Grupo N assegurado, restava a Adruzilo Lopes e ao seu navegador, o famalicense José Janela, segurar também o 3º posto no campeonato absoluto. Essa tarefa ficou bem mais fácil e praticamente garantida com o atraso de Fernando Peres logo na especial de abertura de Domingo. A dupla do Subaru Impreza WRX chegou a rodar nos lugares do pódio e na frente do Grupo N, mas um furo na penúltima classificativa atirava-os para fora do Top-10, conseguíndo depois num último esforço chegar ao 10º lugar final.

Com a Taça Nacional de Ralis já garantida, João Fernando Ramos e o co-piloto famalicense Jorge Carvalho, encararam a prova algarvia sem pressão, optando assim por utilizar pela primeira vez o Skoda Fabia TDI. Sem querer correr riscos e numa prova de adaptação, a dupla terminou no 19º lugar final, na frente daquela que foi, provavelmente, a dupla mais azarada de todo o rali, Carlos Matos e o famalicense Vasco Ferreira. Partindo para esta prova na frente do CPR 2, o objectivo da equipa do Renault Clio S1600 era manter essa posição, mas tudo se esfumou logo na PEC 2, quando o capot do carro francês ganhou "vida própria" e se levantou. Para piorar a situação, um tempo de referência que lhes foi atribuído na PEC 4 fez aumentar o prejuízo, não restando outra tarefa a não ser levar o carro até ao final. O 2º posto no CPR 2L/2RM e o título no que toca aos 1600cc.

No que toca a abandonos, Bernardo Sousa e o famalicense Jorge Carvalho terminaram fora da estrada, depois de um pneu do Mitsubishi Lancer IX ter descolado da jante, numa altura em que seguiam no 3º lugar. Também fora da estrada terminou Barros Leite, que foi o principal adversário de Miguel Campos ao longo de todo o rali, chegando mesmo a rubricar tempos perto da frente. Fernando Peres, depois de tanto azar no seu Mitsubishi Lancer IX, chegou ao final da prova, abandonando no derradeiro parque de assistência.

Paulo Antunes, vítima de uma prova de sofrimento, com dois furos, garantiu ainda assim o título no CPR 2L/2RM, juntando ainda a vitória no C2 Trophy, apesar da vitória de Frederico Gomes neste rali.

Classificação Final
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 1h07m55,7s
2º Vítor Pascoal/Mário Castro (Peugeot 207 S2000), a 1m16,7s
Miguel Campos/Aloísio Monteiro (Renault Clio R3), a 2m,13,4s
4º Ricardo Moura/Alberto Silva (Mitsubishi Lancer IX), a 2m20,0s
5º Ricardo Teodósio/Pedro Conde (Mitsubishi Lancer X), a 2m32,0s
6º Pedro Meireles/Jorge Henriques (Subaru Impreza WRX), a 3m31,4s
7º Mex Machado Santos/Sérgio Paiva (Porsche 997 GT3), a 3m57,2s
8º Nuno Barroso Pereira/Nuno R. da Silva (Subaru Impreza WRX), a 5m06,8s
Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX), a 5m38,5s
10º Adruzilo Lopes/José Janela (Subaru Impreza WRX), a 6m11,4s
(...)
19º João F. Ramos/Jorge Carvalho (Skoda Fabia TDI), a 14m11,8s
20º Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600), a 22m33,8s

Classificação Final CPR - Pilotos
1º Bruno Magalhães (75 pts)
2º Vítor Pascoal (68 pts)
3º Adruzilo Lopes (41 pts)
4º Fernando Peres (37 pts)
5º Ricardo Teodósio (32 pts)
(...)
Pedro Rodrigues (27 pts)
(...)
10º Miguel Campos (12 pts)

Classificação Final CPR - Navegadores
1º Carlos Magalhães (75 pts)
2º Mário Castro (68 pts)
José Janela (41 pts)
(...)
Daniel Araújo (27 pts)

Classificação Final Grupo N - Pilotos
1º Adruzilo Lopes (169 pts)
2º Ricardo Teodósio (153 pts)
3º Ricardo Moura (146 pts)
Pedro Rodrigues (145 pts)

Classificação Final Grupo N - Navegadores
José Janela (169 pts)
2º Pedro Conde (153 pts)
Daniel Araújo (145 pts)

Classificação Final CPR 2L/2RM - Pilotos
1º Paulo Antunes (37 pts)
2º Carlos Matos (37 pts)
Miguel Campos (30 pts)

Classificação CPR 2L/2RM - Navegadores
1º Aloísio Monteiro (38 pts)
2º Hugo Magalhães (37 pts)
Vasco Ferreira (37 pts)

19 novembro 2009

Já se fala em projectos para 2010...

Ainda agora terminou o Campeonato Open de Ralis e há quem já projecte a temporada que se avizinha. Dois dos principais animadores da época, João Ruivo e Ricardo Costa, querem regressar ao principal campeonato de ralis em 2010.

Depois de um final de ano em grande nível, com a conquista do vice-campeonato e do título das 2 Rodas Motrizes, João Ruivo aponta agora para o Campeonato de Portugal de Ralis. "Tenho um projecto para um Mitsubishi Lancer IX, mas também não coloco de parte a hipótese de correr no Campeonato 2L/2RM com outro carro que não o Fiat Stilo", referiu o famalicense ao site Ralis.Online. Não é nova esta intenção de João Ruivo, que após três anos praticamente completos no Open de Ralis, quer dar novo rumo à carreira. O que é certo é que "só irei iniciar a próxima época em Março. Se tiver que voltar a correr no Open falho as duas primeiras provas, mas tenho ainda oito provas e seis resultados para fazer. Se fizer o Campeonato de Portugal de Ralis irei estar presente na primeira prova. Antes de Março não irei competir", revela o famalicense após uma desgastante e longa temporada.

Não tão feliz como o seu conterrâneo, ainda que tenha conseguído dar bastante répilca a Pedro Peres, alcançando mesmo duas vitórias, Ricardo Costa também tem um projecto que visa o regresso ao Campeonato de Portugal de Ralis. Para o piloto famalicense, "ainda nada está decidido, mas o objectivo passa por correr no Troféu Mitsubishi caso se realize no nosso país. Caso isso se confirme, parece-me um projecto interessante". Com os olhos postos no CPR, para já repetir o Open de Ralis não está no horizonte de Ricardo Costa, tal como refere ao mesmo site: "10 provas são de facto muitas provas para um Open. Serem consideradas apenas seis provas pontuáveis poderá ser bom para algumas provas, contudo o momento agora é de parar algum tempo para descansar dos ralis e só depois montar o projecto para 2010". No que toca à Macominho Sport, as novidades estendem-se a Mariana Neves de Carvalho que irá tomar parte, novamente, no Campeonato Júnior de Ralis do próximo ano, provavelmente numa nova viatura.

