24 outubro 2012

Com o título no bolso, Ricardo Moura não dá chances

Agora sim, tudo decidido no Campeonato de Portugal de Ralis. O Rali de Mortágua recebeu um rali animado, com lutas interessantes sobretudo no CPR2, onde Ivo Nogueira se sagrou campeão antecipadamente. A vitória à geral foi para o já coroado Ricardo Moura, que ofereceu o título igualmente ao seu navegador, António Costa. Com tudo definido, levanta-se a dúvida: com um rali ainda por fazer, será que vai haver inscritos?

Bem se pode dizer que a vitória de Ricardo Moura foi inequívoca e que os seus adversários também ajudaram a que isso acontecesse. Pedro Peres nem compareceu à prova e Pedro Meireles viu o Subaru Impreza R4 que utilizou nesta prova, sofrer um problema eléctrico logo na PEC 3 e isso relegou-o para a cauda da tabela.

Assim, o piloto açoriano ficou com o caminho ainda mais livre para somar mais uma vitória no campeonato e dar a António Costa o titulo entre os Navegadores. Com um Mitsubishi Lancer IX irrepreensível no capítulo mecânico, Moura venceu todas as classificativas e isso prova que nem por um instante levantou o pé, apesar da vantagem que ia amealhando.

Miguel Barbosa e Justino Reis estiveram em grande plano em Mortágua. A dupla famalicense rodou bastante rápida, entrando com um ritmo forte nas primeiras classificativas, isolando-se no 2º lugar por mérito próprio e ajudados pelos problemas de Meireles. Na parte da tarde, o jovem piloto geriu a sua posição, garantindo assim o vice-campeonato, um resultado de grande nível para a sua primeira temporada completa nos ralis nacionais.

A encerrar o pódio, Ivo Nogueira juntou a vitória no CPR2 ao título nesse mesmo campeonato. O jovem do Citroën DS3 R3T não se deixou intimidar pela presença de João Silva, o campeão em título, sendo bastante rápido na parte da manhã e amealhou segundos preciosos. Nas segundas passagens, Ivo Nogueira teve de se defender dos ataques do seu adversário, segurando a 1ª posição entre as duas rodas motrizes e assim chegou à terceira vitória consecutiva no CPR2.

Com alguns problemas de travões no final da manhã, João Silva atrasou-se logo aí face ao objectivo de triunfar nas duas rodas motrizes. O ataque desferido na parte da tarde não foi suficiente para superar Ivo Nogueira do comando das operações, contentando-se assim com o 4º lugar da geral e o 2º no CPR2.

Paulo Neto voltou aos bons resultados, encerrando o pódio nas duas rodas motrizes. O piloto do Citroën DS3 R3T logrou terminar um rali, algo que só ainda conseguiu por um par de vezes e sempre que o fez, terminou no pódio. Sem desistências, a posição no campeonato poderia ser bastante melhor.

Luta animada com Paulo Neto travou Renato Pita, navegado pelo famalicense Alberto Silva. Com um andamento mais consistente, a dupla do Renault Clio R3 voltou à luta pelo pódio no CPR2 e esse objectivo ficou a poucos segundos de ser alcançado. Ainda assim, Pita e Alberto Silva mantém a 2ª posição no campeonato e assumem a última prova com o intuito de segurar esse lugar.

Alguns problemas de travões impediram Ricardo Marques e o famalicense Paulo Marques de uma melhor prestação. Travando uma animada luta com Pedro Leal pela 7ª posição, a dupla do Citroën C2 R2 Max dificilmente conseguiria acompanhar o ritmo dos adversários lá da frente, contentando-se com a vitória na Taça Nacional 1600cc. Pedro Leal, a utilizar um Peugeot 206 de recurso em vez do Citroën Saxo S1600, não conseguia melhor do que 8º lugar, queixando-se de afinações completamente erradas.

Na Taça de Portugal, Daniel Nunes logrou ser o primeiro a derrotar Vítor Pascoal esta temporada. O jovem do Mitsubishi Lancer VI esteve ao seu nível, ou seja, rápido e espectacular e não deu chances a ninguém, pese embora uma reacção de Raul Aguiar na fase inicial da prova. Para Nunes, esta prova teve ainda outro sabor, pois garantiu o título do Regional Centro.

Raul Aguiar mostrou ser muito rápido e rodou sempre perto da frente, terminando em 2º e pressionado por Vítor Pascoal, que assim com este resultado se sagrou vencedor da Taça de Portugal.

Prova apagada tiveram Daniel Ribeiro e o famalicense Jorge Carvalho, depois de um toque ter deixado o Opel Corsa OPC difícil de conduzir. Depois e já na parte da tarde, um furo arrumou com as aspirações desta dupla, que não foi além do 8º lugar.

Classificação Final - CPR
1º Ricardo Moura/António Costa (Mitsubishi Lancer IX) - 56m17,3s
Miguel Barbosa/Justino Reis (Mitsubishi Lancer IX), a 1m15,2s
3º Ivo Nogueira/Nuno R. da Silva (Citroën DS3 R3T), a 2m35,5s
4º João Silva/Hugo Magalhães (Renault Clio R3), a 2m40,5s
5º Paulo Neto/Vítor Hugo (Citroën DS3 R3T), a 5m01,0s
6º Renato Pita/Alberto Silva (Renault Clio R3), a 5m09,9s
7º Ricardo Marques/Paulo Marques (Citroën C2 R2 Max), a 6m53,9s
8º Pedro Leal/Redwan Cassamo (Peugeot 206 GTI), a 7m10,5s
9º Pedro Meireles/Mário Castro (Subaru Impreza), a 7m32,7s
10º Vítor Calisto/Joaquim Batalha (Citroën Xsara), a 14m16,8s

Classificação Final - TPR
1º Daniel Nunes/Daniel Amaral (Mitsubishi Lancer VI) - 59m17,4s
2º Raul Aguiar/Pedro Pereira (Mitsubishi Lancer IV), a 51,3s
3º Vítor Pascoal/Luís Ramalho (Mitsubishi Lancer VII), a 55,0s
4º Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi Lancer IV), a 1m10,7s
5º Armindo Neves/Bernardo Gusmão (Mitsubishi Lancer VII), a 1m21,1s
(...)
8º Daniel Ribeiro/Jorge Carvalho (Opel Corsa OPC), a 5m16,1s
(...)

O Rali Casinos do Algarve encerra o Campeonato de Portugal de Ralis, marcado para 17 e 18 de Novembro.

Fotos: Oficiais e Ralis Online

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