A jovem Mariana Neves de Carvalho faz parte de um curto lote de representantes femininas nos ralis nacionais, e vai espalhando boa disposição e mostrando os seu talento na condução, num mundo dominado pelos homens. Em 2011, mais uma temporada positiva para a piloto, que prepara algumas novidades para a próxima temporada.
Qual o balanço geral da temporada de 2011 em termos dos objectivos propostos no início?
O balanço da temporada 2011 foi bastante positivo. Terminamos as 7 provas que realizamos, o que me deixa bastante satisfeita. No início do ano, traçamos como objectivo terminar nos 10 primeiros da categoria e isso foi conseguido.
Qual o melhor momento e o menos bom das provas efectuadas?
Os melhores momentos foram provavelmente o Rali de Barcelos e o de Gondomar, não pelo resultado em si mas pelo andamento que impusemos.
O momento menos bom das provas efectuadas foi o Rali de Monção. Foi o rali mais difícil que fiz, pelo mau estado dos pisos. Ainda assim deu para viver uma experiência nova, pois parecia estar numa prova de todo terreno.
Todos os adversários são duros de roer, e tivemos lutas interessantes, mas todos eles me merecem respeito e muita amizade.
Houve alguma peripécia engraçada que queria partilha?
Peripécias! Nisso eu sou perita, mas destaco o Special Sponsor Day Rally, onde durante toda a manha pedi ao meu tio para cuidar bem do Peugeot, e de seguida eu e o Filipe Martins, num espaço de trinta segundos, fizemos alguns estragos que se notaram na classificação final do rali.
O que falta para haver mais mulheres no mundo motorizado?
Provavelmente a falta de oportunidade, pois acredito que vontade não falta a muitas mulheres para entrarem neste mundo. E isso nota-se no numero de pessoas do sexo feminino que costumam acompanhar as provas de ralis e que me apoiam bastante.
Fazer ralis como navegadora dá para retirar algo para a condução?
Este ano vivi o papel de navegadora em dois ralis, mas não fui bem sucedida. Primeiro fui ao rali de Baião com o Filipe, batemos na segunda especial, vá lá foi do lado dele. Depois fui com o Pedro Rodrigues ao Rali do CAM e também não correu muito bem, pois entre um pião, e uma abertura de capôt, as transmissões também se juntaram à festa e ficamos apeados. Mas foi uma experiência gira que deu para tirar algumas ilações, e que espero repeti-las mais vezes.
Quais os planos para a próxima época?
Continuar no Campeonato Open de Ralis, mas com uma novidade, que será uma dupla feminina.
Que mensagem deixa aos adeptos e leitores do Famalicão Motor?
Ao Famalicão Motor deixo aqui um agradecimento por estarem sempre atentos e em cima dos acontecimentos que se vai passando no Desporto Motorizado Famalicense. Obrigado e continuem sempre, pois vocês são a voz dos pilotos famalicenses.
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