Aguardemos então novos desenvolvimentos sobre os projectos de dois pilotos famalicense reconhecidamente rápidas e que, certamente, trariam um belo colorido ao Campeonato de Portugal de Ralis.

Algarve decide: Bruno ou Pascoal? Famalicenses prometem lugares na frente

O Rali Casinos do Algarve, na estrada este sábado e domingo vai atribuir o título de Campeão Nacional de Ralis. Bruno Magalhães é o mais sério candidato, mas Vítor Pascoal também tem possibilidades. Na prova do Clube Automóvel do Algarve, há muitos famalicenses que irão, por certo, discutir os lugares da frente nas várias categorias.

De forma natural e esperada, Bruno Magalhães é o grande favorito para chegar ao título, o 3º da sua carreira, quer pelos 5 pontos de vantagem, quer pelo andamento imposto ao longo de toda a temporada, ao volante do Peugeot 207 S2000. Em carro idêntico, surge Vítor Pascoal, que não tem nada a perder em termos de campeonato e já prometeu arriscar um pouco para apagar a pálida imagem deixada nos ralis de asfalto e tentar ainda chegar à conquista do título.

A favor de Bruno Magalhães estão as muitas vitórias alcançadas esta temporada e a vontade de somar o 3º campeonato consecutivo para dar o tão esperado salto para uma carreira internacional. Pelo seu lado, Vítor Pascoal sabe que, aconteça o que acontecer, não perde o 2º lugar no campeonato e isso retira-lhe responsabilidades, tal como o facto de ser um piloto privado em aparentes desigualdades com o adversário.

Em termos de Grupo N, tudo já está decidido favoravelmente a Adruzilo Lopes e ao famalicense José Janela, contudo têm que se defender de Fernando Peres, no que toca ao 3º lugar absoluto do campeonato, que está bastante atrasado em relação ao Agrupamento de Produção. Aí a luta prevê-se animada, com Ricardo Teodósio a querer usar o factor casa para segurar o 2º posto, perante a dupla de Famalicão, Pedro Rodrigues/Daniel Araújo ou ainda Ricardo Moura, que neste rali contará com Alberto Silva ao seu lado direito. Fora das contas do campeonato, Bernardo Sousa, acompanhado por Jorge Carvalho, é sempre um piloto a ter em conta para os lugares da frente do Grupo N e mesmo da geral, tal como Pedro Leal ou Pedro Meireles.

Abertas estão as contas no CPR 2L/2RM, com Carlos Matos e o seu navegador, o famalicense Vasco Ferreira, a terem de gerir os 2 pontos de vantagem sobre Paulo Antunes, que não têm conseguíndo impôr o mesmo andamento do início da época. Barros Leite ainda pode ter uma palavra a dizer nesta luta, onde o grande favorito será o piloto de Famalicão, Miguel Campos, que em duas provas no Renault Clio R3, somou outras tantas vitórias, podendo inclusivé chegar ao 3º posto deste campeonato. Há que considerar ainda os espectaculares GT's de José Pedro Fontes (Aston Martin DBRS9) e Mex Machado dos Santos (Porsche 997 GT3), que têm ainda por decidir o título entre si, também.

Assim e perante uma lista de 32 participantes, à qual acrescem 29 inscritos no Regional Sul, que cumpre integralmente o percurso, os famalicenses presentes serão:

3 - Adruzilo Lopes/José Janela (Subaru Impreza WRX)
5 - Ricardo Moura/Alberto Silva (Mitsubishi Lancer IX)
6 - Bernardo Sousa/Jorge Carvalho Jr. (Mitsubishi Lancer IX)
7 - Miguel Campos/Aloísio Monteiro (Renault Clio R3)
14 - Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600)
16 - Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX)
19 - João F. Ramos/Jorge Carvalho (Skoda Fabia TDI)

O Rali Casinos do Algarve tem partida marcada para a noite de Sábado, com uma super especial no Autódromo Internacional do Algarve, ficando para Domingo as verdadeiras especiais, nomeadamente, dupla passagem por Corchas e Fóia e uma tripla passagem por Alferce, totalizando pouco mais de uma centena de km's cronometrados.

17 novembro 2009

Vice-campeonato e Categoria 1 para João Ruivo e Alberto Silva

A época de 2009 terminou da melhor forma para o Crédito Agrícola Rally Team, com a dupla João Ruivo e Alberto Silva, pois no Rali de Gondomar conseguiram o título nacional da Categoria 1, para além do vice-campeonato absoluto.

À partida para esta derradeira etapa do calendário do Campeonato Open as contas estavam complicadas, pois a equipa famalicense procurava confirmar o terceiro lugar em termos gerais e o segundo dos carros de duas rodas motrizes. O desfecho foi ainda melhor, pois conseguiram melhorar as posições em relação ao ano passado.

A prova começou bem, mas ao final da secção matinal, um problema de travões causou alguma preocupação e alguns sustos. Depois da assistência, e com o problema resolvido, houve que atacar e no final o segundo lugar no rali proporcionou a alegria da tarefa cumprida: "Correu como tínhamos planeado. Como sabíamos que o segundo troço não era ideal para nós, atacámos nos outros dois. Depois, na quarta especial, rompeu-se um tubo de óleo de travões e tivemos que vir assim até à assistência", começou por explicar João Ruivo, que prosseguiu, "fizemos algumas alterações para a última secção e isso resultou, apesar dos nossos principais adversários terem tido problemas. Até final, foi apenas gerir a situação e tentar o segundo lugar absoluto, o que conseguimos".

Para além da alegria do resultado alcançado, bem como o título da Categoria 1, João Ruivo não esqueceu Nuno Pina, um dos seus principais adversários, seu amigo e conterrâneo, que teve uma grande dose de azar. "Quero enviar-lhe um abraço, pois foi uma forma inglória de perder os objectivos que ele tinha. Se tivesse conseguido alguma vitória, penso que iríamos festejar e assim não é possível. Por isso também tenho alguma tristeza por ele".

