30 setembro 2008

Porto Motorshow: Armindo a brilhar, Ricardo Costa às portas do pódio e Ruivo vence as 2 Rodas Motrizes

O Porto Motorshow, em paralelo com o Salão Autoclássico, encheu por completo a Exponor, num grande espectáculo proporcionado por vários pilotos nacionais e internacionais.
Com novidades relativamente ao circuito, que agora se estendia até ao paddock, através da rampa de ligação entre dois pavilhões, criando assim um ponto espectacular: um salto, que provocou excelentes momentos.
O principal foco de atracção, o Troféu Piloto Motorshow animou todo o certame, apresentado um verdadeiro plantel de luxo, quer a nível de pilotos, quer de máquinas, trazendo inclusivé alguns pilotos espanhóis para abrilhantar ainda mais o evento. Também a dar outro colorido ao Motorshow estiveram Timo Salonen, campeão mundial de ralis em 1985 e Marc Duez, famoso por uma prestação fabulosa no Rali de Portugal de 1989, ao volante de um BMW M3. Ambos brindaram o público com várias actuações ao volante de Mitsubishi Lancer e como o cronómetro não contava, o espectáculo foi magnífico.
Nos treinos qualificativos do Troféu Piloto Motorshow, Armindo Araújo (Mitsubishi Lancer VIII) foi o mais rápido, deixando Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000) bem atrás, com João Ruivo (Fiat Punto HGT) a ser um surpreendente 3º classificado.
Na final que apuraria o sucessor de Ricardo Teodósio, algumas situações não deram o brilhantismo desejado, pois Valter Gomes considerou-se prejudicado com liquido na pista, o que suscitou uma limpeza por parte da organização e que de certa forma prejudicou o concorrente seguinte, Vítor Pascoal. Sendo o último a entrar para a pista, e apesar de sentir a pista algo escorregadia, Armindo Araújo deu um recital de condução, vencendo com toda a justiça, repetindo o feito alcançando também no Motorshow em Vigo. Valter Gomes, também em Mitsubishi Lancer VIII, foi o 2º classificado, apesar de um toque nos jerseys, embora só tenha conseguído melhorar o seu tempo após a repetição que a organização permitiu que o piloto fizesse. No lugar mais baixo do pódio terminou o espanhol Amador Vidal, também ele a tripular o Mitsubishi Lancer VIII, autor de um magnífico salto que deixou os presentes completamente ao rubro.
Logo atrás, surgem dois famalicenses presentes, Ricardo Costa e João Ruivo. O primeiro, ao volante do Mitsubishi Lancer VI, não teve feliz no apuramento, mas redimiu-se na final, numa prestação muito boa para o famalicense, em que de alguma forma também poderá ter perdido o lugar no pódio, com a repetição já referida. O segundo, no Fiat Punto HGT, venceu a categoria destinada às 2 rodas motrizes, depois de um duelo - no mesmo carro - com Pedro Leal e com Carlos Matos. O jovem piloto de Famalicão esteve ao melhor nível, fazendo diabruras com o pequeno Fiat, alcançando o 5º lugar final, na frente de alguns pilotos bem melhor equipados. José Pedro Miranda, também ele apurado para a final, no seu Peugeot 206, não foi além do 12º lugar final. O campeoníssimo Joaquim Santos (Ford Escort RS) foi o mais rápido entre os Clássicos, não sem antes ter causado algum desagrado aos espectadores, pela organização ter permitido uma repetição depois de uma falsa partida. As pazes foram feitas quando o antigo campeão nacional de ralis brindou os presentes com uma condução verdadeiramente espectacular, culminando num salto fantástico.
Classificação Final
1º Armindo Araújo (Mitsubishi Lancer VIII) - 1m02,53s
2º Valter Gomes (Mitsubishi Lancer VIII) - 1m06,69s
3º Amador Vidal (Mitsubishi Lancer VIII) - 1m06,85s
4º Ricardo Costa (Mitsubishi Lancer VI) - 1m06,94s
5º João Ruivo (Fiat Punto HGT) - 1m07,34s
6º Pedro Leal (Fiat Punto HGT) - 1m07,69s
7º Vitor Pascoal (Peugeot 207 S2000) - 1m07,73s
8º Joaquim Santos - (Ford Escort RS) - 1m08,32s
9º Carlos Matos (Renault Clio S1600) - a 1m08,82s
10º Jorge Areias (Opel Kadett GTE) - 1m13,21s
12º José Pedro Miranda (Peugeot 206) - 1m17,11s
Fotos:
Ricardo Cunha (Pregoafundo.com)

Rampa da Penha: Nuno Pina no top ten em mais um exito de Salvador

Na primeira das duas incursões do Campeonato de Portugal de Montanha a Guimarães, Pedro Salvador, em Juno SSE, venceu categoricamente, com larga vantagem perante a concorrência, permitindo-lhe ainda ascender à liderança da tabela classificativa.

Pedro Salvador venceu com quase 10 segundos de vantagem sobre João Portinha, em SilverCar. Portinha tem estado cada vez mais à vontade com a sua máquina e os resultados começam a aparecer, apesar da intensa luta travada com António Barros, em BRC CM02, o que espelha a competividade e a variedade que a Montanha apresenta.
Paulo Ramalho, também em Juno SSE, teve um ligeiro despiste numa subida de treinos, porém apresentou-se na derradeira tentativa, ainda assim sem hipóteses de se bater com Salvador, não conseguíndo melhor que o 4º lugar e a queda para a 2ª posição no campeonato.
Nuno Pina esteve presente, novamente ao volante do Renault Clio RS com que venceu a Super Especial de Famalicão, mostrando uma rápida adaptação a este estilo de competição, tal como o resultado final o comprova. O famalicense cedo começou a dar nas vistas na Categoria 1, sendo constantemente 2º colocado, perante a impossibilidade de alcançar António Nogueira, em Porsche 911 GT2. Na derradeira hipótese, e depois de dois bons cronos, Nuno Pina consegue melhorar a sua melhor marca e com isso termina a prova vimaranense no 10º lugar da classificação geral, 2º entre os concorrentes inseridos na Categoria1. "Foi mais uma experiência positiva, gostei muito mesmo, apesar de por vezes sentir a falta do navegador ao lado, principalmente nas primeiras subidas. O carro esteve impecável, mas mesmo assim o 1º lugar era inalcançável, portanto acho que fiz o que era possível e estou bastante contente." Quanto ao futuro, Nuno Pina deixa tudo em aberto: "Este ano vou fazendo provas aqui e ali, mas fico sempre com a vontade de repetir, quem sabe se não volto a fazer Montanha. Resta-me agradecer a quem me disponibilizou o carro e a quem me apoiou nesta experiência."
Classificação Geral
1º Pedro Salvador (Juno SSE) (1º Cat. 2), 2m04,891s
2º João Portinha (Silver Car), a 9,692s
3º António Barros (BRC CM02), a 10,998s
4º Paulo Ramalho (Juno SSE), a 14,433s
5º Joaquim Teixeira (Radical SR3), a 15,166s
6º António Nogueira (Porsche 911 Turbo), a 15,854s
7º Joaquim Rino (BRC CM05), a 18,125s
8º Luís Nóvoa (BRC CM02), a 20,828s
9º João Fonseca (BRC CM02), a 21,272s
10º Nuno Pina (Renault Clio RS), a 33,323s

A próxima etapa do Campeonato de Portugal de Montanha, é novamente na cidade-berço de Portugal, agora com organização do Motor Clube de Guimarães, marcada para 17 e 18 de Outubro.

Foto: Nuno Pimenta

Poucos quilómetros para Luís Campos

No passado fim-de-semana a equipa AMF/PILOTCAR esteve presente em mais uma prova, desta vez o Rali de Amarante, contando para o Troféu Regional de Ralis Douro.

A equipa ingressou neste Rali apenas com o objectivo de fazer quilómetros, pois era necessário ganhar ritmo competitivo e rodar em piso de terra depois do infortúnio da última prova. Infelizmente os quilómetros realizados pela equipa não foram muitos, pois após uma excelente Super-especial que teve lugar sábado à noite na cidade de Amarante, onde a equipa realizou o 10º tempo à geral, no dia de domingo o azar bateu novamente à porta da dupla, que não conseguiu evitar um toque numa pedra ainda nos quilómetros iniciais da primeira classificativa, provocando alguns danos no carro que hipotecaram todas as hipóteses de a dupla continuar em prova.
"Fizemos uma super-especial à noite muito boa, sabíamos que tínhamos andamento para alguns dos carros presentes neste Troféu Regional, mas não esperávamos tanto, foi uma surpresa agradável, o que nos deu motivação extra para andar no dia seguinte. Infelizmente, não conseguimos fazer muitos quilómetros, entramos bem na classificativa e estávamos a gostar muito do comportamento do carro, mas um toque numa pedra mais saliente fez com que a roda da frente recuasse e isso fez com que fosse impossível continuar, pois num rali em que nada está em jogo para nós, como acontecia neste, o melhor é sempre minorar os problemas, pois o troço ainda era longo e tínhamos receio de estragar mais alguma coisa no carro", explicou o famalicense Luís Campos.
Com este infeliz acontecimento, a equipa espera ter acabado com os azares, pois na próxima prova tudo vai contar e é essencial fazer um bom resultado. A realizar-se nos dias 18 e 19 de Outubro, o Rali de Loulé vai contar com todo o "plantel" do Troféu Fastbravo e a dupla do bólide verde tudo vai fazer para se apresentar ao seu melhor nível, desta vez a sul do pais.

