11 outubro 2011

Vitória de Peres e título para António Rodrigues e Jorge Carvalho

O Rali de Loulé/Casino de Vilamoura decidiu a edição de 2011 do Open de Ralis. Sem tirar brilho à vitória de Fernando Peres, a prova algarvia fica marcada pela conquista do título por parte de António Rodrigues e do famalicense Jorge Carvalho, quando ainda faltam disputar duas provas.

A luta pelo triunfo teve dois grandes protagonistas, Fernando Peres e Ricardo Teodósio, com várias trocas de líder ao longo do rali, mesmo com máquina diferentes, pois Peres utilizou um Mitsubishi Lancer VII, enquanto o seu adversário optava por um tão bem preparado Lancer IV. O antigo campeão nacional de ralis começou melhor e suplantou Teodósio, que a correr em casa, tentava a todo o custo repetir a vitória da edição transacta. O piloto algarvio chegou à liderança na PEC 3, depois de um forte ataque, deixando Peres a pouco mais de 8 segundos quando ainda faltavam cumprir as segundas rondas nas classificativas delineadas pelo Clube Automóvel do Algarve.

Se o penúltimo troço voltou a colocar Peres no comando, com os 8 segundos a serem lhe favoráveis nesta fase, o derradeiro colocaria um ponto final na discussão, pois problemas de transmissão deixavam Ricardo Teodósio fora de prova. Assim, Fernando Peres venceu com todo o mérito, dedicando o triunfo ao seu pai e mentor da Peres Competições, recentemente falecido.

Longe do 1º lugar, mas autor de uma prova de elevado ritmo, Renato Pita, navegado pelo famalicense José Janela, foi 2º classificado. O piloto do Mitsubishi Lancer VII mostrou maior adaptação aos pisos de terra com um carro de tracção integral e rubricou tempos assinaláveis, tentando tudo por tudo para adiar a entrega do título. Os esforços de Pita não deram resultados, no entanto a 2ª posição permite dar mais um passo rumo ao vice-campeonato.

Inscrito de última hora, Carlos Martins completou os lugares do pódio, vencendo entre os concorrentes do Regional Sul. Uma prova em crescendo e que com toda a justiça culminou neste 3º posto, após um rali fantástico para o piloto do Mitsubishi Lancer VI. Uns furos abaixo do esperado, Luís Mota nunca esteve em posição de ameaçar os lugares do pódio. Sempre superado pelos habituais pilotos do Open de Ralis e que utilizam viaturas 4x4, o piloto do Mitsubishi Lancer IV teve ainda de se defender dos mais rápidos do Regional Sul, terminando a prova no 4º posto, mas com Márcio Marreiros logo atrás. Marreiros foi outra das figuras da prova, sempre com um ritmo muito bom e que só na fase final da prova abdicou de lutar pela classificação geral em deterimento de um lugar no pódio do Regional.

Pedro Leone levou o magnífico Ford Escort Cosworth até ao 6º lugar, que ainda esboçou alguma possibilidade de lutar por algo mais. Atrás de Leone, outras das principais figuras do Rali de Loulé, não tanto pelo resultado, que não deixa de ser positivo, mas pelo título virtualmente conquistado. Tozé Rodrigues e o famalicense Jorge Carvalho tiveram um rali sem contratempos e perante a falta de tracção do Peugeot 206 GTI, souberam aproveitar os deslizes dos adversários melhor equipados para irem subindo gradualmente, até uma posição que lhes permitia esgotar as possibilidades matemáticas dos adversários chegarem ao título. Para a jovem dupla, tudo tem ainda outro significado pois tornam-se os primeiros campeões a utilizarem somente carros de duas rodas motrizes, categoria que também venceram em Loulé e a qual também já tinham garantido o título.

Carlos Fernandes foi 8º classificado, vencendo pela primeira vez em pisos de terra o Desafio Modelstand. O jovem piloto chegou à liderança ainda durante a primeira ronda, mas a desistência de João Ruivo permitiu que pudesse gerir melhor a sua vantagem, mesmo perante problemas de motor no Peugeot 206 GTI. Luís Nunes foi o 9º colocado, na frente de Manuel Inácio, que encerrou o Top-10.

Interessante de seguir foi o Troféu Fastbravo, com a vitória a sorrir a Diogo Gago e ao navegador de Famalicão, Jorge Carvalho. A correr em casa, o jovem piloto mostrou muita garra para vencer e já na derradeira fase da prova desferiu o ataque final, deixando o 2º colocado a mais de 1 minuto e dando um passo importante para a vitória nesta competição.

No rol dos abandonos e para além do já referido de Ricardo Teodósio, do nota ainda para Gil Antunes, com um despiste logo na especial de abertura e que obrigaria a sua neutralização, Daniel Ribeiro via o seu Peugeot 206 GTI ter um princípio de incêndio, Daniel Nunes não passava da PEC 3 depois da quebra da caixa de velocidades do Mitsubishi Lancer VI e Diogo Salvi, em carro idêntico, com problemas de transmissão na PEC 5. Também a dupla famalicense João Ruivo/João Peixoto não terminou a prova, depois de um toque ter arrancado a roda traseira direita do Peugeot 206 GTI, numa altura em que estavam na luta pelo comando do Desafio Modelstand, a somente 0,8 segundos de Carlos Fernandes e já depois de terem passado pela liderança.

O Open de Ralis segue agora para Monção, prova totalmente nova e que será disputada em pisos de terra, estando marcada para 5 e 6 de Novembro.

Classificação Final
1º Fernando Peres/Filipe Fernandes (Mitsubishi Lancer VII) - 46m14,9s
2º Renato Pita/José Janela (Mitsubishi Lancer VII), a 2m35,3s
3º Carlos Martins/Aníbal Martins (Mitsubishi Lancer VI), a 2m52,1s
4º Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi Lancer IV), a 3m04,2s
5º Márcio Marreiros/Pedro Conde (Mitsubisi Lancer VI), a 3m09,9s
6º Pedro Leone/Bruno Ramos (Ford Escort Cosworth), a 3m22,6s
7º António Rodrigues/Jorge Carvalho Jr (Peugeot 206 GTI), a 4m23,1s
8º Carlos Fernandes/Daniel Amaral (Peugeot 206 GTI), a 4m43,4s
9º Luís Nunes/Nélson Ramos (Mitsubishi Lancer VI), a 4m44,3s
10º Manuel Inácio/Fábio Vasques (Peugeot 206 GTI), a 4m51,2
(...)
25º Diogo Gago/Jorge Carvalho (Seat Marbella), a 11m40,7s
(...)
NC - João Ruivo/João Peixoto (Peugeot 206 GTI) - Avaria na PEC 4

Fotos: Ralis Online e Pedro Contente

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