Em termos de balanço, o piloto famalicense considera que o ano: "Foi bastante complicado, pois tivemos algumas desistências e nunca pensámos conseguir agora os objectivos. Há duas provas atrás, pensava que estava tudo perdido e até disse que se não fosse terceiro era uma derrota. Sair daqui com um título e um segundo lugar absoluto é fantástico", acrescentou João Ruivo, que não esqueceu os agradecimentos: "Ao Crédito Agrícola que nos apoiou nos últimos cinco anos e sem eles não era possível chegar aqui, bem como aos outros patrocinadores. Depois, o apoio da minha família e em especial ao meu pai pelo tempo dedicado à minha carreira. Também à minha equipa técnica que nunca desistiu e deu-me sempre o carro em condições. Por fim, a todos os meus amigos".

Ligeiro toque tramou aspirações de Nuno Pina

Nos ralis tudo pode acontecer, até ao último instante, até ao último metro. Esta é uma característica que torna este, num dos mais espectaculares desportos à face da terra. Prova disso é o facto de um virtual campeão do mundo já ter perdido esse mesmo título, nos derradeiros metros do campeonato. No passado Sábado, e depois de andar na frente de três competições desde o inicio da temporada, Nuno Pina viu um pequeno erro retirar-lhe os três títulos que perseguia.

Um toque com uma roda na última curva do Rali de Gondomar, bastou para que não conseguisse chegar ao final da prova, e receber os prémios pela espectacular temporada que realizou, a primeira completa no Campeonato Open de Ralis.

Extremamente desanimado, Nuno Pina fala acerca do sucedido: "foi realmente triste o que aconteceu, mas acreditem: o apoio que tivemos e as amizades que fizemos, o desportivismo que sentimos por parte dos outros concorrentes para connosco, superou tudo. Correu mal, perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra".

O balanço é claramente positivo, "acreditem, ganhei muito mais do que aquilo que perdi. Na realidade perdi 2.000 Euros importantes, mas dinheiro nenhum compra a amizade e carinho que conseguimos por parte dos adeptos, concorrentes e amantes da modalidade. Isto ficou mais que expresso na maneira como fui tratado na ligação para o parque fechado, fiquei simplesmente impressionado com a quantidade de gente que nos ajudou a tentar superar aquele momento difícil, e conseguimos mesmo! Muito obrigado, foram incríveis. Ao meu amigo João Ruivo agradeço publicamente pela maneira como também ele nos tentou ajudar. Foi de facto incrível. Ao meu amigo André Pimenta, que sofreu como nós: amigo André, fico sem palavras para te agradecer por tudo mas tudo mesmo. Fizeste-me crescer como pessoa com a tua amizade, e com a mesma daqueles que te rodeiam. A todos os órgãos de comunicação social, um muito obrigado. Aos promotores do Desafio Modelstand, os meus parabéns pela forma séria e coerente como desenvolveram este projecto. Por último, os meus mais sinceros parabéns à dupla vencedora do desafio: Daniel e Hugo, foram uns adversários à altura".

Para concluir, Nuno Pina diz: "Com tudo isto resultou um 3º lugar absoluto no Campeonato Open de Ralis, o que é óptimo".

Fecho de época nada feliz para Mariana N. Carvalho e Ricardo Costa

Os pilotos da Macominho Sport, Mariana Neves de Carvalho/Filipe Martins e Ricardo Costa/Nuno Almeida, participaram no passado fim-de-semana no Rali Cidade de Gondomar, ultima prova do campeonato open de ralis. Com uma excelente organização do Gondomar Automóvel Sport (GAS), a formação famalicense não foi feliz na visita que realizou á Cidade do Ouro.

A prova gondomarense teve inicio na sexta-feira, com a realização da super especial, que devido ao mau tempo apenas se realizou para metade do pelotão. Depois do dilúvio que assombrou a região na noite anterior, as especiais de classificação que se realizavam ao longo do dia de sábado, eram esperadas com grande apreensão por parte dos pilotos. Mas uma vez mais o excelente desempenho dos homens do GAS, colocaram os troços quase como nada se tivesse passado.

Mariana Neves de Carvalho e Filipe Martins, depois de realizarem a super especial com muitas cautelas, entraram no primeira PEC de sábado com um ritmo vivo dispostos atacar o vice-campeonato Júnior, mas à passagem do km 3 e depois da abordagem a um gancho a transmissão do Suzuki Ignis cedeu forçando a dupla de Famalicão ao abandono.

"Tenho pena que o carro não tivesse colaborado pelo menos até ao final da especial, pois vínhamos com um andamento muito forte e gostava de saber onde nos colocaríamos em termos de tabela classificativa. O nosso objectivo nesta prova era o de tentar atacar o segundo lugar no campeonato e penso que o iríamos conseguir", disse Mariana Neves de Carvalho que ainda assim manteve a terceira posição no campeonato Júnior de ralis, vencendo a taça das senhoras nesta categoria, "este terceiro lugar tem um sabor especial, para além de ser no ano de estreia, significa também que o objectivo da época foi conseguido", acrescentou a piloto que remata, "este resultado deve-se a todo um trabalho desenvolvido ao longo do ano, por isso agradeço todo o empenho e dedicação da equipa de assistência, dos meus companheiros de equipa, dos meus pais, dos meus amigos e patrocinadores que ao longo da temporada me acompanharam e apoiaram independentemente do resultado que conquistasse".

O km 3 da primeira especial de sábado foi madrasto para a formação de Famalicão, uma vez que também a dupla Ricardo Costa e Nuno Almeida desistiram com as transmissões traseiras do Mitsubishi Evo VI partidas. Uma participação muito curta por parte desta dupla, uma vez que na sexta-feira não participaram na super especial devido à neutralização imposta pela organização devido à muita chuva.

"Entramos na prova com o objectivo de alcançar mais uma vitória, colocámos um andamento rápido até para tentarmos ganhar logo cedo alguma vantagem. Mas uma vez mais a sorte não quis nada connosco", desabafou Ricardo Costa que adianta, "apesar de não conseguirmos os objectivos que tínhamos traçado para a temporada, ainda assim faço um balanço positivo, pois temos a noção que fomos os grandes opositores ao campeão". Ricardo Costa e Nuno Almeida terminam o campeonato na quinta posição da geral, sendo segundos da categoria 3. Em relação à prova o líder da Macominho Sport comenta, "face ao tempo que se fez sentir, gostava de dar os parabéns á organização, uma vez que depois de toda aquela intempérie tinha os troços em muito bom estado".

O Campeonato Open de Ralis marca regresso no próximo ano, e dentro em breve, a equipa de Famalicão revelará os seus projectos.