28 setembro 2008

Bricoonda impede nova vitória do Team Mabar

Na passada 5ª feira, o Indoor Karting Famalicão foi palco de mais uma prova do Ponto de Encontro Empresas-IKF, naquela que foi a 4ª jornada deste troféu em que o convívio e a boa disposição são evidentes.
Depois do domínio nas três corridas anteriores, o Team Mabar não conseguiu desta feita obter nova vitória, cabendo à Bricoonda a façanha de terminar a série consecutiva da equipa Team Mabar. Obtendo o melhor tempo na sessão de treinos cronometrados, a Bricoonda manteve a liderança ao longo das 2 horas de prova, sempre com um ritmo muito forte e equilibrado entre os membros da equipa, que permitiram alargar a vantagem para o 2º classficado à medida que a corrida evoluia.
Numa luta pelo 2º lugar, estiveram o Team Mabar e São Carlos-Imobiliária, porém a vantagem sorriu aos primeiros quando o kart da São Carlos-Imobiliária se foi abaixo numa troca de piloto, aumentando com um pião provocado por um toque. Em termos de campeonato, o Team Mabar ganha aqui mais um ponto em relação aos mais directos perseguidores, o que não deixa de ser positivo para a jovem equipa.
A Avetel soma um 4º lugar importante, cimentando o 3º lugar do campeonato, depois de uma prova bastante consistente e muito equilibrada, sustendo ainda a pressão da equipa espanhola VG na fase final da corrida. Também a Celoplás se intrometeu nesta luta, porém alguns contratempos impediram a equipa de melhorar a 6ª posição.
De realçar a presença de uma equipa integralmente feminina, apoiada pela Cidade Hoje Rádio/Jornal, que se bateram bravamente no pelotão, sempre com muito empenho e muita boa disposição. No final, foram audíveis os aplausos merecidos, bem como foi entregue um troféu às pilotos que deram um colorido diferente a esta prova.
A próxima prova do Ponto de Encontro Empresas IKF tem lugar a 20 de Novembro, naquela que será a última corrida de 2 horas, antecendendo a prova raínha, marcada para Dezembro e que terá a duração de 6 horas.
Classificação Final
1º Bricoonda
2º Team Mabar
3º São Carlos-Imobiliária
4º Avetel
5º VG
6º Celoplás
7º Semet
8º Armindo Fernandes Gomes, Lda
9º Mosanto
10º Guimar, SA
11º Cidade Hoje Rádio/Jornal

Classificação Troféu
1º Team Mabar (47 pts)
2º São Carlos-Imobiliária (43 pts)
3º Avetel (37 pts)
4º Celoplás (30 pts)
5º VG (30 pts)
6º Bricoonda (30 pts)
7º Armindo Fernandes Gomes, Lda (26 pts)
8º Semet (20 pts)
9º Mosanto (19 pts)
10º Team Famalicão (15 pts)
11º Cidade Hoje Rádio/Jornal (6 pts)
12º Guimar, SA (4 pts)
13º Macominho/Gintáqua (3 pts)

Fotos: António Neves de Carvalho

25 setembro 2008

4ª prova Ponto de Encontro Empresas-IKF é hoje

A meio do campeonato e depois de três provas já realizadas, quem sairá vencedor da proxima prova do Ponto de Encontro Empresas-IKF? Com a duração de 2 horas, serão doze as equipas que tomarão parte da 4ª prova deste troféu e irão à procura da tão desejada vitória.

Somando por vitórias as participações anteriores, o Team Mabar é, naturalmente, candidato à vitória, fruto de uma composição muito equilibrada e rápida. Bem perto dos líderes do Ponto de Encontro Empresas-IKF, a equipa São Carlos - Imobiliária quererá por certo melhorar os 3 segundos lugares obtidos, o que apesar de serem óptimos resultados, não deixa de ser um pouco frustrante. Mais atrás e depois de uma corrida menos conseguída, surge a Avetel que tentará diminuir o prejuízo face aos dois primeiros e se possível aumentar a vantagem que possui relativamente ao 4º classificado do troféu, a Celoplás, que tem vindo a melhorar a olhos vistos, somando mesmo um lugar no pódio na última corrida. A fechar os 5 mais pontuados, surge a equipa espanhola VG, a apenas um ponto de subir na tabela classificativa.
Em busca de bons resultados que permitam melhorar a classificação, surgem as equipas Armindo Fernandes Gomes Lda, Bricoonda, Team Famalicão, Mosanto, Semet, Cidade Hoje Rádio/Jornal e Guimar SA, algumas delas já se mostraram capazes de lutar pelos primeiros lugares, mas o azar bateu à porta e não permitiu efectivar esses resultados.
A partir das 20h00 de hoje, já ecoaram os motores, com o início dos treinos cronometrados, para meia hora mais tarde ter lugar a partida para as 2 horas que compõem a prova organizada pelo Indoor Karting Famalicão.

Novamente de Clio, agora é a vez da montanha

O famalicense Nuno Pina, recém vencedor da 3ª Edição da Super Especial de Famalicão, irá estar presente na Rampa da Penha, em Guimarães, já no próximo fim de semana.
Segundo o piloto, "é mais uma experiência nova, vou com o intuito de me divertir e aprender esta modalidade. Naturalmente, só é possível com a ajuda dos patrocinadores e amigos que estão comigo a apoiarem-me, a quem só tenho que agradecer a confiança depositada".
Nuno Pina, conhecido pela sua exuberância e rapidez, irá utilizar novamente o Renault Clio RS, naquela que é a sua primeira prova em Montanha, depois de um ano em que já efectuou ralis, provas de circuito e karting, mostrando a sua versatilidade, pois tem obtido bons resultados.
A Rampa da Penha, sob a organização do Futebol Clube do Porto, tem marcado para a tarde de Sábado as subidas de treinos e ainda a 1ª subida oficial, para no dia seguinte haver ainda uma sessão de treinos livres, antes da subida oficial final.

24 setembro 2008

Fotos e declarações da Super Especial

Fique com uma galeria de fotos e as declarações de alguns intervenientes da edição de 2008, da Super Especial de Famalicão:
Super Especial de Famalicão 2008


Nuno Pina, vencedor: "Foi uma grande alegria vencer em casa! Agradeço esta oportunidade à AMOB e à pessoa do Luís Barros que me possibilitou este grande momento, perante uma multidão de milhares de aficionados. Senti ao longo do percurso um apoio incondicional de todos os famalicenses, para eles, o meu muito obrigado. Se poder cá estarei para o ano. Esta organização merece todo o nosso esforço".

Jorge Paulo Oliveira – Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão: "Depois de uma primeira que correu bem, a segunda muito bem, esta terceira foi certamente a melhor de todas! Foi uma mensagem muito positiva que saiu de Famalicão em prol do desporto automóvel, com muito público e uma lista de participantes que ascendeu à centena. Um evento para continuar".

Armando Moura da Silva: "É com enorme satisfação que vejo recompensado em vida tudo aquilo que fiz à muitos anos atrás. É o reconhecimento d tudo quanto dei ao desporto automóvel e, uma dupla alegria entregar este troféu que premeia um famalicense ao vencedor desta excelente super especial".

23 setembro 2008

Simulacro de acidente num rali põe à prova as capacidades dos B. V. Famalicão

Inserida na Feira do Associativismo e da Juventude de Vila Nova de Famalicão, bem como aproveitando o facto de decorrer a Super Especial de Famalicão, uma iniciativa pioneira dos Bombeiros Voluntários de Famalicão levou até ao Parque da Feira muitos curiosos para assistirem a um simulacro de um acidente num rali.

O Team Famalicão associou-se a esta iniciativa, disponibilizando uma viatura, o Fiat Uno do Challenge Desafio Único. A acção consistia num despiste de um carro de rali contra o carro do controlador, que começava a arder. Para além do incêndio, estariam feridos quer o piloto, quer o controlador, o que exigia uma acção bastante abragente à equipa de socorro.
Prontamente chegados ao local com várias viaturas adequadas ao tipo de situação (ambulâncias, desencarcerador, viatura combate incêndios, viatura de apoio médico), os Bombeiros Voluntários de Famalicão mostraram ao muito público presente o seu modo de acção neste tipo de acidente, sendo conveniente lembrar que são eles os responsáveis pelo socorro no Circuito Vasco Sameiro e no Kartódromo Internacional de Braga, bem como no Rali de Famalicão e no passado fim de semana, na Super Especial de Famalicão. Retrando o mais fielmente possível o acidente e todas as dificuldades inerentes que um carro de competição apresenta, os vários bombeiros chamados mostraram uma enorme coordenação, desde o cuidado com os feridos - o piloto e o controlador -, bem como com o carro incendiado, nunca descurando a segurança dos espectadores, tal como de um verdadeiro rali se tratasse.
Filipe Martins, um dos promotores desta iniciativa, bem como parte integrante da mesma, uma vez que foi ele o "acidentado", considerou fundamental este simulacro. "A altura escolhida foi a ideal, pois a Super Especial movimenta muita gente e dada a proximidade com o público, os Bombeiros têm de estar alerta e é importante para todos sentirem-se seguros, o que de alguma forma foi transmitido no simulacro. Como somos responsáveis por várias provas automobílisticas, temos de estar preparados para qualquer ocorrência, e se tudo correu pelo melhor, é sinal que estaremos preparados caso suceda um infeliz acaso destes numa prova", referiu. Apesar do sucesso, Filipe Martins chama a atenção: "Foi pena não terem vindo muitos pilotos, para terem a noção do modo como devem reagir neste tipo de situações, que oxalá não venham a suceder".
Num concelho muito ligado à competição motorizada, com várias equipas e pilotos envolvidos neste meio, para além da presença dos B. V. Famalicão em inúmeras provas, é sempre importante realizar estes exercícios de treino, mas o mais realistas possíveis, para aperfeiçoar e desenvolver técnicas de socorro e salvamento, quer às equipas de bombeiros, quer aos acidentados, para que estes também saibam como estar e seguir as instruções dadas pelos especialistas.
Uma vez mais, Famalicão na vanguarda do Desporto Motorizado!

E o azar teima em não largar Ricardo Costa

Nem deu para aquecer, tantas foram as adversidades! A sexta jornada do Campeonato Nacional de Ralis – Rali Centro de Portugal, disputada nas estradas de asfalto da região da Marinha Grande e Pedrógão Grande, foram pouco colaborantes com a mecânica do Mitsubishi Evo VIII da dupla da Macominho Rally Team.

Ricardo Costa e Nuno Almeida sentiram o primeiro percalço logo na especial de abertura com um furo a atrasar a dupla famalicense, seguindo-se a "estranha" quebra do suporte da coluna de direcção. "Obrigou-nos a realizar toda a etapa em condições adversas e dificultadas pelo facto de se realizar à noite. Estas contrariedades logo no inicio do rali colocou-nos praticamente fora da corrida com vista a um lugar no pódio do agrupamento de produção".
Os famalicenses viriam a sofrer novo golpe de infelicidade no reatar da prova – 2ª etapa -, quando o motor do Mitsubishi começou a perder potência: "Foi uma situação pouco explicável, o carro à saída do parque estava em boas condições e, de um momento para o outro - já em plena especial -, começou a fraquejar. Acendeu-se a luz do óleo e optamos por parar. São coisas inesperadas, mas que também acontecem nas corridas", explicou o piloto de Famalicão, resignado com o que de mau lhe tinha acontecido. "A equipa técnica não merecia este resultado, depois de tudo o que fizeram ao longo dos últimos dias na preparação do carro", lamentou Ricardo Costa.
Esta desistência vem deitar por terras as escassas possibilidades de vir a ocupar um lugar condizente com as potencialidades do piloto famalicense: "foi pena, queria aproveitar esta prova para poder agradecer na estrada o imprescindível apoio de todos os patrocinadores e toda a equipa que tem vindo a trabalhar na Macominho Rally Team" concluiu o piloto que não tem ainda garantida a presença nas derradeira jornadas do campeonato.

