23 dezembro 2011

"Foi uma época de clara evolução", resume Guilherme Pereira

Abraçando um projecto inovador no Open de Ralis, Guilherme Pereira voltou a ser um dos co-pilotos famalicenses com maior acção. Num ano de aprendizagem ao Fiat 500 Abarth, à medida que a época ia decorrendo, foi notória a evolução da dupla, que se destacou ainda pela utilização de outras viaturas.

Qual o balanço geral da temporada de 2011 em termos dos objectivos propostos no início?

A nível geral o balanço é positivo, os objectivos foram de certa forma alcançados, que eram evoluir nos vários tipos de piso onde se destaca, sem dúvida alguma, a evolução nos pisos de terra, também tendo sido neste tipo de piso onde mais testamos e participamos.

Qual o melhor momento e o menos bom das provas efectuadas?

O melhor momento foi, sem dúvida alguma, o Rali de Monção. Um rali onde participamos num carro novo (Fiat Stilo) e nós, à medida que fomos andando, fomos evoluindo bastante. Não posso deixar de referir o Rali de Vila Verde onde participei num Skoda Fabia Tdi com o piloto e amigo Marcos Gonçalves, que terminamos num óptimo 2º lugar da Taça Nacional de Ralis. Por fim, também o Rali do CAM onde participei com um dos meus melhores amigos, o famalicense Pedro Reis num Datsun Coupé Turbo, em que o resultado ficou um pouco aquém daquilo que éramos capazes, mas foi sem dúvida muito divertido.

O pior momento ou piores se assim se pode dizer, foram, sem excepções, todas as desistências que tivemos ao longo da época. Pura e simplesmente é uma das coisas que acontecem a todos, faz parte dos Ralis, mas pessoalmente não gosto nada de atirar a toalha pro chão... é a vida!!

Qual algum adversário mais duro de roer?

São vários. É a pressão, seja ela com que piloto for, pois a uns afecta de uma maneira outros de outra. E, por último, é a FPAK.

Houve alguma peripécia engraçada que queira partilhar?

A que mais ficou para a história foi uma sucedida nos reconhecimentos do Rali do Vidreiro. A fazer uma inversão de marcha, numa estrada municipal, e refiro que estavamos a arrancar devagarinho, mas não vimos um buraco maior que o normal. O carro bateu por baixo e abriram os airbags da frente. Foi um episódio para recordar para sempre!

Fizeste o Open de Ralis com o mesmo piloto, mas em carros distintos. Qual o preferido?

Em relação aos carros adorei e adoro todos, mas principalmente o Fiat 500 Abarth e o Fiat Stilo. São duas máquinas diferentes, mas com muito potencial.

Quais as principais dicas que um navegador pode dar a um piloto (como o N. Pombo) que dá os primeiros passos?

Acima de tudo tentar manter a calma, a concentração e arranjar um bom compromisso entre ambos na leitura do terreno nos reconhecimentos, para que no dia da prova as notas sejam "cantadas" sem que nada falhe, o que convém. Depois disto os testes são muito importantes, equivalem a quilómetros, que é o que todos os pilotos precisam, é rolar, fazer quilómetros, isto ajuda em tudo, quer a nível de acertos no carro, quer a nível daa vontade de ambos dentro do carro.

Quais os planos para a próxima época?

Para já, os planos com o Nuno Pombo para a próxima época passam por fazer à volta de 8 ou 9 ralis do Open e talvez quem sabe um rali da Taça de Portugal de Ralis. Vamos utilizar o 500 Abarth para as provas de asfalto e o Stilo nas provas de terra, sendo ambos os carros assistidos pela Integra Support, a quem também agradeço todo o esforço e empenho que tiveram connosco nesta época. Tambem estarei à partida no Rali Montelongo no Datsun Coupe Turbo, a acompanhar o André Pimenta.

Que mensagem deixas aos adeptos e leitores do Famalicão Motor?

Quero desejar a todos os leitores e adeptos do Famalicão Motor, um Feliz Natal, cheio de coisas boas e um 2012 sempre abrir! É muito bom ver-vos nas classificativas, apareçam sempre, que nós agradecemos. E sem "NÓS" (pilotos e adeptos), os Ralis não eram a mesma coisa! Bem haja a todos.

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