16 novembro 2009

Famalicão Motor faz 2 anos!

Na passada 6ª feira, o Famalicão Motor cumpriu o 2º aniversário! Um agradecimento a todos os que visitam o blogue diariamente e a promessa de continuidade de um trabalho de referência em prol do desporto motorizado famalicense. Ao longo de 2 anos, 50 mil pessoas visitaram-nos e isso é um excelente sinal e uma marca notável, traduzindo a importância que Famalicão e os famalicenses têm no mundo motorizado, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Um muito obrigado a todos, pilotos, equipas, organizações e adeptos, pois é por eles que este blogue ganha sentido e sem eles nada do que aqui se passa seria possível, havendo por isso motivação para dar continuidade a este espaço. Vamos a fundo para o 3º aniversário...

15 novembro 2009

Luís Mota venceu no fechar do pano e João Ruivo conquista vice-campeonato

Foi um rali cheio de animação e emoção, marcando um final de temporada no Campeonato Open de Ralis em que tudo o que estava em aberto foi decidido... na última curva! Luís Mota/André Mota foram os vencedores deste Rali Cidade de Gondomar, prova em que João Ruivo foi o famalicense que foi mais feliz.

Uma nota de referência para situações que envolveram pilotos famalicenses ainda antes do início do rali. Pedro Silva/Vítor Martins voltaram a não marcar presença, tal como o navegador Paulo Marques. Presente esteve Justino Reis, que se sentou ao lado de Pedro Peres, em virtude do habitual navegador deste, Tiago Ferreira, ter sido pai.

A prova gondomarense é "famosa" pela difíceis condições climatéricas que, habitualmente, marcam o rali e a edição deste ano não foi excepcção. Na Super Especial de 6ª à noite, uma forte intempérie levou a que fosse impossível os últimos 15 concorrentes (os primeiros 15 na lista de inscritos, uma vez que a especial se desenrolou por ordem inversa) efectuarem o traçado. Assim, partiam todos em igualdade para o dia seguinte, mas com 10 segundos de atraso face ao então primeiro lider do rali, Luís Delgado, em Fiat Punto HGT.

Depois do temporal, o dia de Sábado acordou solarengo e bastante público deslocou-se até Gondomar, assitindo logo no primeiro troço do dia de Sábado a um dos momentos do rali, com a dupla Ricardo Costa/Nuno Almeida a abandonar em virtude da quebra do diferencial do Mitsubishi Lancer VI, hipotecando assim as aspirações à vitória e a uma eventual subida até ao 2º posto do campeonato. Embora ainda tenham realizado a especial, os problemas de turbo no Mitsubishi de Pedro Peres e Justino Reis não permitiram a continuidade do rali, deixando dois favoritos de fora logo no arranque da prova.

Assim, Luís Mota cedo se instalou no comando das operações, passando depois a gerir os acontecimentos, pois os adversários não conseguiam chegar perto. O piloto do Mitsubishi ainda assim apresentou um ritmo elevado e somente nas segundas passagens abrandou ligeiramente. Para Mota, foi mesmo um rali em cheio, juntando a vitória absoluta à conquista do título no Campeonato Regional Norte e ainda ao 4º lugar no Campeonato Open, superando por um ponto o famalicense Ricardo Costa.

Ainda com aspirações a chegarem mais à frente em termos de campeonato, João Ruivo/Alberto Silva impressionaram pelo ritmo rápido que apresentaram desde início, discutindo ao longo de todo o rali o 2º lugar com vários pilotos. A partir da 2ª metade da prova e com os problemas de travões sentidos já resolvidos, a dupla do Fiat Stilo Multjet encetou o derradeiro ataque para alcançar o lugar intermédio do pódio e depois de algumas trocas com Rui Garcia, na derradeira especial conseguiram alcançar esse objectivo. Com a classificação nestes moldes, João Ruivo era desde já o vencedor do título respeitante às 2 Rodas Motrizes, mas com o abandono de Nuno Pina, Ruivo efectivou ainda a conquista do vice-campeonato absoluto do Open de Ralis, após uma recta final bastante consistente.

A encerrar o pódio, uma agradável surpresa chamada Rui Garcia. O jovem piloto efectuou apenas o seu 3º rali e era a sua estreia num carro de tracção total, mostrando desde início uma enorme garra e um andamento muito rápido, apesar de um contratempo no Mitsubishi Lancer VI ainda antes da prova começar. Contando com a experiência de António Costa a seu lado, Rui Garcia rodou por várias vezes no 2º lugar e mesmo tendo caído uma posição no último troço, a diferença cifrou-se em pouco mais de 3 segundos. Excelentes indicadores para o futuro, numa altura em que não há muitos novos valores a cingrar no mundo dos ralis.

No 4º lugar terminou outro dos beneficiados com o abandono de Nuno Pina, ou seja, Daniel Ribeiro, que alcançou a vitória no Desafio Modelstand. Nunca baixando os braços e sendo o mais rápido do troféu ao longo de todo o rali, Ribeiro só chegaria ao título se Pina não terminasse a prova e, como tal viria a suceder, o piloto fafense fazia jus à lógica "no sítio certo, à hora certa" para alcançar a vitória, fruto de muita regularidade e consistência. O piloto do Peugeot 206 GTI teve uma interessante disputa com Gil Antunes ao longo de todo o rali, mas este capotou na PEC 4, deixando o seu Opel Astra algo mal tratado a nível de carroçaria e mecânica, caíndo alguns lugares, depois de ter rodado em 2º da geral. A fechar o Top-5, terminou Pedro Ortigão, em Peugeot 206 GTI, num bom final de época para o piloto.

Nuno Pina e Guilherme Pereira foram os grandes azarados deste Rali de Gondomar. A dupla famalicense que apresentava uma bonita decoração no Peugeot 206 GTI, com vários momentos da temporada, entrou com bastantes cautelas e com uma táctica defensiva, que a meio da prova se traduzia no 9º lugar, algo que permitia segurar, com bastante margem, o vice-campeonato absoluto e a vitória no Desafio Modelstand. Com tudo praticamente decidido, na última curva da última especial, um toque com a roda dianteira esquerda do Peugeot esvanece todos os objectivos do famalicense, que ainda assim termina a classificativa e chega ao parque fechado, ainda que com excesso de penalização, pelo que não foi classificado. Um final de campeonato tremendamente inglório para Nuno Pina e Guilherme Pereira, que desceram assim para o 3º lugar do Open de Ralis, para o 2º na Categoria 1 e no Desafio Modelstand, depois de um ano em que foram, sem sombra para dúvidas, uma das duplas mais rápidas.