César Machado e João Ferreira são campeões no Challenge Rotax

No passado fim de semana, o Kartódromo de Viana do Castelo acolheu a última jornada do Challenge Rotax Norte, numa etapa igualmente pontuável para a Copa Ibérica, onde se decidia quem garantia a vitória no campeonato e consequente apuramento para as finais mundiais Rotax, que terão lugar em La Conca, no sul de Itália.

Foi uma prova em grande para os pilotos de Famalicão, com João Ferreira e César Machado a sagrarem-se campeões nas classes Mini Max e Júnior, respectivamente, com Mário Dias, o piloto do Indoor Karting Famalicão, a garantir o apuramento para as finais mundiais, em virtude do seu 2º lugar.

Começando pelos mais novos, na Mini Max, estiveram presentes Vasco Barros e João Ferreira. Nos treinos cronometrados, Vasco Barros classificou-se na décima quinta posição, para depois na manga de qualificação lutar bravamente até conseguir obter o 11º lugar, o possível mediante as circunstâncias. Na pré-final, o piloto apoiado pela AMOB, foi demonstrando mais habituação ao desenrolar dos acontecimentos, obteve o 9º lugar e um andamento bem mais consistente e regular.

Na final, o jovem Vasco Barros, partindo do 9º posto, sentiu algumas dificuldades em subir na classificação, superando apenas um lugar, no desenrolar de uma prova em que continuou o seu processo de aprendizagem nesta modalidade. "Estou muito satisfeito com esta prova. Fiz aquilo que me foi solicitado, ou seja aprender e se possível não cometer erros" disse o piloto de Famalicão, Vasco Barros, que fez ainda o balanço da temporada: "Como esta era a minha primeira época no Challenge, devo afirmar que os objectivos a que nos propusemos foram alcançados. Com muita vontade e com espírito de aprender, estou satisfeito".

Numa jornada em que nem tudo foi perfeito, o famalicense João Ferreira apenas se limitou a gerir os seus adversários directos. Nos treinos cronometrados e quando o pequeno João se preparava para entrar em pista, a bateria do seu bólide não quis colaborar obrigando o piloto da Padock Competições a ficar nas boxes e a não realizar tempo, partindo para a primeira corrida no ultimo lugar da grelha. Na manga de qualificação, João Ferreira vai em busca de um lugar condizente, num ritmo que aliava a cautela com muita garra, fazendo um pouco aquilo a que já nos habituou, recuperando vários lugares, mas um toque com outro adversário mais lento e em que nada facilitou a passagem do jovem famalicense atirou-o para a décima terceira posição.

Na pré-final, João Ferreira não baixa os braços e recupera várias posições terminando esta corrida na quinta posição, lugar excelente para mais de perto controlar o seu principal adversário no troféu. Na final, o piloto da Padock Competições mostrou aos seus adversários uma grande maturidade, optando por pensar no campeonato e não na corrida, que terminou na quinta posição. "Estou muito satisfeito com o título conquistado, pois esse era o nosso objectivo, apesar daquele contratempo á entrada dos treinos cronometrados tudo correu bem e apenas limitei-me a gerir a prova dos meus adversários" disse João Ferreira. Também em jeito de balanço, adiantou: "Gostaria de agradecer todo o trabalho desempenhado pelos meus mecânicos. Um agradecimento extensivo aos meus famíliares."

A derradeira ronda confirmou a supremacia de César André Machado ao longo de toda a competição, ao vencer a quarta das seis finais. A jornada de Viana do Castelo nem começou bem para o piloto famalicense ao obter apenas o segundo tempo nos treinos cronometrados: "Tivemos alguns problemas com a afinação do karting, mas, fomos melhorando e acertando com os melhores alinhamentos cada vez que entrava em pista" começou por dizer o famalicense que obteve igual posição na primeira manga de qualificação, mantendo um olhar atento sobre os principais candidatos ao título. "Tudo estava ainda em aberto mas tinha consciência que só um grande desaire me impediria de chegar à vitória".

Se César André assim o pensou melhor o soube desempenhar, dando um recital de condução e provou uma vez mais que continua a possuir qualidades que o definem como um das grandes esperanças do desporto motorizado nacional. Na pré-final e, já com o karting excelentemente preparado pela equipa de assistência: "Parti bem cedo em busca da vitória o que veio a acontecer, permitindo largar dos lugares da frente para a grande final". A consagração viria na derradeira corrida final, quando o jovem, piloto de Famalicão não vacilou e chegou na frente de todo o pelotão selando o título da Rotax Júnior: "Foi muito bom ter terminado a ganhar, foi mais uma vitória, mas esta, com sabor especial. Este resultado permite-me desde já assegurar um lugar entre os melhores".

A derradeira bandeirada xadrez foi recebida com grande entusiasmo pelo piloto e pelos seus assistentes: "Uma alegria enorme. Um feito que não era possível sem a ajuda da Padock Competições e da AMOB, para alem do imprescindível apoio dos meus pais e do Jorge, Muito Obrigado a todos quantos comigo colaboraram", concluiu César André Machado, campeão da Rotax Junior e campeão Ibérico.

O famalicense Miguel Barbosa também esteve presente em Viana do Castelo, conseguíndo um 2º lugar na pré-final, para depois não ir além do 4º lugar na corrida decisiva. Já na Copa Ibérica, as coisas não correram tão bem a Miguel Barbosa, sendo 5º na pré-final e 7º na final. "Foi uma prova bastante difícil, porque eram mais de 40 pilotos a lutar por um lugar na final mundial, mas não está tudo perdido, porque ainda temos a final nacional em Novembro".

Na classe DD2, Mário Dias alcançou um brilhante 2º lugar final, porém e como o 1º classificado não entra nas contas do apuramento, foi o famalicense o mais beneficiado, "carimbando o passaporte" para Itália, numa época em que nem tudo correu como o esperado ao piloto IKF.

Num ano extremamento positivo no que diz respeito a títulos em karting, depois de Mauro Marques se ter sagrado Campeão Nacional KF2, surgem mais dois títulos no Challenge Rotax, com Vasco Ferreira a triunfar na Mini Max e César André Machado na Júnior, o que prova que Famalicão está no caminho certo para fazer singrar novos valores seguros no automobilismo nacional e, quem sabe, internacional, nos próximos anos.

As finais mundiais Rotax realizam-se entre os dias 27 e 30 de Novembro, em Muro Leccese, no Kartódromo La Conca, um dos melhores circuitos de karting do mundo.

22 setembro 2008

Breves Super Especial de Famalicão

Fique a saber as principais incidências da Super Especial de Famalicão, uma prova que já vai na sua 3ª edição consecutiva.
Foram 20 mil espectadores que estiveram na zona escolar e desportiva de Famalicão a assistir à Super Especial. O São Pedro ainda ajudou, mas quer no Sábado, quer no Domingo, a chuva apareceu já no final das provas, dificultando a prestação dos pilotos.
Acuko foi uma das estrelas da Super Especial. O jovem famalicense que é Campeão Nacional de Stunt Riding actuou várias vezes ao longo do programa, intercalando entre um quad, uma mota e ainda um fabuloso Mini, deixando os presentes completamente em extâse com as suas acrobacias.
Surpresa no dia de Domingo foi Miguel Campos que foi convidado pela organização a fazer uma demonstração ao volante do Peugeot 306 Maxi com que Manuel Ferreira realizou a Super Especial. Com um bom nível, o ex-Campeão Nacional de Ralis brindou o público com um estilo de condução espectacular, embora se ouvisse nos bastidores que de certa forma é injusto um piloto ser convidado pela organização, enquanto outros se esforçam ao máximo para estar presentes e por vezes não serem sequer apurados.
A fórmula de apuramento deixou alguns pilotos algo confusos, sob se teriam ou não superado essa fase para participarem no dia das finais. Também causou algum burburinho e sentimentos de injustiça, o facto de ter havido pilotos que não se qualificaram no dia de Sábado e estavam presentes na Final, com um número diferente nas portas.
Azarado esteve João Ruivo. Impossibilitado de estar presente com o Fiat Stilo Multijet, com que milita no Open de Ralis, o famalicense alinhou num Porsche Boxster, porém a prestação terminou de encontro com uma árvore, embora sem mazelas físicas para o piloto.
Várias ausências se fizeram notar, quer na lista de inscritos, quer na prova. Se nos concorrentes inscritos não se visualizaram nomes como o vencedor da 1ª edição, Joaquim Jorge, bem como os pilotos locais Frederico Ferreira, Luís Campos, Jorge Lopes, Luís Barros, entre outros, nos inscritos faltaram nomes como José Pedro Gomes, ele que venceu a Super Especial de Famalicão no ano passado e Rui Ferreira da Silva, apontado como um dos favoritos.
Muitos famalicenses estiveram em prova, sendo notória a aclamação quando passavam junto de locais onde, provavelmente, familia e amigos os apoiavam. Nos vinte mais rápidos, contam-se bastantes, nomeadamente, Nuno Pina (1º, Renault Clio RS), Martine Pereira (3º, Renault Clio RS), Pedro Rodrigues (6º, Subaru Impreza WRX), Isaque Pinto (7º, Citroën Saxo), Marco Vilas Boas (10º, Peugeot 205 GTI), José Pedro Miranda (15º, Toyota Corolla T Sport), Rodrigo Silva (16º, Austin Mini 1275 GT), José Pereira (17º, Mitsubishi Colt), José Janela (18º, Citroën Saxo) e José Mendes (20º, Ford Escort RS Cosworth).
Ricardo Costa também não marcou presença na Super Especial. O famalicense, depois do problema com o Mitsubishi Lancer VIII no Rali Centro de Portugal, iria alinhar no seu carro de treinos, o Mitsubishi Lancer VI, deixando o outro carro em exposição. Num mal entendido entre a organização, e após a estrutura estar toda montada num local fora do parque de assistência, foi dito ao piloto que não poderia estar ali de modo algum, por um elemento do Demoporto. Ricardo Costa não teve meias medidas e desmontou tudo, voltando a colocar os carros no camião e foi-se embora, bastante desagradado com esta dualidade de critérios e pela atitude da organização, como foi visível pelos presentes. Após ter estado uma outra viatura no mesmo local no dia anterior, parece uma vez mais falta de compreensão organizativa face a alguns pormenores, pois nota-se esforço por parte de pilotos, que mesmo impossibilitados de correr fazem questão de estar presentes e de divulgar a sua imagem, sabendo que muitos dos patrocinadores e amigos são da terra, naquela que é considerada a festa do automobilismo famalicense.
Presente no recinto do parque de assistência, esteve a estrutura da Padock Competições, com a presença apenas do Toyota Land Cruiser com que Céu Pires de Lima e o famalicense Filipe Martins fizeram o Pax Rally. Também em exposição encontrava-se um Ford Escort RS, quiçá para uma futura participação da equipa famalicense numa competição de clássicos.

