
Desde cedo se percebeu que apenas um ou dois pilotos teriam capacidade e andamento para discutirem a vitória. Foram dois até Juho Hanninen ter uma saída de estrada, ter arrancado uma roda e ter perdido mais de 10 minutos, deixando por isso Kris Meeke com uma vantagem confortável na frente, podendo gerir no 2º dia. Aliás, Hanninen não acabaria mesmo o 1º dia, após ter capotado.

Nas hostes nacionais, o primeiro dia foi complicado para Bruno Magalhães, primeiro com um furo e depois com uma transmissão partida, caíndo para 9º da geral, 2º entre os concorrentes do CPR, em mais uma prova internacional em que tudo saiu ao contrário do esperado pelo piloto do Peugeot. Sobressaía então Fernando Peres, alheio a qualquer problema mecânico e fazendo valer a sua experiência e conhecimento do terreno. Também a ausência de pressão de Adruzilo Lopes, navegado pelo famalicense José Janela, que capotaram logo no troço inaugural do dia, pode ter sido um peso saído das costas de Peres. Também o local Ricardo Moura era vítima de problemas de motor, um contratempo para acompanhar Peres na luta pela vitória no 1º dia.

O dia de Sábado trouxe a chuva em vez do pó e colocava todos com redobradas atenções, pois o mínimo erro significava o abandono. Alheio a isso, Kris Meeke continuava uma caminhada serena para o triunfo, continuou a vencer especiais e sem problemas de maior foi um justo vencedor nesta primeira visita do IRC aos Açores. A quase um minuto e depois de suplantar Vouilloz, terminou Jan Kopecky que soma um bom resultado para a Skoda. Freddy Loix foi o 4º, depois de uma saída de estrada na 1ª etapa e depois de ver os homens da Abarth, Giandomenico Basso abandonar devido a despiste e Anton Alen fazer um pião e cair muito na tabela.

Autores de uma etapa bem melhor, Bernardo Sousa eo famalicense Jorge Carvalho penalizaram 2 minutos à entrada de uma especial e perderam o 2º lugar do dia, c

Pedro Rodrigues, apesar de um toque no lado esquerdo do Subaru, continua a primar pela consistência e isso tem sido uma táctica bastante acertada, no 2º dia foi 8º no CPR e 5º entre os Grupo N, o que lhe dava no final do rali um 13º lugar final e a manutenção da liderança na Produção, para além de se manter no grupo da frente na classificação absoluta.

Menos feliz esteve Alberto Silva, que logo na 2ª especial terminava a sua prova, após uma saída de estrada, sem consequências de maior para o famalicense e para Sérgio Silva, numa altura em que eram 3ºs nas 2 rodas motrizes e tentavam não perder de vista os dois primeiros classificados.

Em suma, uma grande festa dos ralis nos Açores, apenas manchada por algumas falhas de segurança com o público micaelense e pela insistência da chuva no 2º dia, levando mesmo à anulação do derradeiro troço.
Classificação Final
1º Kris Meeke/Paul Nagle (Peugeot 207 S2000) - 2h36m48,3s
2º Jan Kopecky/Petr Stary (Skoda Fabia S2000) - a 53,1s
3º Nicolas Vouilloz/Nicolas Klinger (Peugeot 207 S2000) - a 1m04,8s
4º Freddy Loix/Frederic Miclotte (Peugeot 207 S2000) - a 2m15,2s
5º Fernando Peres/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer IX) - a 4m45,2s (1º CPR)
6º Franz Wittmann/Bernhard Ettel (Mitsubishi Lancer IX) - a 5m33,2s
7º Conrad Rautenbach/Daniel Barritt (Peugeot 207 S2000) - a 5m35,8s
8º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX) - a 5m41,3 (2º CPR e 1º CAR)
9º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) - a 7m03,5s (3º CPR)
10º Bernardo Sousa/Jorge Carvalho (Fiat Punto S2000) - a 8m13,8s (4º CPR)
(...)
13º Pedro Rodrigues/Daniel Araújo (Subaru Impreza WRX) - a 14m04,1s (6º CPR)
(...)
15º Ricardo Carmo/Justino Reis (Mitsubishi Lancer IX) - a 14m50,0s (3º CAR)
Classificação CPR
1º Vítor Pascoal (29 pts)
2º Bruno Magalhães (20 pts)
3º Fernando Peres (20 pts)
4º Pedro Rodrigues (19 pts)
5º Ricardo Teodósio (17 pts)
A próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis marca o regresso ao continente, com o Rali do Porto, a 5 e 6 de Junho e como habitualmente disputado em Fafe, com a nuance de ter alguns troços míticos disputados inversamente ao normal.
Fotos: Ralis.Online/MondegoSport
1 comentário:
Só uma nota.
A ausência do melhor Português na conferência de imprensa do final do rali. Ausência,pelo facto de que a organização (press officer), não solicitou a presença do Peres.
Estórias antigas...
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