Também pouca sorte teve a dupla Mariana Neves de Carvalho/Filipe Martins, que abandonaram a prova logo na fase inicial, em virtude de um problema de transmissão no Suzuki Ignis. Ainda assim, a jovem piloto famalicense não estava tão desanimada quanto isso, pois conseguiu segurar o 3º lugar no Campeonato de Portugal Júnior, o que é um bom resultado no ano de estreia nos ralis. José Janela, acompanhado por Frederico Carvalho no VW Polo GTI, também abandonou a prova logo após a Super Especial, onde um engano de percurso o fez perder muito tempo.

A famalicense Márcia Gonçalves, navegadora de Marta Neves, logrou terminar a prova na 19ª posição, após uma prova em que com algumas cautelas levaram o Peugeot 206 GTI até à vitória entre as Senhoras, em mais uma presença pontual no Open de Ralis. Entre os troféus presentes, para além do já referido Desafio Modelstand, Hugo Queirós foi o vencedor do Troféu Fastbravo.

Classificação Final
1º Luís Mota/André Mota (Mitsubishi Lancer IV) - 53h06,5s
João Ruivo/Alberto Silva (Fiat Stilo Multijet) - a 2m10,4s
3º Rui Garcia/António Costa (Mitsubishi Lancer VI) - a 2m14,1s
4º Daniel Ribeiro/Hugo Magalhães (Peugeot 206 GTI) - a 2m28,5s
5º Pedro Ortigão/Mário Castro (Peugeot 206 GTI) - a 3m55,8s
6º Gil Antunes/Daniel Amaral (Opel Astra GSI) - a 5m04,9s
7º Júlio Bastos/Aníbal Pereira (BMW M3) - a 5m13,9
8º José Cruz/Luís Lauro (Peugeot 206 GTI) - a 6m02,7s
9º Marco Lazarino/Pedro Leal (Fiat Punto HGT) - a 6m48,2s
10º Júlio Maia/Alexandre Rodrigues (Peugeot 206 RC) - a 8m00,3s
(...)
19º Marta Neves/Márcia Gonçalves (Peugeot 206 GTI) - a 20m06,4s

Classificação Final Open de Ralis
1º Pedro Peres (180 pts)
João Ruivo (126 pts)
Nuno Pina (115 pts)
4º Luís Mota (101 pts)
Ricardo Costa (100 pts)
(...)
10º Frederico Ferreira (58 pts)
(...)
15º Pedro Silva (36 pts)
(...)
40º Mariana Neves de Carvalho (10 pts)

Fotos: M. Bessa Carvalho (Motores Magazine), Foto GTI e Ralis.Online

12 novembro 2009

Nuno Pina quer a tripla em Gondomar

Iniciado em Janeiro, o Campeonato Open de Ralis chega ao fim este fim-de-semana em Gondomar, prova onde Nuno Pina tem possibilidade de garantir vários títulos. O piloto de Famalicão assume que vai jogar à defesa e conta com um carro praticamente novo para a luta.

Bastante confiante, o famalicense explica, "esperamos alcançar os nossos três objectivos: o vice-campeonato absoluto, a vitória na Categoria 1 e o título de campeões do Desafio Modelstand. Sabemos que os pisos podem estar complicados, mas estamos com toda a garra e confiança para defender os nossos objectivos, até porque a pressão não está do nosso lado".

A última prova é para esquecer, e para isso Nuno Pina contou com a ajuda e trabalho da SFR Motorsport. "Vamos contar com um carro quase novo, após um trabalho perfeito da nossa equipa de assistência, em especial do Carlos, o que nos dá ainda mais confiança". O que Pina não pretende esquecer é a estratégia a abordar, a mesma que segue desde o Rali de Loulé: "vamos tentar controlar o andamento dos principais adversários, uma vez que ao termos alguma margem pontual, não necessitamos de arriscar".

Para concluir, com o desportivismo que o caracteriza, o piloto famalicense diz: "gostaria de relembrar que os meus adversários na luta do vice-campeonato e da Categoria 1, para além de serem meus conterrâneos, são também meus amigos. Por essa razão, desejo-lhes as maiores felicidades para o rali e ganhe quem ganhar, uma coisa é certo: dois títulos nacionais vêm mesmo para Famalicão. Tudo faremos para que a festa se realize em Gondomar".

João Ruivo quer terminar no pódio

O Rali de Gondomar, na estrada nos dias 13 e 14 de Novembro, assinala o final do Campeonato Open 2009, onde o Crédito Agrícola Rally Team, com a dupla João Ruivo e Alberto Silva, quer terminar da melhor maneira possível.

Nesta altura, a equipa famalicense ocupa o terceiro lugar em termos absolutos e segundo na Categoria 1, podendo ainda melhorar nesta despedida de temporada, embora saiba das dificuldades que vai encontrar num território conhecido.

"Alinhamos em todas as provas disputadas em Gondomar e conhecemos bem a prova. Espero que a chuva não esteja presente, como tem sido hábito, para podermos jogar tudo o que está ao nosso alcance. Ainda temos possibilidades de atacar o segundo lugar absoluto, mas também temos que defender bem a nossa terceira posição, sendo esse o objectivo com que partimos para este rali", começou por afirmar João Ruivo, que considera que "se sairmos de Gondomar sem o terceiro lugar, penso que poderá ser uma derrota, por isso vamos dar tudo o que temos. Acho que vai ser a prova mais interessante do ano, pois ninguém estava a contar que houvesse esta luta pelo segundo lugar mesmo a terminar o ano e com viaturas todas diferentes. Ainda bem que é assim, pois o Campeonato Open merece este final, já que o título ficou definido bastante cedo".

Esta luta final ainda tem mais interesse, pois envolve três pilotos de Famalicão: "Ainda tem mais esse foco de interesse, mas ganhe quem ganhar, acho que toda a gente vai ficar satisfeita. Por nossa parte, tivemos alguns azares mecânicos que condicionaram os resultados. Com isto, o lugar que ocupamos neste momento é bom e vamos lutar por ele até ao fim. Quanto ao carro, fizemos a revisão normal e espero que esteja à altura deste final de ano", concluiu o piloto apoiado pelo Crédito Agrícola, Avetel, Rol da Casa e Integra Support.