Vitória em casa para Nuno Pina

Mais uma vez, a Super Especial de Famalicão teve um vencedor da terra! Depois da vitória no ano passado de José Pedro Gomes, a edição de 2008 consagrou Nuno Pina como o terceiro piloto diferente a vencer o evento famalicense.

Perante os cerca de 20 mil espectadores colocados ao longo dos 1,8 km que o traçado cumpria, o dia de ontem foi dedicado exclusivamente às finais, com os 32 apurados de Sábado, juntando-se outros tantos automaticamente qualificados. Aos vinte mais rápidos da final, dava-se o direito de nova passagem cronometrada, contando para a classifcação final o melhor dos dois tempos conseguidos.

Nuno Pina (Renault Clio RS) apostou tudo logo na primeira passagem, pois a chuva já se avizinhava e tal como viria a suceder, apareceu mesmo na finalíssima, não permitindo melhorias de tempo aos favoritos, preferindo o famalicense apostar num ritmo cauteloso e com margem de segurança. Numa táctica muito rápida logo no início e não privilegiando tanto o espectáculo, o famalicense venceu ainda o Troféu Armando Moura da Silva, destinado ao piloto de Famalicão melhor classificado, ele que se revelava extremamente contente no final. "Ganhar aqui é espectacular, não podia estar mais feliz por vencer em casa".

Na 2ª posição e a escassos 0,1 segundos, ficou António Teixeira, em Mitsubishi Lancer VI, vencedor da Classe 5, enquanto no último lugar do pódio classificou-se outro famalicense, Martine Pereira, em Renault Clio RS 2000. José Artur Teixeira, em Mini 1275 GT, juntou o 4º lugar final à vitória na Classe 1 e Aventino Carvalho, num Peugeot 306, foi o melhor na Classe 3. Patrícia Silva (Alfa Romeo 33) foi a melhor participante feminina.

Em termos desportivos, a 3ª Super Especial de Famalicão foi uma aposta ganha, superando o risco que poderia ter sido o aumento dos dias de competição, cabendo desde já à organização encabeçada pelo Demoporto e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão pensar na próxima edição, esperemos nós que seja mais um sucesso.


21 setembro 2008

Num rali sem interesse nenhum, Bruno Magalhães sagra-se campeão nacional

O segundo dia do Rali Centro de Portugal fez evidenciar ainda mais o pouco interesse qualitativo e a falta quantitativa que o principal campeonato de ralis em Portugal está a sofrer.

Mais ainda se compararmos os tempos da etapa de 6ª feira, com os tempos realizados pela caravana do Open de Ralis - os troços eram os mesmo do Rali Vidreiro - e virmos que há pilotos do Open capazes de lutar pelos lugares pontuáveis do Campeonato de Portugal de Ralis. Havendo quem continue a insistir que os dois campeonatos não são compatíveis, será que com dados destes a mesma tese continua a ser verdade? No dia de 6ª feira, o regresso de um GT aos ralis pelas mãos de Mex, a estreia do Seat Leon TDi de Barros Leite e a espectacularidade dos troços nocturnos ainda deram alguma emoção, o dia de Sábado foi um verdadeiro marasmo.
Aquilo que muitos preveram, aconteceu mesmo, com Bruno Magalhães a sagrar-se, pelo segundo ano consecutivo, Campeão Nacional de Ralis, vencendo também o rali. Numa prova ao nível a que nos habituou, ou seja, rápido mas assim que o rali estava ganho, começou a gerir em ritmo de cruzeiro, embora sempre concentrado pois a chuva não permitia grandes desatenções. Aliás, o piloto do Peugeot 207 S2000 mesmo assim vence as provas especiais todas, à excepcção das super especiais de 6ª feira, o que deixa transparecer o desequilibrio patente no Campeonato de Portugal de Ralis.
A tarefa de Bruno Magalhães em vencer o rali ficou mais fácil com a desistência de José Pedro Fontes, com o motor do seu Fiat Punto S2000 a "entregar a alma ao criador", dando de mão beijada o título ao piloto lisboeta. José Pedro Fontes nunca foi capaz de colocar o vencedor do rali em sentido, nem conseguiu encetar uma recuperação visível depois de ter cometido um erro precioso ainda na 6ª feira.
Vítor Pascoal/Joaquim Duarte, em Peugeot 207 S2000, viram o 2º lugar "cair do céu", pois viram a concorrência afastar-se ao longo do dia, devido a vários problemas. Não deixa de ser um bom resultado para o piloto, mas o facto de ter ficado a mais de 2m30 do vencedor é um facto deveras assustador e que espelha o tal desequilibrio entre Bruno Magalhães e os "outros". A fechar o pódio e terminando com uma série de provas em que o azar vinha sucessivamente a bater à porta, Pedro Meireles venceu ainda o agrupamento de Produção, ao volante de um Subaru Impreza WRX. Meireles ainda sofreu a pressão de Pedro Leal na fase inicial da etapa de hoje, mas a perda de tempo do piloto do Fiat Stilo Multijet fez com que ficasse mais à vontade no 3º lugar.
Carlos Matos, navegado pelo famalicense Vasco Ferreira, alcançou a sua melhor classificação no Campeonato de Portugal de Ralis, dando ainda um passo importante em termos da classe S1600. O piloto do Renault Clio S1600 conseguiu manter a posição face aos ataques pouco ferozes de Barroso Pereira, em Fiat Punto S2000, que se resignou ao 5º lugar final.
José Janela, o famalicense que é o co-piloto de Adruzilo Lopes, terminou a sua prova, até aí excelente, com uma ligeira saída que deixou algumas mazelas de foro mecânico no Subaru Impreza WRX. Adruzilo perde assim uma oportunidade de se distanciar no agrupamento de Produção, depois do abandono de Fernando Peres no dia de ontem, porém mantém-se na liderança e adiando a decisão para os últimos dois ralis.
Ricardo Costa e Nuno Almeida ainda começaram o dia com o intuito de minimizar o prejuízo do primeiro dia, onde um furo e a coluna de direcção foram as "dores de cabeça". Mas na 2ª especial de Sábado, ficaram fora de prova, por avaria mecânica no seu Mitsubishi Lancer VIII, somando mais um azar ao longo do ano, eles que se tem mostrado rápidos enquanto andam em prova, não conseguíndo, porém, efectivar essa rapidez em resultados. Melhor sorte se espera para a dupla famalicense.
Terminou assim a 6ª prova do Campeonato de Portugal de Ralis, onde ficou dramaticamente patente a má forma da competição principal de provas de estrada. Poucas equipas na estrada, pouca animação e pouco publico.
Classificação Final
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 1h16m44,4s
2º Vitor Pascoal/Joaquim Duarte (Peugeot 207 S2000) - a 2m39,7s
3º Pedro Meireles/Jorge Henriques (Subaru Impreza WRX) - a 3m37,0s
4º Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600) - a 4m39,0s
5º Nuno Barroso Pereira/Nuno Rodrigues da Silva (Fiat Punto S2000) - a 5m11,3s
6º Pedro Leal/Redwan Cassamo (Fiat Stilo Multijet) - a 5m25,5s
7º Paulo Louro/Vitor Hugo (Citroën C2) - a 5m54,8s
8º Paulo Antunes/Aloísio Monteiro (Citroën C2) - a 6m27,3s
9º Luís Cardoso/Isabel Branco (Mitsubishi Lancer VIII) - a 7m38,0s
10º Carlos Costa/Alberto Oliveira (Citroën C2) - a 9m31,2s
Classifcação CPR
1º Bruno Magalhães (75 pts)
2º José Pedro Fontes (45 pts)
3º Vítor Pascoal (42 pts)
4º Fernando Peres (35 pts)
5º Adruzilo Lopes (34 pts)
O próximo evento do Campeonato de Portugal de Ralis é o Rali de Mortágua, a 25 e 26 de Outubro.
Fotos: Rui Santos - RS Photorally

Isaque Pinto foi o mais rápido no 1º dia da Super especial

Sob um calor tremendo, decorreram ao longo da tarde de ontem as qualificações da Super Especial de Famalicão, onde o muito público também marcou presença, ao longo de todo o traçado, mas também no parque de assistência, onde poderia ver bem de perto todas as máquinas presentes.

No cronómetro, foi o piloto de Famalicão, Isaque Pinto (Citroën Saxo) quem realizou o tempo mais rápido, deixando André Pimenta (Skoda Fabia TDi) um pouco mais atrás. O terceiro tempo mais rápido foi para o também famalicense Marco Vilas Boas, num Peugeot 205 GTI.
No final, os pilotos automaticamente apurados para as finais de hoje tinham a possibilidade de efectuar uma volta, embora sem ser cronometrada. Mas um aguaceiro mais forte fez com que a pista ficasse totalmente molhada, causando alguns calafrios a pilotos que tinham montados os pneus slicks, mais apropriados a pisos secos. Valeu o espectáculo proporcionado por alguns, que certamente aproveitaram para fazer uma espécie de reconhecimento para as finais.
A partir das 14h30, decorrem então as provas que decidirão quem será o 3º vencedor da Super Especial de Famalicão, onde já se poderão ver em acção aqueles que ontem não estiveram presentes e que são naturalmente apontados como favoritos ao 1º lugar.


