09 janeiro 2012

"Um bom ano quer nas notas, quer no volante", afirma Filipe Martins


Para além de ter desempenhado o papel navegador de Mariana Neves de Carvalho, Filipe Martins voltou a estar presente em várias provas, mas trocando as notas pelo volante. Com um pequeno mas divertido Fiat Cinquecento, o famalicense teve bons desempenhos a juntar a uma muito positiva época no Open de Ralis, onde terminou todos os ralis em que participou.


Qual o balanço geral da temporada de 2011 em termos dos objectivos propostos no início?

Posso considerar,em termos desportivos, 2011 um bom ano. No que toca ao projecto com Mariana Neves de Carvalho, tudo correu conforme o planeado e conseguimos terminar todas as provas onde participamos, alcançando ainda o objectivo a que nos propusemos no início do ano, que era o de terminar na linha da frente da categoria 1.

Já na vertente piloto, também faço um balanço positivo, com o 6º lugar no Rali de Famalicão, 12º no Rali de Sabrosa e apenas uma desistência no Rali de Baião. Deixou-me com alguma expectativa face ao que o pequeno Fiat Cinquecento pode fazer com um programa mais completo e num só campeonato.

Qual o melhor momento e o menos bom das provas efectuadas?

O melhor momento foi o 6º lugar no Rali de Famalicão. Uma prova muito dura e em que o carro também acusou alguma juventude, bem como a equipa denotou alguma falta de experiência. Mas com calma e seguíndo o lema da equipa "A amizade é a alma das nossas corridas", conseguimos este resultado, que o merecemos na totalidade.

Qual o adversário mais duro de roer?

Temos a noção que tínhamos o pior carro dos ralis onde participamos. Partiamos com o objectivo de ficar à frente de carros semelhantes, mas como as semelhanças eram poucas, posso dizer que todos foram duros de roer, dando-nos um gozo enorme deixar bons carros atrás do pequeno italiano.

Houve alguma peripécia engraçada que queira partilhar?

Peripécias, acho que é o que há mais. Mas destaco aquela que me deixa mais "bravo", que é quando um colega/adversário olha para o meu carro como um "mata velhos", isso deixa-me fulo e claro vingo-me dentro do troço. Depois ainda comentam "afinal a caixinha anda".

Como foi trocar de papéis com a Mariana num rali?

Foi uma experiência gira, a Mariana portou-se bem e demonstrou muita maturidade na forma como exprimia as notas. Quem sabe um dia não repetimos novamente a experiência.

És dos poucos navegadores de uma piloto feminina, achas que os homens tem algum problema com isso?

Eu penso que não! Já naveguei a Céu Pires de Lima na última prova da sua carreira, e agora a Mariana. Confesso que os primeiros quilómetros são muito importantes, até para ver o estado de espírito das senhoras, mas a partir daí trato-as como de homens se tratasse,ou seja, de forma normal. Nunca reclamaram.

Quais os planos para a próxima época?

Como já é do vosso conhecimento, no próximo ano não vou estar no banco direito do carro de Mariana, mas espero realizar algumas corridas na navegação. Espero é conseguir arranjar alguns apoios que me permitam realizar um mini programa no Regional de Ralis com o Fiat Cinquecento, levando como navegador o meu amigo Pedro Monteiro.

Que mensagem deixa aos adeptos e leitores do Famalicão Motor?

Aos adeptos, deixo um agradecimento especial pela forma como apoiam este desporto, e respeitando o básico dos ralis: "perto da emoção e longe do perigo". Aos leitores, digo-lhes que "cantinho na internet plantado" não serve só como um espaço de informação, mas sim como um espaço onde as gentes dos motores podem encontrar-se e divulgar quais as iniciativas ou planos para o futuro.

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