Objectivos da Macominho Sport passam pelos pódios

É já este fim-de-semana que se realiza a ultima prova do campeonato open de ralis 2009. Denominado de Rali Cidade de Gondomar e organizado pelo clube local GAS, esta jornada conta uma vez mais com a participação da equipa Macominho Sport através dos pilotos Ricardo Costa/Nuno Almeida e Mariana Neves de Carvalho/Filipe Martins.

A dupla do Mitsubishi Evo VI parte para Gondomar com o objectivo de repetir o resultado alcançado na última prova, ou seja a vitória. Só dessa maneira Costa e Almeida podem aspirar ao objectivo da temporada que é terminar nos lugares do pódio no campeonato absoluto. "Este é um rali novo para nós, é muito técnico e ao mesmo tempo muito rápido, iremos ter algumas cautelas pois ao que tudo indica será realizado com chuva. Ainda assim e, por aquilo que vi nos reconhecimentos, penso que teremos uma palavra a dizer no que toca à vitória no rali", disse o piloto Ricardo Costa.

Mariana Neves de Carvalho e Filipe Martins disputam também em Gondomar um lugar no pódio do campeonato Júnior de ralis. A piloto do Suzuki Ignis está na terceira posição desta competição, e espera nesta jornada somar mais alguns pontos que lhe permitam manter o lugar ou até mesmo atacar o vice campeonato. "O objectivo nesta prova é o mesmo da última ou seja o de terminar. As classificativas estão com muita lama e dado também a pouca experiencia neste tipo de pisos não dá para arriscar", confessou Mariana Neves de Carvalho.

A prova é composta por sete especiais de classificação, tendo inicio na sexta-feira com a realização da super especial no centro de Gondomar e prolonga-se pelo dia de sábado com dupla passagem pelos troços de Gens / Covelo, Vila Cova / Medas e Vilarinho / Melres.

Gondomar decide vice-campeonato no Open de Ralis

Depois da entrega prematura do título (o terceiro...) a Pedro Peres, o Campeonato Open de Ralis tem, como habitualmente, a derradeira prova da temporada em Gondomar. Com muito por decidir, os famalicenses estarão nessas discussões, com particular destaque para o vice-campeonato.

Ausente em Penafiel, Pedro Peres regressa ao campeonato e novamente com o Mitsubishi Lancer V, naquele que será o último duelo entre Peres e o outro piloto que venceu ralis esta temporada, o famalicense Ricardo Costa, ainda a gozar o triunfo em Penafiel.

Se o título já tem dono, pelo vice-campeonato a luta promete e são três os pilotos ainda com aspirações, sendo todos eles oriundos de Famalicão. Depois de uma época muito regular e verdadeiramente espectacular, Nuno Pina/Guilherme Pereira viram o abandono na última prova permitir aos adversários aproximarem-se, mas tem ainda uma margem pontual que permite gerir o andamento e segurar o 2º lugar. Um pouco atrás está a dupla do Fiat Stilo Multijet, João Ruivo/Alberto Silva, que não baixam os braços e querem também destronar o conterrâneo da liderança da Categoria 1 (2 rodas motrizes), num rali onde têm feito boas prestações. Mas se Ruivo quer alcançar Pina, também tem que ter em atenção Ricardo Costa/Nuno Almeida, que tem tido uma época de altos e baixos, mas ainda podem levar o Mitsubishi Carisma GT até ao 2º posto e por certo terminar a temporada com mais uma vitória, que seria a terceira. Ou seja, muita animação prevista para Gondomar!

Na luta pelos lugares da frente há sempre mais nomes a ter em conta, tais como Luís Mota ou mesmo a equipa famalicense Pedro Silva/Vítor Martins, que esteve ausente em Penafiel, mas tem condições para terminar o ano com mais um bom resultado. Gil Antunes e Daniel Ribeiro são também presença assídua nos lugares cimeiros das 2 Rodas Motrizes, sendo que Ribeiro ainda tem esperanças de destronar Nuno Pina da liderança do Desafio Modelstand, onde competem os Peugeot 206 GTI. Quanto ao Troféu Fastbravo, é apenas mais uma jornada de consagração para Paulo Barros, que é já virtual vencedor da competição que abrange os Seat Marbella. No Campeonato Júnior e perante a ausência do já consagrado campeão, André Pimenta, abrem-se portas para a famalicense Mariana Neves de Carvalho alcançar o vice-campeonato.

O Rali de Gondomar apresenta o figurino habitual e sem grandes nuances a nível de traçado, com a realização da Super Especial na noite de 6ª feira e depois dupla passagem por três classificativas (Gens/Covelo, Vila Cova/Medas e Vilarinho/Melres), durante a manhã de Sábado. O que já vem sendo habitual no rali gondomarense é a chuva e a lama que abundam um pouco por todos os troços, prometendo dificultar a tarefa a pilotos e máquinas, exigindo-se portanto algumas cautelas e cuidados redobrados às 53 equipas inscritas..

Os famalicenses presentes em Gondomar são:

2 - Nuno Pina/Guilherme Pereira (Peugeot 206 GTI)
3 - João Ruivo/Alberto Silva (Fiat Stilo Multijet)
4 - Ricardo Costa/Nuno Almeida (Mitsubishi Carisma GT)
10 - Pedro Silva/Vítor Martins (Mitsubishi Carisma GT)
21 - Mariana Neves de Carvalho/Filipe Martins (Suzuki Ignis)
22 - José Janela/Frederico Carvalho (VW Polo GTI)
25 - Luís Bastos/Paulo Marques (BMW M3)
27 - Marta Neves/Márcia Gonçalves (Peugeot 206 GTI)

Toda a informação em www.raligondomar.no.sapo.pt

09 novembro 2009

José Pedro Fontes é campeão do PTCC e António Barros bisa na Resistência

O Autódromo Internacional do Algarve recebeu o fecho da temporada de 2009 no que toca aos principais campeonatos de Velocidade, com um programa bastante vasto e animado, com corridas muito disputadas até ao último segundo.

No PTCC, a luta pelo título estava ainda em aberto entre José Pedro Fontes (BMW) e Duarte Félix da Costa (Seat), mas era César Campaniço quem se mostrou mais forte nos treinos cronometrados e partia em vantagem para a 1ª Corrida. E essa vantagem foi evidente ao longo de toda a corrida, com Campaniço a terminar com mais de 10 segundos face a José Monroy, em Mitsubishi Lancer. Na luta dos candidatos, Félix da Costa foi 3º, enquanto Fontes não conseguiu melhor do que 4º lugar, mas as perspectivas para chegar ao título estavam intactas. Na 2ª Corrida, mesmo partindo de 8º, César Campaniço levou novamente o BMW 320si ao lugar mais alto do pódio, superiorizando-se a João Figueiredo por somente 10 milésimos de segundo. José Monroy foi o 3º classificado na frente de Duarte Félix da Costa, a quem o 4º lugar não foi o suficiente para retirar José Pedro Fontes, 6º classificado, da rota da conquista do campeonato.