20 setembro 2008

Rali Centro Portugal: Bruno com uma mão no título e Janela no pódio

As primeiras seis especiais do Rali Centro de Portugal apresentaram um denominador comum aos restantes ralis da temporada, ou seja, Bruno Magalhães e o seu Peugeot 207 S2000 a dominar a seu belo prazer, perante muito público, que sob um fim de tarde/noite bastante agradável presenciou o regresso dos troços nocturnos ao panorama automobílistico nacional.
Ainda que Vítor Pascoal, também em Peugeot 207 S2000, tenha sido o primeiro líder do rali, em virtude de ter sido o mais rápido a cumprir a primeira passagem na Super Especial, Bruno Magalhães não deu hipóteses nos troços realizados nas Matas Nacionais, conseguíndo uma vantagem superior a meio minuto sobre o segundo classificado, José Pedro Fontes.
Fontes é o derrotado do dia, pois a ele cabe dificultar a tarefa de Bruno Magalhães em chegar ao título, mas um pião em São Pedro de Moel 1 fez com que o piloto do Fiat Punto S2000 hipotecasse seriamente as suas aspirações no rali e (se ainda as tinha) no campeonato.
Surpreendentemente, ou talvez não, Adruzilo Lopes e o famalicense José Janela colocaram o seu Subaru Impreza WRX no 3º posto da classificação, onde não será alheio o gosto que Adruzilo assume por este rali, mas também uma clara evolução da máquina. A dupla da ARC Sport mostrou um andamento muito consistente e assume-se como principal candidato à vitória no agrupamento de Produção, contando desde já com menos um homem a ter em conta, uma vez que o seu principal adversário, Fernando Peres, já abandonou o rali com problemas na caixa de velocidades.
Quem também já abandonou a prova foi Mex Machado dos Santos, ele que fez regressar a Porsche aos ralis nacionais, motivando muitos adeptos a deslocarem-se no dia de hoje até à Marinha Grande, só com o intuito de ver o bonito Porsche 911 GT3. Com uma entrada cautelosa e depois de um problema com as luzes na segunda passagem pelo troço da Marinha Grande, o piloto viu a caixa de velocidades trair as aspirações a um bom resultado numa prova que serviria igualmente de teste, ele que era até então o 5º classificado.
Vasco Ferreira, o famalicense que navega Carlos Matos, no Renault Clio S1600, segue no 8º lugar, sensivelmente perto do melhor colocado entre os carros de duas rodas motrizes, Pedro Leal, após uma etapa muito boa e rápida, com um andamento bastante regular e que tem permitido realizar bons cronos. Já Ricardo Costa/Nuno Almeida não tiveram um dia fácil, pois o Mitsubishi Lancer VIII apresentou alguns problemas de motor e de direcção, para além de um furo que os fez rodar apenas sob a jante.
No Challenge Citroën C2, Paulo Antunes é quem vai na frente, apesar do andamento verdadeiramente diabólico de Paulo Louro nas classificativas efectuadas de noite.
Classificação 1ª Etapa
1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - 20m07,2s
2º José Pedro Fontes / António Costa (Fiat Punto S2000) - a 36,5s
3º Adruzilo Lopes/José Janela (Subaru Impreza WRX) - a 42,2s
4º Vitor Pascoal/Joaquim Duarte (Peugeot 207 S2000) - a 55,9s
5º Pedro Meireles/Jorge Henriques (Subaru Impreza WRX) - a 1m12,9s
6º Pedro Leal/Redwan Cassamo (Fiat Stilo Multijet) - a 1m19,7s
7º Nuno Barroso Pereira/Nuno Rodrigues da Silva (Fiat Punto S2000) - a 1m22,7s
8º Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600) - a 1m33,3s
9º Paulo Antunes/Hugo Magalhães (Citroën C2) - a 1m39,9s
10º Isaac Portela/Saul Campanário (Citroën C2) - a 1m57,7s
(...)
15º Ricardo Costa/Nuno Almeida (Mitsubishi Lancer VIII) - a 3m38,5s
Amanhã os concorrentes têm pela frente mais seis provas especiais de classificação, na zona de Figueiró dos Vinhos e Pedrogão Grande, a partir das 10h.

Está online a lista de inscritos da Super Especial

Já são conhecidos os nomes que irão compôr a 3ª edição da Super Especial de Famalicão, sendo que os números ficam um pouco aquém das expectativas da organização. Este ano, o recém criado clube Demoporto optou por um esquema de dois dias, sendo Sábado dedicado às qualificações, enquanto o dia de Domingo acolherá a final, onde automaticamente estão garantidos alguns pilotos, pelo seu currículo e pelas classificações nos campeonatos que disputam.

Com o traçado inalterável, apenas com um piso totalmente novo, a Super Especial de Famalicão promete ser um bom espectáculo, com carros de diversos campeonatos e com as mais diferentes especificações. Ao todo, são 94 os inscritos, um número que fica longe dos 130 que o Demoporto apontou a quando da apresentação do evento, mas mesmo assim alguns nomes saltam à vista e que por certo estarão na discussão da vitória.
Naturalmente, José Pedro Gomes (Ford Escort) é o grande favorito, depois da vitória no ano passado, contando com a concorrência de vários pilotos, como António Areal (Toyota Corolla), João Ruivo, que tem a particularidade de tripular dois carros, o habitual Fiat Stilo Multijet e ainda o Porsche Boxster, bem como Ricardo Costa (Mitsubishi Lancer VIII), Nuno Pina (Renault Clio RS), António Teixeira (Mitsubishi Lancer e Porsche Boxster) ou Rui Ferreira da Silva (Mitsubishi Lancer V), entre muitos outros capazes de chegar aos primeiros lugares.
A partir das 14h30 de Sábado, já se deverão ouvir os primeiros motores a roncar na 3ª Super Especial de Famalicão e esperemos que o público compareça em massa, tendo em atenção a velha máxima: "Longe do perigo, perto da emoção"!
Lista de Inscritos: Clique Aqui

19 setembro 2008

100 provas para Filipe Martins!

O ainda jovem navegador famalicense Filipe Martins cumpriu a sua 100ª participação em competições, no Euromilhões Pax Rally, ao ser o eleito para acompanhar Céu Pires de Lima, inserido na Padock Competições.

Filipe Martins é igualmente conhecido por toda a dinâmica e boa disposição com que encara o desporto motorizado, ele que é pivot do programa radiofónico Multiválvulas, é constantemente chamado a animar as competições concelhias, é o principal rosto da Gala do Desporto Motorizado, em síntese, é quase um homem dos "sete costados" de Famalicão e do automobilismo.
Filipe Martins iniciou a sua carreira no concelho de Famalicão, nas 6h de Todo Terreno em 1998, onde era permitido a utilização de co-piloto, sendo que acompanhou Miguel Campos, num Nissan Terrano II. Conhecida a sua versatilidade e fácil adaptação, o famalicense tem-se dividido pelo Todo Terreno e também pelo Ralis, contabilizando títulos em ambas as modalidade, nomeadamente quando se sagrou Campeão Nacional TT Classe T8, em 2006, com Fernando Rito e Vencedor do Regional Serras do Douro em 2002, navegando António Maia e José Veiga, repetindo o feito em 2003, somente com António Maia. Já em 2007, foi Vice Campeão Regional Ralis Norte, com António Oliveira.
Filipe Martins descarta a escolha do piloto que mais o marcou e quem prefere navegar. "Não estaria a ser correcto, pois sempre dei o máximo com todos. A escolher alguém, o Bruno Costa, pela amizade que existe fora dos ralis, é aquele com quem terei uma parceria vitalícia. Sempre que ele quiser, estarei disponível! É óbvio que depois teremos de enquadrar o campeonato em que nos inserimos e aí não posso deixar de realçar que este ano foi excelente, fiz o Campeonato de Portugal de Ralis, com o Pedro Fins e o de Todo Terreno, com o Fernando Rito, bem como tive o privilégio de estar ao lado de Céu Pires de Lima, uma descendente de famalicenses, na sua última prova de uma longa carreira".
Das cem provas efectuadas em quase 10 anos de carreira, que completa em Novembro próximo, "o Rali do Porto que venci, com o António Pereira, no Ford Escort RS Cosworth e a Baja Portalegre, com o Miguel Veloso, em que nos divertimos imenso e chegamos ao final praticamente sem a frente do carro, são aquelas que mais me marcaram, mas é sempre uma escolha difícil. Pelo rali em si, teria escolhido o Rali dos Açores deste ano, pela beleza da ilha de São Miguel e pelo carácter mítico que tem, pois o resultado não foi muito bom... (risos). Os anos de Regional também foram muito bons pelo ambiente vivido".
No meio de tantas provas, apenas uma foi feita com o volante nas mãos, precisamente o Rali de Famalicão de 2008, num Fiat Cinquecento. "Foi uma experiência nova e muito engraçada, embora desgastante. Como cheguei ao fim do rali, o objectivo foi alcançado e agora aos poucos vamos tornar o Fiat mais competitivo para voltar a fazer umas brincadeiras do género", referiu Filipe Martins.
O Famalicão Motor deseja ao Filipe Martins os maiores sucessos nos próximos cem ralis e nos próximos dez anos de carreira, para que continue a levar o nome da sua terra natal aos lugares mais altos do pódio e com a energia com que sempre se apresenta. Deixe o seu comentário abaixo!

Ricardo Costa e João Ruivo disputam Troféu Piloto Motorshow

Os pilotos de Famalicão, Ricardo Costa e João Ruivo já confirmaram a sua participação no Troféu Piloto Motorshow, prova desportiva que se vai disputar no circuito indoor montado no pavilhão quatro da Exponor, englobada no Autoclássico Porto 2008. Ricardo Costa utilizará o Mitsubishi Lancer VIII com que disputa o Campeonato de Portugal de Ralis, enquanto Ruivo estará aos comandos do Fiat Stilo Multijet, que utiliza no Open de Ralis.

A tarefa dos famalicenses é difícil até porque a concorrência é grande, mas estar dentro do reduzido lote é um sinal de quem ambos estão no topo dos pilotos de rali em Portugal. Nomes como Timo Salonen e Marc Duez, ambos em Mitsubishi Lancer são as atracções internacionais, a quem se junta Armindo Araújo, também em Mitsubishi, Barros Leite (Seat Leon TDi), José Pedro Fontes (Fiat Punto S2000), Mex, no Porsche 911 GT3, Pedro Leal, também em Fiat Stilo Multijet, Rui Azevedo (Ford Escort RS), Vítor Pascoal (Subaru Impreza), entre outros, alguns deles espanhóis, como José Elvira ou Amador Vidal.
O Troféu Piloto Motorshow, cuja final será disputada na tarde do dia 28 de Setembro, reunirá cerca de meia centena de pilotos que competirão com os seus veículos oficiais nas categorias de 4x4, tracção dianteira, tracção traseira e históricos. O circuito terá um traçado oval com um oito interior e pelas características do seu piso súper-deslizante garantirá um alto nível de espectacularidade.
Os pilotos participantes nesta prova terão a possibilidade de realizar treinos livres na sexta-feira, estando o dia de sábado destinado às mangas de qualificação. Os 25 pilotos que obtiverem os melhores tempos passarão à grande final de domingo.

18 setembro 2008

Muitos problemas para Martine Pereira em Braga

Decididamente, Martine Pereira não tem sorte nenhuma com o seu Renault Clio RS 2000. Disposto a efectuar uma boa prova, que lhe permitisse somar preciosos pontos para ainda tentar chegar aos lugares do pódio na Categoria3, uma série de problemas não permitiram que o piloto de Vila Nova de Famalicão fizesse melhor, naquela que foi a segunda visita do Campeonato de Portugal de Circuitos/PTCC ao Circuito Vasco Sameiro, em Braga.

