03 maio 2010

VIlariño continua rei da Falperra

Nove anos depois, os motores voltaram a ecoar na Rampa da Falperra e muitos espectadores estiveram presentes para aplaudir este regresso. Já o vencedor, é um velho conhecido do traçado bracarense, Andrés Vilariño, que conquistou a 5ª vitória na mítica rampa. Os famalicenses estiveram em bom nível.

Confirmando algum favoritismo e ganhando consistência à medida que as subidas iam evoluíndo, André Vilariño (Norma M20) foi o vencedor da 31ª edição da Rampa da Falperra, que regressou este ano após um interregno de nove anos pelas mãos do Clube Automóvel do Minho.

O piloto espanhol conseguiu inscrever pela quinta vez o seu nome na lista dos vencedores, depois de ter chegado ao lugar mais alto do pódio em 1989, 90, 91 e 92, sendo assim o piloto que mais triunfos tem na prova: "Estou muito satisfeito com mais esta vitória, numa prova que me correu bem, exceptuando apenas na última subida em que tive um pequeno engano com a caixa de velocidades. De resto, foi tudo perfeito e só posso dar os parabéns à organização por ter de novo a Falperra, prova onde me sinto em casa, tal o carinho que o público me dá e por isso saio daqui muito satisfeito, pois também consegui agora a minha quinta vitória neste lindo traçado".

Numa prova onde o público acorreu em massa, cumprindo a tradição da Falperra, Pedro Salvador (Juno SSE), tudo fez para contrariar o favoritismo de piloto espanhol, que aliás lhe deus os parabéns no final. O actual campeão nacional de montanha, terminou a prova em segundo em termos absolutos, mas venceu em termos nacionais com uma margem folgada sobre o segundo classificado. António Barros (BRC), piloto de Famalicão, ficou com este lugar e venceu o Grupo CM, mas teve que suportar a forte pressão de João Portinha (Silver Car), que perdeu o lugar intermédio do pódio por apenas 0,185s. António Nogueira (Porsche Gt2), foi quarto classificado, mas foi o melhor do Grupo GT. Destaque também para João Fonseca (Radical), primeiro do Grupo C3, e Manuel Ferreira (Mitsubishi), que levou a melhor no Grupo A.

Entre os Históricos 81, foi José Pires (Ford Escort), o vencedor, cabendo posição semelhante a Pedro Fins (Lotus Elan), nos H71. António Rodrigues (Volvo), conquistou o triunfo nos VSH.

José Janela (Porsche Boxster) levou as cores do ABC, clube da cidade bracarense, até ao 32º lugar no campeonato nacional. O piloto de Famalicão viu-se prejudicado na subida de Sábado pelo acidente que feriu alguns espectadores, contudo repetiu a sua prova. Registando uma regularidade ao nível dos tempos efectuados, Janela cumpriu objectivos. Logo atrás ficou outro piloto de Famalicão, Martine Pereira (Lola T70), que cumpriu uma prova sem correr riscos, também ele subindo de forma ao longo do fim de semana.

A estrear o renovado Ford Escort RS, Luís Gomes esteve em bom nível, até um problema de motor impedir o famalicense de melhorar a sua prestação, tendo mesmo impedido de cumprir a derradeira subida. Assim, Luís Gomes foi 35º classificado e 3º na classe H75 dos Clássicos, abrindo boas perspectivas para a temporada. Com um Citroën AX muito bem preparado e com um andamento consistente, Rui Amorim foi o 42º colocado, superiorizando-se a carros bem mais evoluídos do que o seu. O famalicense foi regular em todas as subidas, realizando tempos abaixo dos 3 minutos e assim ficou muito perto do Top-10 nos VSH.

No Desafio FEUP 1, que utiliza os Fiat Uno, e FEUP 2, que utiliza os Fiat Punto, consistia numa subida para cada um dos dois pilotos. Nos Uno, Adelino Camelo foi o mais rápido na primeira subida, tendo atrás de si, Hugo Negrais e Joana Magalhães. Na segunda, Ricardo Rocha, Pedro Lemos e José Ferreira, ficaram classificados por esta ordem. Nos Punto, Filipe Matias conseguiu levar a melhor na primeira subida sobre Tiago Martinho e Jorge Areal. Na última subida, Nuno Duarte venceu, sendo seguido por Pedro Salvador e Filipe Monteiro. A dupla Avelino Reis/Luís Silva repete a presença da temporada passada e rodou perto da metade superior da tabela, classificando-se no 20º posto. O famalicense António Areal, que fazia equipa com José Carlos Magalhães, não foi além do 25º lugar, apesar de evidenciar um bom ritmo nas suas subidas.

Em termos de Campeonato Espanhol de Montanha, que só contabilizava a melhor subida, ao contrário dos restantes que somam as duas melhores, José Lópes Fombona (Audi), foi o vencedor, triunfando por pouco mais de um segundo sobre Angel Castro (Seat Toledo). Raul Borreguero (Audi), foi o terceiro classificado. Na Taça, Pedro Roca (Silver Car), levou a melhor, por uma escassa margem, deixando nas posições seguintes Inigo Martinez (BRC) e Oscar Palacio (BRC).

Classificação Geral
1º Andrés Vilariño (Norma M20) -- 4m12,064s
2º Pedro Salvador (Juno SSE), a 5,772s
António Barros (BRC 05), a 23,015s
4º João Portinha (Silvercar CM08), a 23,200s
5º Silvio Fernandez (Martini MK-42), a 21,178s

Classificação C. Portugal
1º Pedro Salvador (Juno SSE) -- 4m17,786s
António Barros (BRC 05), a 17,243s
3º João Portinha (Silvercar CM08), a 17,428s
4º António Nogueira (Porsche 911 GT2), a 18,747s
5º Paulo Ramalho (Juno SSE), a 21,786s
(...)
32º José Janela (Porsche Boxster), a 1m22,185s
33º Martine Pereira (Lola T70), a 1m22,774s
(...)
35º Luís Gomes (Ford Escort RS), a 1m24,106s
(...)
42º Rui Amorim (Citroën AX), a 1m41,349s

Classificação Desafio FEUP1
1º A. Camelo/N. Migueis -- 6m27,422s
2º P. Lemos/A. Machado, a 0,943s
3º R. Rocha/T. Matias, a 1,352s

Classificação Desafio FEUP2
1º F. Matias/R. Rocha -- 5m56,964s
2º P. Salvador/S. Borges, a 1,279s
3º J. Areal/R. Almeida, a 1,582s
(...)
20º A. Reis/L. Silva, a 18,257s
(...)
25º A. Areal/J. C. Magalhães, a 22,655s

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