Nos Clássicos, dupla vitória para Carlos Barbot (Lola T70), sempre secundado por Carlos Filipe Santos, em Porsche 911 que foi um adversário de respeito na luta pelo triunfo. O famalicense Luís Barros, ao volante do Ford Escort RS, foi 3º na 1ª Corrida, não conseguíndo acompanhar o ritmo dos dois pilotos da frente. Já na 2ª Corrida do dia, Barros não terminou, deixando o lugar mais baixo do pódio para Joaquim Jorge, também em Ford Escort RS.

No Campeonato de Portugal de Resistência, o piloto residente em Famalicão, António Barros, em Ginetta G20 foi um inesperado vencedor de ambas as corridas, beneficiando do abandono de António Nogueira e de um atraso da dupla Sande e Castro/Cruz Martins (Porsche 911 GT3), assim como da equipa do CVO, Luís Martins e João Fonseca. Já na manga seguinte, Barros tinha a vantagem de não ter nenhum handicap, ao contrário dos seus adversário, pelo que alcançou nova vitória, numa fase em que o piloto está numa excelente forma e os resultados aparecem em catadupa, depois da Rampa da Penha e da Super Especial de Famalicão.

Ainda presente no Algarve estiveram os Clássicos 1300, com o trofense Rui Azevedo a levar o Ford Escort RS à vitória em ambas as corridas, apesar do título já estar entregue a Miguel Ferreira. O Campeonato de Espanha de GT's e o International Open GT deram outro colorido à prova algarvia, que viu a dupla portuguesa Lourenço Beirão da Veiga e Ricardo Bravo chegar ao título na competição do país vizinho.

Fotos: Digimotores

Sortes diferentes para os famalicenses presentes na Baja Portalegre

No último fim de semana de Outubro, realizou-se a festa e o fecho do Campeonato Nacional Todo-o-Terreno com a realização da carismática Baja de Portalegre, organizada impecavelmente pelo Automóvel Clube de Portugal, onde toda a equipa do desaparecido José Megre se encontra em estreita colaboração, aquele que foi o criador da disciplina TT no nosso país.

Uma vez mais, foram escolhidas pistas muito técnicas e rápidas, com alguma dureza à mistura, no interior das vastas herdades que cobrem o magnífico Concelho de Portalegre, este ano muito secas devido à ausência de chuva e com muito pó.

Este ano dois pilotos famalicenses fizeram-se representar na prova auto, sendo eles Paulo Marques em Mitsubishi navegado por João Parreira e José Janela a navegar António Mendes, em Nissan Navara. Qualquer um deles dispensa apresentações - inclusivé ambos já venceram em Portalegre -, e nesta edição estavam montados em máquinas que lhes permitiam aspirar a um lugar no top 10, como de facto se veio a verificar logo no final do 2.º Sector Selectivo. A lista de inscritos não sendo a melhor, tinha nomes e automóveis de grande valor, já que aqui se discutia ainda os títulos nacional e europeu de Bajas.

Nomes como Filipe Campos, Miguel Barbosa, Hélder Oliveira, Leal dos Santos, Pedro Grancha, Rui Sousa, Boris Gadasin, Van Deijne, Miroslav Zapletal, Manuel Plaza, entre muitos outros, num total de 70 equipas inscritas no Evento Fia. No âmbito nacional para os carros de T8 e grupo A, contavam-se ainda mais 20 participantes.

O prólogo traçado nas proximidades de Portalegre, foi realizado na manhã de sexta-feira, posicionando os pilotos mais rápidos nos lugares da frente, com os pilotos de Famalicão integrados nos vinte primeiros, o que desde logo indiciava uma boa prestação para os 500km de pistas. Da parte da tarde correu-se o SS2 com 116km, em que Filipe Campos foi o mais rápido, com José Janela a chegar em 9.º e Paulo Marques em 10.º, lugares muito bons tendo em com os adversários em acção.

No sábado foram cumpridos dois sectores selectivos com um total de 380km, em que os famalicenses começaram bem, mas que o meio do sector matinal ditou a desistência de José Janela com o motor partido, com Paulo a aguentar a pressão dos seus seguidores e a completar o sector em 13.º lugar da geral. Nos lugares da frente tudo se mantinha em aberto, com os quatro primeiros muito próximos.

A última etapa foi discutida ao sprint, onde novamente os BMW mandaram, terminando seguidos Filipe Campos (que se sagrou campeão nacional), Miguel Barbosa e Ricardo Leal dos Santos, com o barcelense Hélder Oliveira em Nissan Pathfinder em 4.º lugar a apenas 2 sec. do 3.º. Neste sector, sem dúvida o mais longo e duro, o "Marquês" teve alguns problemas mecânicos no Mitsubishi Pajero que o fizerem atrasar bastante e o relegaram para um modesto 21.º lugar, aquém daquilo que de facto estava ao seu alcance.

Terminado o Campeonato Nacional de Todo Terreno de 2009, há que aguardar pelas 24 Horas de Fronteira e finalmente pelo novo ano, para ver se há coisas novas e um panorama do desporto automóvel com crescimento.

Redacção e Fotos: A. Neves de Carvalho

02 novembro 2009

Notas soltas da Super Especial de Famalicão

Todos os acontecimentos da Super Especial de Famalicão, disputada no passado Sábado e ganha por António Barros, num espectacular BRC.

Segundo a organização, foram 20 mil espectadores que estiveram na zona onde se desenrolou a Super Especial. Números bastante optimistas para um evento que teve menos um dia do que no ano passado, assim como não foi possível estar dentro da Escola Camilo Castelo Branco, que acompanha grande parte do percurso. Ainda assim, não se pode dizer que tenham sido poucas as pessoas presentes, apesar de algumas clareiras nas bancadas existentes. Quem não apareceu foi a chuva, ainda que tenha ameaçado por diversas situações.

Com uma lista de inscritos não tão vasta, a prova foi bastante concentrada, durando pouco mais de 4 horas. Um percurso mais curto e a rápida intervenção, por parte dos membros da organização, em casos de avaria ou despiste, também em muito contribuiu para o facto.