Segundo Martine Pereira, os problemas começaram logo na 1ª corrida, tal como explica: "Francamente não sei, mas uma vez mais o motor não está a 100%, pois a partir duma certa altura começou a perder potência, e eu com receio que pudesse partir, pois aqueceu de forma anormal, preferi parar".
No intervalo entre as duas corridas, Martine Pereira viu a sua equipa de assistência desdobrar-se em esforços para recuperar o Renault para a corrda da tarde, o que em parte foi conseguído, contudo novo problema atormentou a prestação do famalicense. "Desta vez foi a direcção que abriu, e tive de vir às boxes para arranjar, perdendo muito tempo, por isso acabei a corrida na 12ª e penúltima posição".

Espera-se melhor sorte para Martine Pereira na próxima jornada do PTCC, a 4 e 5 de Outubro, no Autódromo do Estoril.

Ralis de regresso ao continente. Novidades são muitas, mas os inscritos continuam a ser poucos!

O Campeonato de Portugal de Ralis tem na Marinha Grande e em Pedrógão Grande uma jornada decisiva, marcando igualmente o regresso ao continente, depois de duas provas insulares.

O Rali Centro de Portugal, organizado pelo Clube Autómovel da Marinha Grande, apresenta um figurino novo, desde logo com os troços nocturnos de 6ª feira a ser um excelente "ingrediente", que promete captar a atenção dos adeptos, bem como dos pilotos, por certo já com uma certa nostalgia dos velhos tempos, em que os troços feitos à noite eram muito habituais. Ainda assim, "nem tudo são rosas", pois as listas de inscritos do CPR continuam a nivelar por baixo, em quantidade, sendo desta feita apenas 24 os concorrentes inscritos, dos quais 7 estão inseridos no Challenge Citroën C2, colocando uma vez mais o "dedo na ferida" e é mais uma aviso que algo tem que mudar, sendo a FPAK a primeira a ter obrigações e responsabiliades para fazê-lo.
O CAMG optou também por diminuir à quilometragem das provas especiais de classificação e ainda uma nova super especial, deixando Leiria e passando a ser na Marinha Grande, disputando-se duas vezes, na 6ª feira. Para além disso, as classificativas do Pinhal de Leiria também são diferentes dos anos anteriores, passando a ser idênticas às disputadas pelo Open de Ralis, a quando do Rali Vidreiro, à excepcção de Campos do Lis, que o Rali Centro de Portugal não disputa. Ao todo, são 127 km cronometrados que terá este rali, enquadrando-se mais na realidade nacional, após abdicar do estatuto internacional que possuia. A organização inovou também na longa ligação que este rali tem entre a Marinha Grande e Pedrógão, permitindo aos pilotos levarem a sua viatura de prova num reboque ou conduzida por um membro da equipa, desde que, obviamente, não sofra qualquer intervenção mecânica.
Desportivamente, Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) é o grande favorito, podendo inclusivé decidir já a questão do título, bastando-lhe vencer o rali ou então terminar na frente do seu principal adversário, José Pedro Fontes. O piloto do Fiat Punto S2000 está motivado, por certo, ainda se lembra da boa prestação que obteve na edição passada deste rali, bem como quererá ir em busca da tão ambicionada vitória que nunca conseguiu obter. Mais atrás, mas bem atento a esta luta, deverá estar Vítor Pascoal, também em Peugeot 207 S2000, agora que está mais ambientado ao carro nos pisos de asfalto. O grande entusiasmo e simultaneamente incógnita deste rali será Mex Machado dos Santos, que faz regressar aos ralis os carros de tracção traseira, em concreto, um Porsche 911 GT3. O piloto quererá por certo adaptar-se a este novo estilo de condução, mas o resultado final pode ser surpreendentemente positivo, dadas as características do Porsche.
No Grupo N, Adruzilo Lopes e o famalicense José Janela, em Subaru Impreza WRX, querem manter a liderança do agrupamento, obtendo o maior número de pontos possíveis, num rali em que o piloto já triunfou por cinco vezes, mostrando que está em perfeita sintonia com estes troços. A concorrência virá principalmente de Fernando Peres e do seu Mitsubishi Lancer IX, que não tem sido muito feliz na presente temporada, mas quer apresentar-se na máxima força, colocando o pódio absoluto como uma meta atingir. Também aqui e com ambições de alcançar um bom resultado no agrupamento está a dupla de Famalicão, Ricardo Costa e Nuno Almeida, em Mitsubishi Lancer VIII. Após alguns azares na fase inicial do campeonato, a fase de asfalto é encarada com o intuito de ir em busca de pontos que minimizem os prejuízos e que assim permitam obter uma boa classificação, em termos de campeonato, no final do ano.
Também presente estará Vasco Ferreira, navegador famalicense, que acompanhará Carlos Matos, num Renault Clio S1600, sendo eles sérios candidatos aos lugares cimeiros entre os participantes com carros de duas rodas motrizes, sabendo de antemão que a concorrência não lhes dará tréguas. Pedro Leal, em Fiat Stilo Multijet e Barros Leite, a estrear o novo Seat Leon TDi serão os homens a bater nesta categoria.
Fique a saber os números dos famalicenses:
6 - Adruzilo Lopes/José Janela (Subaru Impreza WRX)
10 - Ricardo Costa/Nuno Almeida (Mitsubishi Lancer VIII)
14 - Carlos Matos/Vasco Ferreira (Renault Clio S1600)

Informações:

16 setembro 2008

Desilusão para Luís Campos

O Rali de Murça teve lugar no passado fim-de-semana, mas infelizmente não correu da melhor maneira para a dupla Luís Campos e Fábio Vasques que viu hipotecadas bem cedo todas as hipóteses de conseguir disputar o Rali.

Ainda na primeira ligação do dia, antes da primeira prova especial de qualificação, o famalicense viu o motor do seu Marbella ceder sem qualquer explicação aparente: "simplesmente não percebo, testamos o carro antes do rali, todo o motor foi reparado, mas no dia da prova o carro simplesmente não quis colaborar. Foi uma desilusão muito grande".
A dupla encontrava-se bastante confiante para este Rali, afirmando que se encontravam muito bem preparados para o mesmo: "sabíamos que tínhamos hipóteses de fazer uma boa prova, estávamos confiantes, mas infelizmente isso não chega, tínhamos testado o carro e preparado o mesmo da melhor maneira que conseguimos. Vamos aprender com isto e tentar melhorar da próxima vez, pois isto não pode voltar a acontecer, não é bom para nós, é muito desmotivador, e também não é bom para os patrocinadores", explicou Fábio Vasques.

Com mais uma prova sem pontuar, a dupla vê-se agora forçada a preparar da melhor maneira possível os ralis que ainda faltam disputar para o Troféu Fastbravo, sendo eles o Rali de Loulé, Rali de Penafiel e Rali de Gondomar. A equipa equaciona a realização de duas provas complementares, sendo elas a Super Especial de V. N. Famalicão e o Rali de Amarante. "A Super Especial de Famalição, pois é sempre um prazer correr em casa, junto do público que nos conhece e apoia, juntamente com o factor importante do retorno para os patrocinadores, pois muitos são exactamente desta mesma cidade e sem eles o projecto não era viável, aos quais temos muito a agradecer. O Rali de Amarente, é também uma hipótese, pois é em terra e como não conseguimos rodar nada, vamos tentar fazê-lo para ganhar o máximo de competitividade possível neste tipo de piso, o que certamente se vai mostrar crucial para as últimas três provas do nosso campeonato", referiu Luís Campos.

A dupla do bólide verde não se vai deixar certamente desanimar com mais este infortúnio acontecimento, e promete dar mais de si nas próximas provas, deixando uma palavra de agradecimento a todos os que os tem apoiam.

Braga 2: Team Famalicão e Cristina Silva com bons resultados

Para além do Campeonato de Portugal de Circuitos/PTCC, apenas o Challenge Desafio Único acolheu pilotos de Famalicão e todos eles se apresentaram em bom nível, obtendo bons resultados naquela que é a competição mais numerosa do plantel da velocidade nacional.

Nas hostes do Fiat Uno com o número 16 nas portas, José Janela e Manuel Seabra, correndo com as cores do Team Famalicão obtiveram um excelente 13º lugar final, no conjunto das duas mangas. Partindo do 22º lugar da grelha de partida, José Janela realizou uma corrida muito regular e calculista, subindo gradualmente de posições, até ao 10º lugar final, lugar esse que marcaria o lugar em que o seu colega de equipa, Manuel Seabra iria ocupar à partida para a 2ª manga. De referir que no Challenge Desafio Único, a grelha de partida da 2ª corrida é definida pela inversão dos 20 primeiros classificados da corrida anterior, logo para o Team Famalicão, o 10º lugar era o lugar ideal.

Logo na fase inicial, Manuel Seabra sofre um toque na traseira que faz com que desequilibrasse o Fiat Uno, caíndo para 19º lugar. A partir daí, o piloto encetou uma boa recuperação, tirando partido também das várias entradas do Safety Car, cortando a meta no 13º lugar, lugar esse que obteriam na soma das corridas, dando um pulo importante em termos de campeonato.

Também presente, inserida como habitualmente no Team Beta, esteve a piloto Cristina Silva, desta feita acompanhada por Pilar Lima, em substituição de Lígia Albuquerque. Sempre com muita garra, o objectivo de vencer a categoria feminina não foi conseguído, porém o 2º lugar serve na perfeição à famalicense. Com uma prestação muito consistente, a regularidade foi notória, alcançando um 19º e um 22º lugar, o que se traduziu no 17º lugar final.

Na tabela geral, Nuno Duarte/Adruzilo Lopes (na foto) venceram a 1ª manga, enquanto que João Cabaça/Rui Alves foram os mais rápidos na 2ª, porém o somatório de ambas deu a vitória a Filipe Matias/Tiago Ribeiro. Fica a curiosidade de este troféu ter a presença de vários pilotos já com títulos obtidos, nomeadamente Adruzilo Lopes (Ralis), Luís Oliveira (Clássicos), Rosário Sottomayor (Velocidade

Classificação Final
1º Filipe Matias/Tiago Ribeiro, 28 voltas, em 53m38,963s
2º Nuno Duarte/Adruzilo Lopes, a 1,558s
3º Jorge Meireles/Vítor Ramos, a 15,389s
4º Mário Borges/Luís Carneiro, a 19,702s
5º José Ferreira/Pedro Amaral, a 22,689s
6º Hilário Lopes/Luís Oliveira, a 23,039s
7º Ana Sampaio/Rosário Sottomayor, a 30,374s
8º João Cabaça/Rui Alves, a 33,439s
9º Gonçalo Inácio/Duarte Aguiar, a 58,757s
10º Mário Nogueira/José Durão, a 58,864s
(...)
13º José Janela/Manuel Seabra, a 1m02,082s
(...)
17º Cristina Silva/Pilar Lima, a 1m19,955s

15 setembro 2008

Mauro Marques é campeão nacional de karting!

