07 janeiro 2009

Fim de ano por... Luís Campos

2008 marcou o regresso de Luís Campos aos ralis. Depois de ter disputado o Troféu Fiat Punto/Selénia no Campeonato de Promoção em 2005, o famalicense decidiu regressar novamente inserido numa competição monomarca, desta feita, o Troféu Fastbravo, uma reedição do troféu Seat Marbella, que marcou o final dos anos 80 e o início da década de 90.
Para Luís Campos, foi um ano com bastantes azares, pois o Seat Marbella nem sempre colaborou, impedindo assim o piloto de Famalicão de obter resultados de acordo com as suas capacidades. Mais inglório se torna quando Campos apenas consegue terminar um rali, enquanto nos restantes é obrigado a desistir quando segue nos lugares da frente. Espera-se um 2009 com mais sorte para Luís Campos, provavelmente, de novo ao volante do pequeno mas engraçado Seat Marbella do Troféu Fastbravo.

1) Que balanço faz da época de 2008?
2008 foi acima de tudo para mim um ano positivo pois pude voltar a correr nos ralis, algo que já não fazia desde 2005, e este ano com o Troféu Fastbravo isso foi possível, ainda que desportivamente nem tudo tenha corrido da melhor maneira. Dei o meu melhor em todas as provas, mas a sorte também nunca esteve muito do meu lado, os problemas mecânicos foram uma constante e certamente que se tal não acontecesse os resultados teriam sido muito mais favoráveis pois tivemos sempre andamento para andar na frente do Troféu. Levo deste ano mais um pouco de experiência e vontade de fazer mais e acima de tudo, melhor. Agradeço também a todos os patrocinadores que ajudaram a por de pé este projecto, AMF, Nicole Ferreira, Marco Cervejaria, L. J. recobrimento de fios, Campos & Campos, Campos & Pinto, Nazani Jeans, Decorconde, Detexfios e JDR.
2) Qual o momento mais alto/feliz da temporada?
Sem dúvida que foi no Rali Vila Nova de Cerveira, onde terminei em 2º, depois de ter feito uma excelente prova, pois foi também a primeira que realizei aos comandos do Marbella e no Troféu Fastbravo. Deu logo imenso ânimo para continuar e deu também para ver que o espírito entre os concorrentes do troféu era do melhor.
3) Qual o momento para esquecer?
Para esquecer foram vários os momentos infelizmente, a mecânica do Marbella nunca esteve realmente colaborante ao longo da época e as desistências fizeram-se notar. Talvez duas das mais importantes que ocorreram foram no Rali de Gondomar, onde desistimos a cerca de 4 quilómetros do fim quando lutávamos pela vitória e também o Rali de Murça, onde nem chegamos a partir para a primeira classificativa depois do carro ter avariado na ligação. Todos estes maus momentos são para esquecer, mas ao mesmo tempo para ter bem presentes de modo a evitar que o mesmo volte a acontecer no futuro, devemos tentar aprender com tudo o que acontece, bons e maus momentos.
4) Como vê o momento actual do desporto motorizado famalicense e que futuro espera?
Famalicão sempre foi um concelho com grande tradição no desporto motorizado e cada vez mais isso é de notar, pois temos Famalicenses a lutar em vários campeonatos do desporto automóvel. Também temos o Rali de Famalicão, onde o espírito vivido ao longo das PECs é contagiante, a afluência é enorme, vê-se mesmo que as pessoas gostam daquilo e como tal devia ser um desporto a ter mais em conta no concelho e é mesmo isso que eu espero que venha a acontecer com a criação do clube. Famalicão só tem a ganhar com isso, assim como todo o seu concelho pois várias actividades podem ser levadas a cabo se para tal houver vontade e apoios. A vontade das pessoas é já um apoio enorme e essencial, não se pode deixar morrer esse espírito, senão tudo está perdido e isso não pode acontecer.
5) Que perspectivas e projectos para 2009?
Para 2009, ainda está tudo muito indeciso, é assumido que a crise está ai e como tal o dinheiro não abunda para este tipo de actividade, certamente que todos vamos ser afectados por isso. Mas a vontade de continuar a correr é enorme e tudo vou fazer para tal, nomeadamente continuar a correr no Troféu Fastbravo, pois foi um troféu que me surpreendeu ao longo do campeonato e o ambiente vivido no seio do mesmo vale a pena. Além disso, é um troféu onde todos correm com armas idênticas que só por si é vantajoso e apelativo, pois sabemos que as lutas vão ser sempre justas e que vamos ter concorrentes à nossa altura ou velocidade pelo menos. É claro que queremos sempre correr com carros melhores e mais potentes, mas também para andar a correr sozinho eu acho que não vale a pena, um troféu é sempre mais interessante e também uma forma mais barata de correr, pois como disse, os patrocinadores não abundam para ninguém. Como tal, vou trabalhar juntamente com o meu navegador, Fábio Vasques, para que a próxima época seja possível e acima de tudo que corra pelo melhor, já que se avizinha um grande ano de troféu com duas espectaculares deslocações fora do continente, uma aos Açores e outra à Madeira.

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