Perante as obras na Escola Camilo Castelo Branco, a solução foi transferir o Secretariado e o Parque de Assistência para a Escola D. Sancho. O espaço foi bastante mais reduzido e mais alternativas haveria certamente, onde até poderia ter havido outro colorido e mais acções promocionais, por exemplo. Fica a sugestão, uma vez mais.

Mais uma vez e como vem sendo normal neste tipo de provas, alguns pilotos (principalmente famalicenses) mostraram-se algo insatisfeitos em relação aos pilotos convidados e aos critérios de como esses convites são formulados. Em causa devia estar primeiramente o palmarés do piloto independentemente do carro que tripula, mas também se deve pensar mais na "prata da casa" do que nas "gentes de fora". Também não caiu bem a inclusão de alguns concorrentes posteriormente à elaboração da lista de inscritos, quando outros já tinham manifestado essa mesma pretenção e lhes foi negada.

Por vários motivos, houve várias ausências, até de alguns anunciados como cabeças de cartaz. Joaquim Jorge, Frederico Ferreira, Marco António Pinto, Pedro Meireles não compareceram, enquanto Rui Azevedo se viu forçado a ter de tripular um Ford Focus, à ultima hora. Em relação à lista de inscritos, a opinião geral defendia que houve muita qualidade, variedade e espectáculo, contudo defendia também o outro extremo, ou seja, havia um intervalo qualitativo muito alargado entre os particpantes.

Problemas de última hora surgiram ao Mitsubishi Carisma GT de Ricardo Costa, que enquanto se dirigia para a partida acusou problemas de travões. A prestação de Ricardo Costa terminou portanto ainda antes do início, uma prova que é algo azarada para o famalicense.

Numa prova com alguns incidentes, o mais grave foi provocado, involuntariamente, por João Ferreira. Já na fase final da prova, o piloto viu saltar uma das rodas do seu Renault 19 16V e uma das peças da mesma foi projectada para uma zona onde se encontrava alguns espectadores, entre os quais uma espectadora na qual a dita peça acertou. Assistida de pronto pelos BV Famalicão e posteriormente transferida para o hospital, a espectadora não sofreu ferimentos graves.

O vencedor da prova, António Barros, teve uma intevenção curiosa no final. O experiente piloto do BRC é natural do Porto, mas reside em Famalicão há cerca de 1 ano e portanto afirmou que já se sente como um famalicense e vive o espírito dos automóveis que aqui existe. É mesmo caso para se dizer: Famalicão é terra de amigos e de campeões!

Alguns pilotos famalicenses não tiveram a sorte pelo seu lado. Marco Vilas Boas teve problemas no seu BMW, tal como Filipe Martins não concluiu a prova, pois o motor do Opel Corsa não quis colaborar. José Carvalho e Miguel Castro sofreram despistes, enquanto Pedro Silva chegou ao final mas com a frente do seu Mitsubishi com novas formas. Também Martine Pereira sentiu calafrios, quando logo na primeira curva do traçado, talvez devido a pneus frios no Renault Clio, efectuou um pião que poderia ter tido outras consequências, dada a velocidade a que vinha.

Ficou também por esclarecer o critério das penalizações. Um dos concorrentes no seu apuramento falhou a travagem e derrubou por completo uma das chicanes existentes ao longo do percurso, com danos visíveis na frente do seu carro. Logicamente, e apesar do tempo perdido, efectuou um tempo que lhe deu um lugar no Top-10 e tomou por isso lugar na final. Não está em causa o piloto, está sim o não apuramento de um piloto que efectuou o percurso integralmente e sem mácula, em detrimento deste.

Depois da presença de Acuko na edição do ano passado, este ano não houve momentos de exibição, mas houve um prémio atribuído pelo público e pelos fotógrafos presentes ao piloto mais espectacular. Júlio Bastos venceu-o categoricamente, dando um verdadeiro recital no seu BMW M3. Os famalicenses Pedro Ramos e Ricardo Santos Costa também não deixaram os créditos por mãos alheias e brindaram o público belas passagens.

O homenageado desta edição foi Domingos Casimiro, um dos pilotos da Famalicão há mais tempo em actividade, que entregou o prémio com o seu nome a João Ruivo, por ter sido o melhor famalicense em prova. A organização da Válvulas e Cilindros fez questão de lembrar Nuno Carvalho, que faleceu recentemente, dirigindo-lhe um sentido texto no guia da prova.

Margarida Barbosa apurou-se para as Finais Mundiais Rotax

Na última prova do Challenge Rotax, diputada no Kartódromo do Bombarral, prova essa que dava o apuramento para as Finais Mundiais Rotax, a piloto famalicense Margarida Barbosa venceu e garantiu o passaporte para o Egipto.

Depois de uma época onde rodou sempre nos lugares cimeiros da categoria Rotax Max, Margarida Barbosa apresentou-se no Bombarral com o intuito de conseguir o tão desejado apuramento directo, que lhe fugiu ao longo da época por vários problemas. A famalicense liderou várias corridas, mas nem sempre conseguiu efectivar a vitória e esta era assim a sua derradeira chance para conseguir o tão almejado objectivo.

Margarida Barbosa cedo mostrou que estava disposta a não dar hipóteses à concorrência, obtendo o melhor tempo nos treinos cronometrados, que lhe dava óptimas perspectivas para as mangas. Contudo, um mau arranque na 1ª Corrida fez com que a jovem famalicense perdesse algumas posições e apesar de inúmeras tentativas de ultrapassar os seus principais adversários, teve que se contentar com o 3º lugar.

Para a 2ª Manga, Margarida Barbosa largou na frente, mas cedo Paulo Pereira a suplantou, mas a piloto de Famalicão nunca baixou os braços e seguiu o adversário de bem perto. Toda a pressão de Margarida teve os seus frutos após uma espectacular ultrapassagem, abrindo a partir daí alguma vantagem para o 2º classificado. Já no final, a famalicense estava bastante satisfeita: "Não esperava este lugar ,visto ao longo do campeonato as vitórias me terem fugido nas últimas voltas, mas desta vez fui buscar forças a onde não pensava ter. Agradeço ao meu irmão, aos meus pais e a todas as pessoas que me acompanharam nas provas, assim como a todos os famalicenses".

Agora, segue-se a viagem até ao Egipto, onde a Final Mundial Rotax está marcada, a partir do dia 5 de Dezembro, esperando mais um bom resultado para a jovem famalicense Margarida Barbosa, que é cada vez mais uma certeza no automobilismo da nossa cidade.