Mauro Marques sagrou-se no passado fim de semana em Palmela, o novo Campeão Nacional de Karting na categoria KF2/ICA. O piloto da PTM Racing que à entrada para esta última jornada do campeonato tinha nove pontos de vantagem sobre o segundo classificado limitou-se a gerir os acontecimentos para conseguir o seu objectivo.
Num circuito bastante técnico onde os pontos de ultrapassagem são escassos e muito precisos, Mauro Marques entrou com o pé direito dado que na sessão de treinos livres realizados na quinta e sexta feira foi sempre o piloto mais rápido. No primeiro dia oficial da prova, o jovem de Famalicão arrecadou a pole-position nos treinos cronometrados arrecadando também o record da pista. "O material estava muito bom e a minha equipa dedicou-se a 100% em conjunto conseguir-nos o nosso objectivo, nos treinos cronometrados consegui o melhor tempo e ainda somei o record da pista, e, isso deu-me outra confiança para o resto da corrida", disse Mauro Marques.
Ainda no dia de Sábado, o piloto famalicense realizou a manga de qualificação e ao largar da primeira linha da grelha de partida, Mauro cometeu um pequeno erro no arranque, como explicou: "não dei a gasolina suficiente e o karting demorou a desenvolver e isso fez com que caísse alguns lugares, foi um erro que me deixou algo confuso e que no fez repensar a estratégia de corrida", o que se traduziu na sétima posição.
Já no Domingo, as coisas inverteram-se e na segunda corrida, o piloto da PTM Racing reagiu da melhor forma, terminando a prova na terceira posição. Na grande final, Mauro Marques precisava de terminar em sétimo, posição essa que ocupava à partida. Contudo, no final da recta da meta, o famalicense recebe um toque e cai para a cauda do pelotão, vindo ao de cima o espírito de vencedor a que este jovem já nos habituou fez com que recuperasse vários lugares terminando a prova no quinto lugar e desta forma conquistar o primeiro titulo da sua carreira. "Estou muito satisfeito a jornada correu-nos bem apesar daquele pequeno incidente na primeira corrida, mesmo assim sabia que tinha margem e psicologicamente esse erro nem sequer afectou o nosso desempenho" dizia no final o novo Campeão Nacional de Karting que adiantou ainda "acho que fui um justo vencedor dado o trabalho que desempenhei ao longo do ano, penso também que fui o piloto mais regular do pelotão".
No final, Mauro Marques agradeceu todo o apoio prestado pelos patrocinadores, assim como por toda a equipa deixando um agradecimento especial "ao meu pai e ao meu irmão que foram desde a primeira hora os meus principais apoiantes", concluiu o piloto que espera repetir o feito já na Taça de Portugal em Karting.
O Famalicão Motor endereça as maiores felicidades ao Mauro Marques por este feito fantástico, sendo um dos pilotos famalicenses com maior margem de progressão e a quem o futuro certamente trará boas perspectivas de uma carreira de sucesso. Parabéns Mauro!

Expectativas de João Ruivo superadas com um pódio

Nada melhor que um bom resultado para apagar uma má recordação e foi isso mesmo que o Team Crédito Agrícola/Avetel, com a dupla João Ruivo e Alberto Silva, conseguiu no Rali de Murça. O terceiro lugar em termos absolutos e a posição de vencedor nos carros de duas rodas motrizes veio demonstrar que a dupla famalicense já esqueceu o acidente do Rali de Vila Verde e está de novo no ritmo que nos habitou ao longo da época.
Depois de um trabalho complicado de recuperação do Fiat Stilo Multijet por parte de toda a equipa, onde do carro que correu em Vila Verde restou muito pouco, esta prova nos pisos de terra da localidade transmontana era a primeira prova de fogo, onde João Ruivo e Alberto Silva não desiludiram, antes pelo contrário: "Estamos todos muito satisfeitos por ter conseguido este resultado, pois batermo-nos com os dois pilotos que ficaram à nossa frente é complicado, pois têm carros de quatro rodas motrizes", começou por adiantar João Ruivo, prosseguindo: "Viemos para cá com alguma expectativa, pois o Rali de Vila Verde deixou marcas e pretendíamos saber até que ponto elas estavam ultrapassadas. Entrámos com cautelas e fomos sentido confiança que nos permitiu aumentar o ritmo de classificativa para classificativa", explicou ainda.
Terminando a primeira secção na quarta posição, na segunda conseguiram chegar a terceiro e por lá ficaram até final: "A intenção até era alinhar nesta prova em ritmo de teste, mas no final o resultado foi acima das expectativas. Não quero terminar sem agradecer a toda a equipa que acreditou em nós colocando este carro no estado que está, ou seja, melhor do que estava".
O Team Crédito Agrícola/Avetel volta agora à acção no Rali de Loulé, agendado para o dia 19 de Outubro, sendo que até lá terá ainda a possibilidade de se mostrar perante o público, bem perto de casa, na Super Especial de Famalicão, já no próximo fim de semana.

E quase tudo César levou... Barros e Martine não foram muito felizes

No regresso da Velocidade ao traçado de Braga, César Campaniço dominou a belo prazer, cortando a meta em primeiro nas duas corridas, porém uma penalização imposta na primeira, fez com que o seu domínio não parecesse tão evidente.
Assim, na partida lançada para a 1ª manga, César Campaniço foi quem melhor reagiu ao verde, apesar de alguma contestação de Patrick Cunha em relação ao momento em que o piloto do BMW acelerou. Depois de ter liderado da primeira à última volta, o Colégio de Comissários Desportivos considerou que o lisboeta se tinha adiantado ao detentor da "pole position" na partida lançada, atribuindo-lhe uma penalização de 25 segundos. Relegado para o sétimo lugar, César Campaniço admitiu que "talvez até estivesse alguns centímetros adiantado, mas de certeza porque o Patrick Cunha travou, daí que ache injusta a penalização". Em função disso mesmo, o jovem do BMW 320si apelou da decisão, pelo que a classificação encontra-se suspensa... Patrick Cunha também se manteve na 2ª posição ao longo de toda a corrida, considerando justa a vitória que lhe foi atribuída posteriormente, sendo a 2ª da época para o piloto da Campicarn.
Francisco Carvalho subiu ao 2º lugar, ele que teve uma animada luta travada com Patrick Cunha e que durou ao longo de toda a prova, mas com Carvalho a nunca se conseguir superiorizar. Logo atrás e também autores de uma prova animada, terminaram João Figueiredo, José Monroy e Jorge Areal, que estreava a sua nova máquina, um Seat Leon Supercopa. O famalicense Luís Barros (Alfa Romeo 156) teve uma prestação discreta, terminando em 8º lugar, posição que lhe dava direito a sair da 1ª posição na corrida da tarde.
Na Categoria 3, uma vez mais a vitória foi para Vasco Campos, a sétima da temporada, ele que fica cada vez mais perto de garantir o título. Menos feliz, esteve o piloto de Famalicão, Martine Pereira (Renault Clio RS 2000), que foi obrigado a abandonar nas voltas iniciais.
Classificação 1ª Corrida
1º Patrick Cunha (Seat Leon SuperCopa), 17 voltas, em 24m18,948s
2º Francisco Carvalho (Seat Leon SuperCopa), a 1,070s
3º João Figueiredo (Peugeot 407 S2000), a 7,635s -- 1º Categoria 1
4º José Monroy (Seat Leon SuperCopa), a 7,871s
5º Jorge Areal (Seat Leon SuperCopa), a 8,230s
6º António João Silva (Seat Leon SuperCopa), a 9,068s
7º César Campaniço (BMW 320si), a 20,597s
8º Luís Barros (Alfa Romeo 156 S2000), a 41,844s
9º Vasco Campos (Alfa Romeo 147 S2000), a 1m05,124s -- 1º Categoria 3
10º Rui Alves (Renault Clio RS 2000), a 1m14,580s
Com Luís Barros a partilhar a primeira linha com o penalizado César Campaniço, a agora partida parada favoreceu o piloto do BMW e prejudicou o famalicense, que caiu vários lugares numa só volta, hipotecando desde logo um bom resultado. De resto, a corrida foi bastante monótona, quase uma repetição do que havia acontecido de manhã, com Patrick Cunha e Francisco Carvalho a colocarem os Seat Leon logo atrás de César Campaniço, embora beneficiando de uma saída de António João Silva, logo na fase inicial.
José Monroy rodou perto dos lugares do pódio, evitando as lutas e os toques, optando por uma corrida cautelosa e a pensar nas contas do campeonato, onde ainda pode ter uma palavra a dizer. Desta feita, João Figueiredo não conseguiu melhor do que o 5º lugar, novamente na frente de Jorge Areal.
Luís Barros não teve uma prova fácil, apesar de largar na frente. Após o atraso inicial, alguns problemas mecânicos no Alfa Romeo atormentaram a prova do famalicense, que terminou na cauda dos dez primeiros classificados.
Desta feita, a Categoria 3 teve um pouco mais de animação, com várias ultrapassagens entre Vasco Campos e Rui Alves, seu colega de equipa. Campos voltou a vencer e ficou a somente 2 pontos de se sagrar virtual campeão. Nesta categoria, Martine Pereira chegou ao final na 4ª posição, ainda que bem longe dos lugares do pódio.
Classificação 2ª Corrida
1º César Campaniço (BMW 320si), 17 voltas, em 24m25,477s
2º Patrick Cunha (Seat Leon SuperCopa), a 2,448s - 1º Categoria 2
3º Francisco Carvalho (Seat Leon SuperCopa), a 3,040s
4º José Monroy (Seat Leon SuperCopa), a 3,686s
5º João Figueiredo (Peugeot 407 S2000), a 15,190s
6º Jorge Areal (Seat Leon SuperCopa), a 15,509s
7º António João Silva (Seat Leon SuperCopa), a 16,044s
8º Vasco Campos (Alfa Romeo 147), a 1m12,264s - 1º Categoria 3
9º Rui Alves (Renault Clio RS 2000), a 1m13,897s
10º Luís Barros (Alfa Romeo 156 S2000), a 1m38,134s
12º Martine Pereira (Renault Clio RS 2000), a 2v
As classificações do campeonato estão suspensas, em virtude da penalização de César Campaniço. O Circuito do Estoril acolhe a próxima prova do Campeonato de Portugal de Circuitos, nos dias 4 e 5 de Outubro.

