28 dezembro 2011

"O título no Open superou os objectivos", afirma Jorge Carvalho

2011 foi um ano quase perfeito para Jorge Carvalho Jr. Ao lado de Tozé Rodrigues, uma gestão rigorosa ao longo da temporada foi coroada com o título absoluto no Open de Ralis, juntando ainda o das 2 rodas motrizes. Um merecido prémio para esta jovem dupla, a fazer ralis há já vários anos e reconhecida como uma das mais valiosas dos ralis nacionais.

Qual o balanço geral da temporada de 2011 em termos dos objectivos propostos no início?

O balanço é super positivo. No início da temporada de 2011, apontamos como objectivo o título da Categoria 1 no open (carros de 2 rodas motrizes). No final, não só alcançamos esse título como também o absoluto, fruto dos resultados que fomos obtendo ao longo do ano que nos permitiram liderar o campeonato da primeira até a última prova, atingir os objectivos propostos e superá-los com o título absoluto.

Qual o melhor momento e o menos bom das provas efectuadas?

No Open de Ralis, o pior momento foi, sem dúvida, o rali de Gondomar, onde não evitamos um ligeiro toque numa raiz de uma árvore, que nos fez ficar fora de prova. Ainda neste campeonato, o melhor momento foram as 3 vitórias e o título conquistado no rali de Loulé.

Na Taça de Portugal de Ralis, onde acompanhei o Renato Pita, o pior momento foi a desistência após o final da última especial (depois de liderar toda a prova) do Rali Centro de Portugal, que acabou por comprometer o título na taça. Em relação ao momento alto, destaco a vitória em Mortágua e a evolução da equipa de prova para prova.

Qual algum adversário mais duro de roer?

No Open tivemos alguns adversários fortes, como Renato Pita, Luis Mota (na terra esteve forte), Daniel Nunes (um piloto bastante rápido), entre outros em algumas provas. A nível geral e sem falar em adversários penso que o Open tem bons pilotos além dos que referi, pois também no Desafio Modelstand e no Troféu FastBravo encontramos pilotos bastante rápidos. De um modo geral na minha opinião, há qualidade no open. Na Taça, o único adversário realmente duro de roer, diria mesmo "impossível" foi o Ricardo Teodósio, que é um excelente piloto e no Algarve não deu hipótese à concorrência.

Este título nacional vem relançar a carreira da dupla?

Neste momento devido ao estado em que se encontra o país e a sua crise económica não é fácil conseguir projectos de evolução, nem mesmo com títulos. Mas espero que o título desperte a atenção dos patrocinadores e dê ao António Rodrigues a possibilidade de evoluir na carreira e ter nova oportunidade de mostrar o seu valor nas próximas épocas.

Com três carros utilizados, qual a chave para chegar à vitória no campeonato?

Penso que a chave esteve em vários pontos fundamentais numa época. Ao nível de equipa, contamos com todo o esforço, trabalho e dedicação da SFR Motorsport, e posso dizer que nunca tivemos problemas mecânicos ao longo do campeonato, o que significa que o trabalho de casa foi feito na perfeição. Ao nível dos carros que usamos, dispusemos inicialmente de um Citroën Saxo bastante competitivo, que nos permitiu ganhar o primeiro rali da temporada. Na altura necessária, apostamos numa viatura que nos permitia lutar pelas vitórias e mais uma vez a SFR fez uma excelente aposta com vista a conquista do título, nomeadamente no Citroën Saxo S1600, carro com que conquistamos mais duas vitórias. Depois na fase de terra a aposta foi num Peugeot 206 Gti, um carro bem conhecido pelo piloto e que mais uma vez se revelou uma aposta segura.

A nível do binómio "piloto e navegador, exactamente como o resto da equipa, tivemos que trabalhar muito e fazer uma época com muita cabeça e concentração, para combater a falta de testes ao longo do ano, realçando que no asfalto usamos duas viaturas completamente desconhecidas. Essa concentração permitiu também contrariar alguma superioridade da concorrência principalmente na terra, onde a diferença de carro era grande e também porque sabíamos que não era permitido errar, pois poderia comprometer a época. Com todas estas "limitações" a juntar às "limitações" orçamentais, penso que foi uma época possível, mas que acabou por ser excelente e coroada com dois títulos.

Quais os planos para a próxima época?

Para o próximo ano, o projecto passa por disputar o Open de Ralis novamente. É um campeonato competitivo e interessante, mas o orçamento que a equipa vai dispôr é que vai ditar a próxima época.

Que mensagem deixa aos adeptos e leitores do Famalicão Motor?

Aos adeptos e leitores, espero que continuem a acompanhar o desporto automóvel em especial os ralis, que continuem a seguir todas as informações e a carreira das equipas famalicenses no Famalicão Motor e que tenham um 2012 cheio de sucesso. Por fim, deixar uma última mensagem de parabéns a todos os participantes em campeonatos nacionais de automobilismo em 2011 e que voltem em 2012, porque sem eles não teríamos campeonatos. Ainda, os parabéns a todos os campeões e vencedores de 2011.

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