Pax Rally: Golpe de teatro dá a vitória a Peterhansel!

O último dia do Euromilhões Pax Rally foi de emoções, confusões e decisões, e quando já nem o próprio acreditava, eis que Stéphane Peterhansel é declarado vencedor.
À partida, a diferença entre Carlos Sainz e Peterhansel cifrava-se em 31 segundos, prevendo-se uma luta muito acesa entre os dois pela vitória, porém foi um incêndio a baralhar as contas entre os dois. Assim que os primeiros carros chegaram ao CP1, foram imediatamente neutralizados, enquanto outros ainda o foram na partida, devido ao tal incêndio que lavrava nas imediações da especial. A organização decidiu então anular a parte inicial da etapa, passando então a ter 38 km apenas, a partir do CP1. Carlos Sainz foi o principal prejudicado pois até aí já tinha ganho mais alguns segundos ao seu adversário, mas foi num momento de desconcentração do espanhol que o rali ficou decidido, com Sainz a não conseguir evitar um capotanço no seu VW Race Touareg. No final, foram apenas 16 segundos que separaram os dois primeiros classificados, com vantagem para Stéphane Peterhansel, ele que se mostrou muito regular ao longo da toda a prova, deixando para os últimos dias o verdadeiro ataque, uma táctica que deu os resultados esperados.
Na especial do dia, pela primeira vez a BMW conseguiu vencer, com Nasser Al Attiyah a ser o mais rápido na frente de Giniel de Villiers e de Luc Alphand. O vencedor do Pax Rally, Stéphane Peterhansel, não foi além do 6º lugar, na frente do melhor português da etapa, Ricardo Leal dos Santos (BMW X5), naquela que foi a única etapa que Filipe Campos não triunfou entre a armada lusitana. Carlos Sainz ficou logo atrás a cerca de 2 minutos do homem mais rápido do dia, At Attiyah.
Num dia em que tudo se poderia perder e pouco ou nada a ganhar, a Padock Competições teve um dia calmo, com os famalicenses Adélio Machado e Filipe Martins a alcançarem o 25º e 32º tempo, respectivamente. E se Filipe Martins manteve a classificação geral, o responsável da equipa famalicense subiu até ao 21º lugar, numa prestação muito boa de todos os pilotos que integraram a estrutura. Alejandro Martins/José Marques foram os melhores entre a Padock Competições, alcançando o 18º lugar, ao passo que a outra dupla que atingiu o final, Francisco Pita/Humberto Gonçalves, foram os 31ºs, entre os 39 que terminaram a prova.
Nas motos, Ruben Faria foi o vencedor, com pouco mais de 6 minutos de vantagem sobre Cyril Despres e com quase 8 sobre Marc Coma. Hélder Rodrigues e Paulo Gonçalves completaram a excelente prestação lusa entre as motos, fechando o lote dos cinco primeiros.
Classificação Final
1º Stéphane Peterhansel/Jean Paul Cottret (Mitsubishi Pajero Evo) - 10h54m14s
2º Carlos Sainz/Michel Perin (VW Race Touareg 2) - a 16s
3º Luc Alphand/Gilles Picard (Mitsubishi Pajero Evo) - a 1m21s
4º Giniel de Villiers/Dirk von Zitzewitz (VW Race Touareg 2) - a 2m42s
5º Nasser Al-Attiyah/Tina Thorner (BMW X3) - a 5m41s
6º Joan Roma/Lucas Cruz (Mitsubishi Pajero Evo) - a 12m00s
7º Filipe Campos/Jaime Baptista (BMW X3), a 20m14s
8º Guerlain Chicherit/Matthieu Baumel (BMW X3) - a 1h00m13s
9º Miroslav Zapletal/Tomas Ouredniucek (Mitsubishi Pajero )- a 1h01m51s
10º Maurizio Traglio/Fabien Lurquin (Nissan Pathfinder) - a 1h40m04s
20º Céu Pires de Lima/Filipe Martins (Toyota Land Cruiser) - a 3h13m12s
21º Adélio Machado/Paulo Torres (Toyota Land Cruiser) - a 3h18m08s

Na terra, Peres é rei e senhor! João Ruivo vence e convence nas 2 rodas motrizes

Pedro Peres/Tiago Ferreira, em Ford Escort RS Cosworth, são efectivamente os homens a bater nos ralis de terra do Open de Ralis e em Murça deram um passo importante rumo à revalidação do título conquistado em 2008.
Dominando a seu belo prazer durante a parte de manhã, Peres é um vencedor incontestável do rali, onde apenas Luís Mota/Ricardo Domingos (Mitsubishi Lancer IV) foram adversários capazes de incomodar na luta pela vitória. Porém, o 2º troço marca a decisão do rali, e é Pedro Peres quem tira vantagem e Mota quem mais sai prejudicado. Tudo se passa quando Manuel Coutinho, 3º na estrada, bate numa pedra e o seu Peugeot 206 fica imobilizado no meio da estrada. Até aí, só tinham passado Jorge Santos e Pedro Peres, com este a fazer um tempo "canhão", sendo 36 segundos mais rápidos do que o homem do Citroën Saxo Kit Car. A organização decide atribuir a todos os concorrentes que não fizeram o troço, o tempo de Santos, ou seja, Luis Mota perde as esperanças de poder lutar "taco a taco" com Peres até ao final do rali, se bem que seria dificil Mota melhorar a sua prestação.
No final das primeiras passagens, já Pedro Peres tinha um pé no lugar mais alto do pódio, com Luís Mota a ter uma desvantagem de 45 segundos. Octávio Nogueira/Nuno Gomes (Citroën Saxo Kit Car) eram os líderes das 2 rodas motrizes, após uma 1ª Secção muito rápida, mostrando que longe iam os tempos dos constantes abandonos. A dupla famalicense João Ruivo/Alberto Silva (Fiat Stilo Multijet) entraram rápidos, mas com cautelas, por certo ainda estaria na memória o acidente de Vila Verde. Assim, eram os 4ºs classificados, com Jorge Santos/Vítor Hugo logo atrás. Aliás, a diferença entre 3º e 5º era pouco maior a 1 segundo, um hábito entre estes 3 pilotos.
Com Pedro Peres em ritmo de gestão, que mesmo assim é bem rápido, o homem da tarde bem pode ser João Ruivo. O famalicense entrou verdadeiramente ao ataque e mostrou a garra a que habituou os adeptos dos ralis. Logo na 2ª passagem pelo 1º troço, Ruivo ganha 6 segundos a Octávio e 12 a Jorge Santos, sendo esta a tónica ao longo da tarde. Na penúltima classificativa, Luís Mota vê o amortecedor traseiro esquerdo ceder e se a vitória já ia longe, o 2º lugar poderia também escapar-lhe das mãos nos últimos quilómetros. João Ruivo bem tentou, vencendo inclusivé o último troço, mas apenas conseguiu recuperar 18 segundos em relação ao homem do Mitsubishi, ficando a faltar mais 14 para destroná-lo do 2º lugar. Para o famalicense, o resultado é excelente e motivador, depois do acidente que sofreu no último rali. "Na primeira especial tivemos alguns receios, o que é normal, mas quando percebemos que estávamos num ritmo bom, ficamos ainda com mais confiança. Depois… foi sempre a fundo até ao fim e é o resultado dificilmente poderia ser melhor", confidenciou João Ruivo, que subiu até ao 3º lugar do campeonato.
Logo atrás, classificou-se o líder do campeonato, Jorge Santos que não se adaptou à dureza dos troços transmontanos, nem à exigência física que os ralis de terra obrigam. Santos beneficiou ainda de uma ligeira saída, no último troço, de Octávio Nogueira, alcançando um 4º lugar, que não deixa de ser um bom resultado, mas diminui a margem que tinha no campeonato relativamente a Pedro Peres.
Nos Clássicos, Joaquim Santos foi o mais rápido, levando o mítico Ford Escort RS novamente à vitória, onde a concorrência nunca ameaçou o antigo campeão nacional de ralis. José Sousa e Aníbal Rolo, ambos em Renault 5 Turbo, completaram os lugares do pódio. De salientar, a ausência de alguns nomes habituais, nomeadamente, a dupla de Famalicão, Frederico Ferreira/Octávio Araújo, que poderão ter ficado mais longe do título.
Os pequenos Seat Marbella do Troféu Fastbravo sofreram a bom sofrer, pois eram os últimos a passar nas classificativas, sendo que as segundas passagens foram verdadeiras odisseias. O famalicense Luís Campos, acompanhado por Fábio Vasques, nem logrou atingir o início da primeira especial, abandonando com problemas de aquecimento. "Quando testamos, não tivemos problemas e pensei que este problema estava resolvido. Pelos vistos, não estava e terminar assim é desolador", afirmou o piloto. Na parte da tarde, ainda retomou a prova como carro de segurança com o intuito de testar, mas o carro voltou a debelar os mesmos problemas e Campos teve assim um fim de semana para esquecer. A vitória sorriu a Pedro Barros Leite/Carlos Ruivo que deixaram bem longe os 2ºs classificados, Fábio Ribeiro/Saúl Campanário, vencedores entre o Júnior.
Classificação Final
1º Pedro Peres/Tiago Ferreira (Ford Escort Cosworth) - 42m22,9s
2º Luís Mota/Ricardo Domingos (Mitsubishi Lancer IV) - a 52,9s
3º João Ruivo/Alberto Silva (Fiat Stilo Multijet) - a 1m06,9s -- 1º Categoria 1
4º Jorge Santos/Vítor Hugo (Citroën Saxo Kit Car) - a 1m48,1s
5º Octávio Nogueira/Nuno Gomes (Citroën Saxo Kit-Car) - a 1m55,3s
6º Joaquim Santos/Eduardo Gomes (Ford Escort RS) - a 2m59,1s -- 1º Clássicos
7º Paulo Correia/Joaquim Alvarinhas (Peugeot 106) - a 3m42,7s
8º Pedro Lança/Ricardo Batista (Citroen Saxo) - a 3m48,2s
9º Filipe Leite/Daniel Ribeiro (Renault Clio Williams) - a 4m20,6s
10º Frederico Craveiro/Pedro Fernandes (Ford Focus) - a 4m27,4s
Classificação Open Ralis
1º Jorge Santos (128 pts)
2º Pedro Peres (127 pts)
3º João Ruivo (84 pts)
4º Luís Mota (79 pts)
5º Aníbal Rolo (74 pts)
O Open de Ralis tem a sua próxima prova a 18 e 19 de Outubro, o Rali de Loulé, enquanto os Clássicos passam a acompanhar o Campeonato de Portugal de Ralis, no Rali de Mortágua, a 24 e 25 de Outubro.